Esporte

BAHIA PERDE PARA JUAZEIRENSE E SEGUE FORA DO G-4, P ZÉDEJESUSBARRÊTO

O Tricolor só venceu um jogo até agora na competição do campeonato baiano, acreditem.
ZedeJesusBarrêto , Salvador | 27/02/2022 às 20:35
Daysinho marcou de cabeça
Foto: REP
 

 Com muita garra e determinação a Juazeirense venceu o Bahia (1 x 0) em casa, conseguiu seu primeiro triunfo na competição e saiu da zona de rebaixamento,  resultado comemorado como se fosse a conquista de um título, em Juazeiro. O Bahia, sem força, apático, sem imaginação, enrolou-se todo com o gramado ruim, que não permitia a troca de passes no chão, e com a marcação dura, em cima, do adversário. 

 O gol do time da casa saiu logo no começo, num vacilo defensivo do Tricolor em bola alçada. A partir daí, o time do rodado e tinhoso treinador Barbosinha (estreante) fechou-se na retaguarda, marcou em cima, disputou cada lance com apetite e suportou a pressão até o final, na manha, na garra, na catimba. O Tricolor só venceu um jogo até agora na competição, acreditem. 
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 Com o resultado, o Bahia periga não se classificar para a fase seguinte do Baianão, pois só os quatro primeiros seguem na disputa do título. E os quatro primeiros, fechada a sexta rodada, são o Jacuipense, líder absoluto, com 18 pontos, 100 % de aproveitamento e praticamente já garantido; seguido pelo Bahia de Feira e Barcelona de Ilhéus, com 11 pontos e o Vitória em 4º , com 9 pontos conquistados. 

 O Atlético de Alagoinhas, atual campeão estadual, tem 8 pontos e é o próximo adversário do Bahia, que tem apenas 6 (ao lado de Unirb e Juazeirense, com 6 também). E faltam apenas três rodadas para acabar a fase de classificação, somente  9 pontos a disputar.  Periga o Tricolor ficar de fora das finais, algo inédito e inadmissível para o seu torcedor
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 No estádio Adauto Moraes 

 Começo de noite domingueira em Juazeiro, norte baiano, perante as carrancas do rio São Francisco, tempo limpo, pouca gente nas arquibancadas, aquela batucada de sempre, o gramado até verdinho, mas mastigado e ondulado, irregular, como é bem conhecido.

- O Bahia com sua beca tricolorida, em listras verticais; A Juá de camiseta branca, calções vermelhos. 
- Declarações de repúdio à violência e de solidariedade aos clubes (Bahia, Grêmio, Paraná) e atletas ameaçados e/ou atingidos em atentados praticados por “marginais” travestidos de torcedores, nos últimos dias. 
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Com bola rolando...
Mal começou ... 
- Gol ! 1 x 0, Juazeirense. O baixinho Daysinho, de cabeça, após bola cruzada pra lá e pra cá, pelo alto, um tapa do goleiro, a defesa espiando... 

E o placar ffoi aberto bem cedo, logo aos 4 minutos, quando as duas equipes ainda se estudavam, os jogadores do Bahia buscando adaptação ao tipo de gramado, que exige chutões, bolas longas, correria, corpo a corpo. 

Aos 17’, quatro chutes em gol do time da casa, tentando de longe, com  vontade. O Tricolor, nada. Sò aos 24’ Mateus Bahia cruzou da esquerda rasante, na pequena área, mas ninguém chegou a tempo de completar. Aos 27’, Raí cobrou escanteio e Ignácio cabeceou, fraco, atrasando para o veterano e manhoso Calaça.

Depois dos 35’, o Tricolor da capital tentou fazer uma pressão, com bolas alçadas. Aos 46’, Calaça salvou no ângulo um cabeçada de Ignácio, escorando escanteio. E foi só. 

- Uma primeira etapa feia, de chutões, disputas pelo alto e correria, nada de troca de passes, bola no chão. A Juazeirense achou um gol no início e fechou-se inteira, atrás, brigando e marcando muito, dificultando as ações adversárias. 
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 No vestiário, Guto mexeu. Saíram Mateus Bahia e Patrick, entraram Rezende e Ronaldo. O Tricolor precisava virar o placar e a Juá lutava para garantir seu primeiro triunfo na competição. 

- Aos 14’, o primeiro chute do Bahia; Raí de longe, o goleiro pegou. Emerson, depois, aos 26, chutou por cima, já dentro da grande área. E a Juá segurando, dando bico,  resistindo com bravura, gastando tempo, valorizando cada corpo a corpo. No Bahia, pouca criatividade, baixa qualidade. Uma pelada, baba de rua, enfim. 
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 Escalações 

- Juazeirense do treinador Quintino Barbosa: - Calaça, Rodriguinho, Emílio, Wendel e  Dadinho(Daniel);  Waguinho, Patric e Clebson (Rodolfo); Neto Baiano (Aniceto), Nildo Petrolina e Deysinho ( .
- O Bahia de Guto Ferreira : - Mateus Teixeira, Borel, Ignácio, Gustavo Henrique e Mateus Bahia (Ronaldo); William Maranhão (Marco Antonio), Patrick (Rezende) e Daniel (Mugni); Raí (Emerson), Marcelo e Luiz Henrique.

-Arbitragem de Bruno Vasconcellos. 
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O Bahia volta a campo, pelo Baianão, no dia 2 de março, 19h30, contra o Atlético de Alagoinhas, no Carneirão. Uma encrenca. 

No dia 5, no embalo e sem refresco, o Tricolor recebe o Sport Recife, na Fonte Nova, às 17h30, pelo Nordestão. Dureza.
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O Vitória joga no dia 3, em Belém do Pará, contra o Castanhal, pela Copa do Brasil. 
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O Crime das bombas   

A polícia já identificou os sete homens (?) que participaram do atentado a bombas contra o ônibus do Bahia que levava a delegação para o jogo contra o Sampaio Corrêa, na Fonte Nova, quando dois atletas ficaram feridos (o goleiro Danilo Fernandes com certa gravidade) e um outro ficou em estado de choque. Três desses meliantes fazem parte da torcida uniformizada que tem o ‘singelo’ nome de Bamor. Os dois veículos flagrados na cena do crime pertencem ao presidente da tal organização e a um diretor da mesma. 

 Os ‘porreta’ já se apresentaram às autoridades para ‘prestar esclarecimentos’, acompanhados de bons advogados e com álibis fajutos, mentiras e narrativas grotescas. Mas ...  vamos ver no que isso vai dar, se só os ‘pé rapados’ vão pagar, vão ser responsabilizados pelo ato criminoso. Quem planejou e bancou o crime? 

Essas tais torcidas uniformizadas (recuso-me a chamar de organizadas), afinal, são o quê? Empresas, ONGS, instituições, fundações, Orcrins ?  Pois têm estatutos, diretoria e tudo. Registradas onde?  Quem responde por elas e quem as sustentam? Os diretores vivem de quê?  Quem está por trás, dá cobertura e empoderamento a essa gente? De que, pra que e pra quem servem, de fato? 

 O governador prometeu e vamos cobrar responsabilidades e punições pelo atentado. 
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 Sem carnavais, faz favor. Tempos de guerra e mortandade e violência. 
 Queremos paz. Chega de ódios. A humanidade carece de paz.  
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