Esporte

ATLÉTICO DE ALAGOINHAS É BICAMPEÃO BAIANO AO DERROTAR JACUIPENSE 0X2

ZédeJesusBarreto comenta o trabalho do técnico Agnaldo Liz
ZedeJesusBarrêto ,  Salvador | 10/04/2022 às 18:34
Tiaguinho abriu placar para o Atlético
Foto: Mr Fotografia
     A noite vai ser longa em Alagoinhas, um carnaval fora de época. O Atlético, Carcará, conquistou um título histórico, inédito de bicampeão baiano, única equipe do interior a ganhar dois títulos estaduais seguidos. Venceu na final, fora de casa, o aguerrido time do Jacuipense, 2 x 0, em Riachão do Jacuipe. Com justiça, competência, soube vencer, na bola. Uma boa equipe, aplicada, que mostrou um coletivo bem arrumado e jogadores de bom nível. É pra comemorar, de verdade, ‘Alagodé’ em festa.

Parabéns ao Carcará de Alagoinhas, a nova força do futebol baiano. A equipe só perdeu um único jogo (para o Bahia) em toda a competição.

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Riachão do Jacuipe

- Domingo de sol, tarde limpa, calor, cidade em festa e as arquibancadas acanhadas tomadas (7 mil ingressos), público até nas lajes, árvores e janelas das redondezas. Relvado com aqueles desnivelamentos naturais e conhecidos, mas bem cuidado.

O Jacupa, Leão do Sisal, de branco, o Carcará de Alagoinhas de camisetas tricoloridas (vermelho, preto e branco) em listras verticais.

No primeiro confronto deu empate, 1 x 1. O Jacupa brigando pelo seu primeiro título. O Atlético querendo um bi inédito e histórico.

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Bola rolando no Valfredão...

Decisão, começo nervoso, a bola queimando nos pés dos mais inexperientes. O time da casa começou ousado, na frente, mas a primeira tentativa foi do Carcará, num chute de Dionísio, por cima, aos 4 min.

- Gol ! 1 x 0 Atlético, aos 18 minutos, Thiaguinho. Jogada pela esquerda do ataque, um chute forte de Miller, o goleiro deu rebote, bateu roupa, e Thiaguinho não perdoou. O VAR chamou e o gol foi confirmado, dois minutos depois.

  O Jacuipense sentiu o golpe, mas logo equilibrou, adiantou suas linhas, foi pro ataque, mas o Atlético postou-se no meio campo, marcando e se defendendo bem, e passou a jogar como gosta, na base dos contragolpes, sempre perigosos, sobretudo quando a bola caía nos pés de Miller e Dionísio. O Jacuipense chegou pouco, finalizando de longe e sem direção.

O lance mais agudo aconteceu aos 50’, nos acréscimos. Fabio saiu com precisão e salvou nos pés de Jean, numa boa jogada do Leão do Sisal, iniciada pelo lateral Railan.

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  O Carcará foi pros vestiários, no intervalo, com a vantagem. Jogou o suficiente para fazer o placar, 1 x 0.  O meia experiente armador Danilo Rios, do Jacupa, expulso no jogo passado, fazendo muita falta à equipe dona da casa. O avante Welder também.

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Logo no retorno para s segunda etapa, o Jacuipense teve a chance do empate nos pés de Robinho, mas o chute, de frente, foi nos braços do goleiro Fábio. Rodrigo mandou o time inteiro pra frente, não tinha alternativa. O Carcará na moita, bicando só nos contragolpes.

- Aos 8’, Dionísio assustou num chute da intermediária, forte, rasteiro mas fora do alvo. Três minutos depois, novamente Dionísio arriscando, em jogada individual.  Substituições ofensivas de Rodrigo, aos 15’, tentando tudo para virar o marcador. Sangue, fôlego novo e mais velocidade na frente.

 Aos 19 minutos, o árbitro Pombo Lopez aplicou um segundo cartão amarelo a Newton e o expulsou de campo, injustamente (não foi infração para cartão, mas uma dividida normal no meio campo). O Jacupa, mais uma vez na disputa com um atleta a menos. Ficaria mais fácil, então, para o Atlético Alagoinhas administrar a vantagem, na manha, e garantir o título, um inédito bicampeonato.

  E o Carcará foi travando, picotando o ritmo e cozinhando o Leão do Sisal, torcendo e fazendo o tempo passar. O time da casa, incentivado pela torcida, acreditando, partindo pra cima, ocupando os espaços no território inimigo, lutando.  

Aos 32’, Kaeffer teve uma ótima oportunidade de empatar, completando uma sobra na área inimiga, mas Miller salvou escorando a escanteio. Dois minutos depois, novamente Fábio, espalmando a cobrança de uma falta, bola no ângulo, evitando o empate.

  Jogo truncado, o árbitro acrescentou 6 minutos ao tempo regulamentar. Aos 47’, o soprador de apito Pombo Lopez viu pênalti de Railan em Emerson numa trombada normal na área do Jacupa.

 - Gol !  2 x 0 Atlético. Jerry bateu a penalidade, Motta defendeu, mas na sobra Paulinho completou para as redes, fechando o caixão, pondo a taça nas asas do Carcará.

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  Festa no gramado, no espaço dos visitantes, no cantinho estreito da arquibancada, e noite de carnaval interminável em Alagoinhas, a 130 km de Riachão, com direito a trios elétricos e farra pela madrugada.

 Com entrega de faixas, troféus e taça aos vencedores, viva  o Atlético, a nova força do futebol baiano.   

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 Destaques do campeão:

 - o rodado goleiro Fabio, manha e grandes defesas na hora certa. Paulinho, um vencedor, três títulos baianos. Os meio-campistas Dionísio e Miller, diferenciados. Os espertos Jerry e Thiaguinho (o ganhador do troféu de melhor jogador da decisão).  Parabéns a Agnaldo Liz, pelo trabalho, competência.

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Escalações

- Jacuipense: Mota, Railan, Renato, Cabral e Evandro (Radar); Kaefer, Flávio, Eudair (Newton); Levine, Jeam e Robinho (Henrique e Jeferson). Treinador, Rodrigo Chagas.

- Atlético, o Carcará: Fábio, Paulinho, Iran, Bremmer e Matheus; Lucas, Sobral, Dionísio (Isaías)e Miller; Jerry e Thiaguinho (Alef, Lídio). Treinador, Agnaldo Liz.

- Diego Pombo Lopez no apito. Com VAR mais atrapalhando do que ajudando, árbitro meio enrolado.

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