Sem dúvida, pela entrega, pela disposição em campo, vimos um Bahia diferente, empenhado em fazer uma boa série B, onde cada jogo é uma decisão e cada ponto somando conta muito no final para uma sonhada classificação. Valeu.
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Nos Aflitos
- O torcedor do Bahia não tinha lembrança de quando o Tricolor conseguiu vencer nesse estádio do Náutico.
- Sem chuva no Recife, a torcida do Timbu animada nas arquibancadas, um magote de tricolores agitando também; gramado alto, mas com boa aparência.
- O Náutico com sua tradicional camiseta com listras verticais largas em vermelho e branco; o Tricolor baiano de camisetas brancas e calções em azul escuro.
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Com bola rolando...
- O primeiro chute a gol foi do Bahia, de Jacaré, batendo cruzado e rasteiro da direita, assustando o goleiro Perry, aos 4 minutos. A resposta pernambucana veio aos 8’, num chute longo, por cima do travessão de Danilo Fernandes. A partida começou corrida e bem equilibrada, com marcação forte de parte a parte.
- Gol ! 1 x 0 Bahia, Borel, aos 12 minutos. Numa falha da defesa local, Borel destampou de frente e bateu firme, abrindo o placar.
Mas, de bobeira ou infantilidade, na euforia, o garoto comemorou seu primeiro gol como titular (profissional) tirando a camiseta e levou cartão amarelo, era o segundo,/ já tinha recebido o primeiro, aos dois minutos de jogo. Daí, foi expulso. O Bahia ficou com um atleta a menos em campo, a partir dos 15 minutos do primeiro tempo. Guto retirou Daniel, meio-campista, e colocou Jonathan para cobrir a lateral direita/ Borel expulso, a equipe prejudicada.
- Aos 18’, Jean Carlos tentou de fora da área, forte e rasteiro, exigindo boa defesa de Danilo Fernandes, esticando-se no rodapé. Aos 23’, Jacaré arrancou do meio campo em alta velocidade, ganhou da zaga e bateu forte, mas nas mãos do goleiro.
Com um a mais em campo, a torcida incentivando, o Náutico foi pra cima, pondo pressão, tendo mais a bola. O Bahia fechou-se inteiro atrás, apostando na velocidade de Jacaré a partir de num chutão, ou um bom contragolpe. Aos 38’, após escanteio cobrado por Marco Antonio, da direita, Rezende ganhou a disputa pelo alto, mas a cabeçada cobriu o travessão. Os pernambucanos assediando, alçando bolas na área, tentando sufocar, querendo o empate a todo custo.
- Aos 48’, antes de o árbitro apitar o final da primeira etapa, Marco Antonio recebeu em profundidade, em posição legal, e finalizou. A bandeira apontou impedimento, erradamente, o árbitro foi na dela, não consultou o VAR e o gol do Bahia foi anulado.
Bom resultado, na primeira etapa, sobretudo por conta de expulsão de Borel logo aos 15 minutos. O Tricolor resistiu bem e chegou a marcar num contra-ataque, mas teve o gol anulado. Arbitragem caseira, temerosa.
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O Náutico voltou dos vestiários com duas mudanças, mais gente na frente, e com a determinação de sufocar até achar o gol, buscar a virada, em casa e com um a mais em campo. O Timbu agora insistindo em jogadas de fundo, sobretudo pela esquerda, em cima do lateral Jonathan. O Tricolor suportando bem, mas muito pouco incomodando na frente, a despeito da disposição e garra de Jacaré.
Por volta dos 20’, Guto pôs fôlego novo, trocando Patrick e Jacaré, desgastados, por Emerson e Ronaldo. Aos 25’, Djavan deu uma entrada atingindo com a sola a perna de Emerson, no meio campo, e foi expulso. Aos 27’, portando, 10 atletas para cada lado. Permitiria um maior equilíbrio de ações.
- Aos 34’, Danilo Fernandes espalmou falta bem cobrada por Jean Carlos, espalmando, salvando. Aos 39’, Ronaldo puxou um contragolpe mas demorou a definir o lance. Aos 44’, nova falta perigosa, no chão, Danilo rebateu. O árbitro acrescentou mais seis minutos ao tempo regulamentar. Aos 47’, Jean Carlos tentou de falta, de muito longe, forte, Danilo espalmou mais uma. E deu Bahia, um resultado para comemorar.
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Destaques
A marcação dura, o sistema defensivo dando conta. Danilo Fernandes, umas três ótimas defesas. Ignácio e Luis Otávio, sem erros. Muito boa atuação de Luiz Henrique, força, raça. Rezende e Jacaré pela luta. Marco Antonio melhor que Raí.
E Borel. O garoto fez um golaço, que garantiu os três pontos, mas cometeu uma besteira que poderia comprometer seu futuro na equipe. Uma expulsão tola, pra pensar muito e amadurecer.
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Escalações
- Náutico, o timbu da mauricéia, dirigido pelo interino Dudu Capixaba: Lucas Perry, Hereda, Bruno Bispo, Camutanga e Junior Tavares; Djavan, Rhaldney e Jean Carlos; Eduardo Teixeira, Ewandro e Kieza (Leandro Carvalho, Pedro Vitor, Ralf, Leo Passos).
- O Bahia de Guto Ferreira: Danilo Fernandes, Borel (expulso), Ignácio, Luis Otávio e Luiz Henrique; Patrick, Rezende e Daniel; Raí, Marco Antonio e Jacaré (Jonathan, Emerson, Ronaldo, Rildo, Didi) .
- Arbitragem com VAR, de Rodrigo Batista Raposo, do DF. Inseguro, ruim, atrapalhado, envolvido pelos atletas.
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Próximo jogo
- Pela terceira rodada, o Bahia volta a campo na sexta-feira, dia 22, às 19 h, contra o CSA de Alagoas, no Rei Pelé, em Maceió.
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Série C
Em busca de reabilitação, de seu primeiro triunfo na Terceirona, o Vitória recebe neste sábado, às 21h, no Barradão, o Floresta do Ceará, que estreou vencendo em casa o Londrina. O Leão perdeu em Belém, para o Remo. Estão aptos para o confronto o meia Jadson, experiente, referência da equipe, e dois dos novos contratados ao Bicampeão Baiano, o Atlético de Alagoinhas: Dionísio e Miller, destaques do Baianão.
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