Uma grande festa em San Juan
ZedeJesusBarrêto , Salvador |
16/11/2021 às 22:56
Argentina 0x0 Brasil
Foto: Lucas Figueiredo CBF
Muita catimba, cangancha, disputa, suor, pancadas, sangue, algumas jogadinhas de efeito, aqui e ali, e pouca criatividade ofensiva, nada de gols no clássico latino, tão esperado. Os hermanos, em casa, querendo quebrar a guia dos brasileiros, invictos na competição. Tentaram de tudo, até intimidar os garotos canarinhos, mas a meninada deu canseira e não pipocou. Messi e Di Maria não acharam espaço. O zero no placar foi justo pelo equilíbrio.
O Brasil lidera com 35 pontos (Já classificado) e a Argentina tem 29, em segundo lugar, quase classificado. Eguador tem 26, na sequência, Colômbia e Peru com 17.
- Seleção brasileira, agora, só em janeiro de paroano.
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Em San Juan
Estádio pequeno mas aconchegante, tipo caldeirão, arquibancadas lotadas, torcida empolgada, ótimo gramado. Argentina em campo com 23 jogos invicta. O Brasil liderando a competição e já com passaporte carimbado para Catar/2022.
O maior dos clássicos sul-americanos. No time canarinho, dois desfalques significativos: o apoiador Casemiro, suspenso e o avante Neymar, poupado? Os hermanos inteiros, levando a sério, sem alisar. Equipes bem renovadas, arejadas em campo.
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Com bola rolando ...
Os argentinos começaram envolventes, trocando passes, bola no chão, chamando faltas, marcando na frente, ditando o ritmo, na milonga, donos da bola. Os brasucas marcando, na moita, apostando na velocidade de Vinícius Jr e Raphinha. Muita disputa, mas os goleiros não trabalharam até os 16’. O Brasil equilibrou no meio campo.
- Aos 17’, Vinícius Jr foi lançado no meio da zaga inimiga, entrou de frente, tentou cobrir o goleiro e errou o alvo. Chance clara perdida. Aos 18’, Matheus Cunha tentou do meio campo, cobriu o goleiro e também o travessão. Bela tentativa. Aos 26’, Raphinha tentou de longe, por cima. Aos 30’, tentativa de finalização de Lautaro, travado na hora do chute.
- Aos 34’, cotovelada de Otamendi na boca de Raphinha, sangue... o árbitro uruguaio pipocou, o zagueiro merecia ser expulso. Fred, de longe, aos 39’, goleiro Martinez encaixou. Aos 40’, após boa troca de passes, o meia Le Paul bateu no canto, Alison foi no rodapé e salvou.
O jogo ficou pegado, picotado, com faltas duras no final da primeira etapa, o árbitro sem conseguir controlar os ânimos. Muito equilíbrio e empate.
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A segunda etapa começou mais morna, menos ímpeto. Os argentinos catimbam e tentam intimidar com entradas duras. Tentam desequilibrar o adversário e ganhar na manha, são bons nisso.
Aos 15’, após cobrança de falta da esquerda, Fred pegou um rebote na frente da meia lua e bateu pelo alto carimbando o travessão argentino. Aos 19’, Vini Jr deu uma lambreta em Molina na linha de fundo, Paquetá não conseguiu finalizar. O Brasil melhor, mais solto. Tite lançou Anthony no lugar de Raphinha, de boca quebrada. Aos 24’, Álisson, de pé, quase fez uma lambança, numa bola mal atrasada.
- Aos 26’, boa trama, Vini Jr ajeitou pro pé direito na área mas bateu em cima do goleiro. Aos 28’, resposta da Argentina com Di Maria, bola nas mãos de Álisson. O jogo fica cada vez mais encardido. Aos 44’, enfim Messi conseguiu limpar uma bola e bater no gol, Álisson catou bem. Pressão final dos donos da casa. Mas nada de gol.
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- Tite escalou:
Alisson, Danilo, Marquinhos, Militão, Alex Sandro; Fabinho, Fred, Paquetá (Gerson); Raphinha, Matheus Cunha (Gabriel Jesus) e Vinícius Jr.
A Argentina de Lionel Scaloni, completa - Martinez, Molina, Otamendi, Romero (Pezella) e Acuña; De Paul, Lo Celso (Dominguez), Paredes (Lisandro Martinez), Di Maria (Alvarez), Messi e Lautaro (Correa).
- Arbitragem de Andres Cunha, do Uruguai, com Var.
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Destaques
Neymar, afinal, deu caruara, amarelou, deu migué?
Bom jogo defensivo brasileiro (Militão e Marquinhos), Fabinho e Fred absolutos na marcação. Paquetá, intenso e Vini Jr fez boas investidas pela esquerda mas perdeu dois gols. Mateus Cunha começou bem, depois sumiu. Raphinha foi bem até a cotovelada na boca do carrasco Otamendi.
Di Maria muito marcado e Messi bem longe do brilho costumeiro.