Esporte

A TRAGÉDIA ANUNCIADA DA DUPLA BAVI EM 2021, por ZÉDEJESUSBARRÊTO

Sò com a bola rolando saberemos o que será de nós em 2022.
ZedeJesusBarrêto , Salvador | 19/12/2021 às 11:10
A campeã torcida do Bahia sem ter o que comemorar
Foto: Felipe Oliveira


 O torcedor baiano não tem o que comemorar neste fim de 2021. Um ano, uma temporada de péssimos resultados. Vamos entrar em 2022 sem um time sequer na elite do futebol brasileiro, a Série A. O futebol baiano é de segunda, ou de terceira ... quem diria! Uma vergonha.

 O Bahia com um time cheio de pose e bons salários caiu para a Série B, a segundona, e nem Deus sabe quando voltará a ser um time de primeira respeitável. Perdeu o Baianão, caiu cedo na Copa do Brasil, fez um papelão da Sul-americana e, a duras penas e muita sorte, papou o Nordestão. Muito pouco para a história, a camisa e o (mau) investimento feito no futebol profissional do clube. 

 O Vitória, pelo ano jogado, deveria mudar de nome, derrota. Que temporada infeliz! Sequer se classificou para as finais do pobre Baianão, deu vexame do Nordestão, caiu na Copa do Brasil e ... mais uma vez na sua história, caiu para o sub mundo da Série C, a Terceirona, onde ‘filho chora e a mãe não vê’. Cofres vazios, débitos, dívidas, crise política na direção e bagunça administrativa. A queda é resultado de tudo isso, uma mancha na vida do clube. 
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 Mas, diga-se, no alvorecer do ano que se finda (graças a Deus!), já prenunciávamos essas derrocadas. De um e de outro. Já escrevíamos que as coisas andavam erradas, em Itinga/Dias D’ávila e no Barradão/Canabrava.

 O Bahia vinha de uma escapadela de última hora no Brasileirão 2020, por sorte já não tinha caído naquele ano. Má administração no setor futebol, a alma do Tricolor. Porque o Bahia não é, nunca foi um clube. O Bahia é um time de futebol, assim foi fundado, assim fez sua história. Mas o atual presidente trabalhou o tempo inteiro como se estivesse administrando um clube social, uma ONG, uma entidade. Posou todo tempo como um administrador diferenciado, cheio de ideias e marketings... aliado a todas as demandas de uma esquerda coca-cola politicamente corretas. Até o manto/a camisa do clube machada de óleo preto/petróleo ele inventou. Deu-se mal. 

 Montou um elenco de jogadores medianos mas vaidosos, sem espírito vencedor, burocratas da bola, alguns pipoqueiros, sem reservas à altura, um grupo “nutela” que foi se acostumando a perder; trocou de treinadores equivocadamente, contratou atletas sem perfil de time de massa, trouxe gerentes de futebol que se mostraram incapazes e ignorantes no mundo do futebol, deu asas e dinheiro a empresários espertos,  criou problemas com a CBF, a Globo, as arbitragens e o troco foi pra derrubar. O time em campo retratou os desajustes fora de campo, perdeu pontos absurdos em casa e ...caiu feio.  Será que aprendeu? 

 O prejuízo calculado pela queda do Tricolor, para este 2022 que chega já, é de mais de 60 milhões. 

  E a Segundona vai ser uma pedreira, com Vasco, Cruzeiro, Grêmio, Sport, Ponte, Guarani, Chapecó, Criciúma ...  Haja viagem, desgaste, correria e sofrência.
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 A derrubada do Leão teve um nome, PC, Paulo Carneiro, o Grandão. Fez tudo errado. Contratou mal, sem critérios, trocou de treinadores, chegou ‘alto’ no Barradão, ameaçou atletas, invadiu campo, postou-se sem máscara e de bermudas nas arquibancadas, deu mau exemplo, foi suspenso, punido, posto pra fora da presidência por suspeitas de desvio de grana, levou equipamentos do clube pra casa...  Oh, sinhô me deixe, viu?  PC não se tocou que o mundo girou, que as coisas mudaram, que estamos em 2021 e não no século passado, que existe selfie e VAR registrando tudo.  

Mas fica a pergunta: Será que não sabiam, sequer suspeitavam que ele voltaria a querer mandar no clube à sua maneira, como se o Barradão fosse o quintal de sua (lá dele) casa, onde ele berra descontrolado com os seus (lá dele) cachorros?  

 Em campo, o time nunca se encontrou. O pessoal até corria, fazia força, mas os melhores resultados eram os empates. Um energia pesada imperando. Imagine o clima nos vestiários, salários atrasados, falta de diálogo ...   

 Bem, PC é passado, esperamos que definitivamente. E há urgências administrativas a resolver na vida do clube.  Em 2022 tem Baianão e a premência de voltar à Série B, logo, tentar se reerguer. Doze novos atletas foram já contratados, às pressas. Ricardo Silva no comando técnico. 
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 A dupla Ba Vi na berlinda, rivais na mesma cuia, o torcedor nem pode tripudiar do outro, galinhas e sardinhas envergonhados. 
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 A apresentação oficial no Bahia é em 4 de janeiro; o Vitória já treina. O Baianão, primeira competição do ano, tem início em 15 de janeiro.
Sò com a bola rolando saberemos o que será de nós em 2022. 
Feliz Natal?