A derrota do Vitória é considerada normal pelos torcedores
ZedeJesusBarrêto , Salvador |
09/04/2022 às 19:14
Remo 2x1 Vitória
Foto: Claudio Pinheiro
Num gramado impraticável, sobretudo no primeiro tempo, o Rubro-negro baiano começou perdendo (2 x 1) na Série C. Não faltou luta, mas a equipe continua com dificuldades nas finalizações. O Remo, campeão paraense, fez 1 x 0 logo no início, suportou bem a pressão dos visitantes na segunda etapa, e fez 2 x 0 depois dos 40’, num pênalti bem duvidoso. O gol baiano já aconteceu nos acréscimos.
Não foi um bom resultado, óbvio, mas a partida e as circunstâncias (viagens longas, gramados ruins, arbitragens fracas, marcação dura...) são uma boa amostra das dificuldades que a equipe vai encontrar na terceirona, onde filho chora e a mãe não vê.
Não dá pra avaliar a questão técnica, o trabalho de Geninho e a possível evolução da equipe... o gramado não permitiu e o jogo foi mais na raça, na vontade, no corpo a corpo. É esperar o próximo confronto, no Barradão.
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Estádio Banpará Baenão
Belém do Pará, norte do país, gramado empoçado, enlameado, horrível, em decorrência de pesadas chuvas na região e da má drenagem do campo de jogo. Torcida animada nas arquibancadas. Começo da arrancada do Leão Rubro-negro baiano em busca de um acesso para a Segundona.
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Com bola rolando
Difícil jogar num piso sem condições, com tantos pontos de alagamento. Então, já que a bola não rolava pelo chão, haja bicos e chutões. Vai na tora, na raça, esqueçamos a técnica. É a realidade da terceirona.
- Gol ! 1 x 0 Remo, Leonan. Tirou da poça, ajeitou e acertou um tiro forte, de fora da área, que o goleirão Lucas Arcanjo não alcançou. Aos 13 minutos.
Superação era a palavra, a postura que cabia ao time baiano. Passar por cima das circunstâncias todas adversas, ir pra cima, buscar o empate. Alçar bolas na área adversária, chutar de longe, disputar as divididas. Pelos 25 minutos a chuva foi maneirando. O Leão brigava, tentava, ocupava mais o campo inimigo, mas sem criar boas oportunidades de gol.
- E o Remo, mais acostumado com as intempéries amazônicas e o gramado ruim do Baenão, desceu pros vestiários, no intervalo, com vantagem no placar, a despeito de ter os visitantes sempre mais próximos de sua área. Esperava-se um piso menos alagado na segunda etapa, com a chuva abrandada.
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O ritmo mais corrido, no retorno. O gramado com menos alagamentos e mais lama, o treinador Geninho orientou e o pessoal começou a bater de longe, buscando o gol. Eduardo acertou um bom chute, aos 5’, mas o goleiro Vinícius catou bem. O Leão voltou melhor, mais aceso, pressionando.
Tentando reequilibrar, o treinador Bonamigo trocou quatro jogadores. Aos 20’, quase o Remo ampliou. Jogo aberto, indefinido. O rubro-negro saindo, subindo inteiro, arriscando, permitido contragolpes. Aos 30’, Lucas Arcanjo salvou o segundo, fez uma defesa difícil numa cabeçada de Brenner, no canto baixo do goleiro. Aos 32’, Luidy perdeu, numa disputa com Vinícius, o goleirão se destacando com duas defesas importantes, evitando o empate.
Partida muito melhor na segunda etapa, com a pelota correndo mais no chão e as equipes buscando o gol. O tempo passando, o Remo resistindo, segurando a vantagem e a chuva voltou.
Aos 40 minutos, o árbitro viu pênalti de Yuri no atacante Brenner, um carrinho na área, pegou primeiro a bola, mas ...
- Gol ! 2 x 0 Remo. Brenner bateu e fez, deslocando o goleiro. Aos 42’.
O Leão foi pra cima, pro tudo ou nada.
- Gol ! 2 x 1 Alisson Santos, aos 43’, completando na pequena área, depois de uma blitz rubro-negra e um chute errado de João Pedro. O garoto oportunista.
O Vitória todo à frente, buscando o empate a todo custo. Não deu.
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Ficha técnica
- O Remo do treinador Paulo Bonamigo: Vinícius, Ricardo Luz, Daniel, Marlon e Leonan; Pingo, Paulinho Curuá, Maciel, Ronald; Bruno Alves e Brenner(Pimpão, Fernandinho, Neto, Gedoz, Lailson)
- O Vitória de Geninho: Lucas Arcanjo, Rafael Ribeiro, Ewerton Páscoa, Mateus Moraes e Alemão; João Pedro, Eduardo, Salomão e Alan Santos; Tréllez e Roberto (Luidy, Yuri, Alisson Santos e Dinei, Alan Pedro).
Arbitragem carioca, sem VAR. No apito, Yuri Elino Ferreira da Cruz.
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Próximo jogo do Vitória, pela segunda rodada, será no Barradão, sábado de aleluia, dia 16, às 20h30, contra o Floresta, do Ceará.
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Decisão do Baianão
Neste Domingo de Ramos, dia 10, começo da Semana Santa, sai o Campeão Baiano de 2022. Jacuipense ou Atlético Alagoinhas? O jogo é no Valfredão, em Riachão do Jacuípe, ingressos esgotados. Festa na região do sisal.
O Carcará de Alagoinhas luta por um inédito bicampeonato, é o atual campeão baiano. O Jacuipense, time de melhor campanha na competição/2022, quer seu primeiro título. Caso dê empate no tempo regulamentar, a decisão acontece por cobranças de tiros livres da marca do pênalti. No apito, Marielson Alves.