Esporte

OS BODES EXPIATÓRIOS DO BAHIA E VITÓRIA NOS CAMPEONATOS BRASIS (TF)

Não adianta a troca-troca dos técnicos quando não se mexem nos elencos
Tasso Franco , da redação em Salvador | 17/08/2021 às 10:59
O velho bode expiatório
Foto: REP
  A expressão "bode expiatório" é usada quando alguém leva sozinho a culpa de um infortúnio. Ora, direis, que poderia fazer o Dado Cavalcante com o Bahia além do que conseguiu? No último jogo, perguntaram por que não trocara Juninho e ele foi claro: - Colocar quem no lugar. Ou seja, não havia banco. Ou se havia, seria trocar o seis por meia dúzia.

O goleiro deu o passe errado no segundo gol que o Bahia tomou contra o Atlético GO e que poderia ter feito o 'bode expiatório'? Nada. Uma falha. Anteriormente, a pedido da torcida e de pressões da midia e outros tiraram o Douglas, bom goleiro em formação. Assim como dispensou-se o Guto, o 'Guardiola' que faz bom trabalho no Ceará.

Trocar técnico sempre foi a solução mais fácil para a diretoria de um clube. Alega-se que, no futebol, a máxima geral é ganhar. Não ganhou, rua. E como Dado não vinha ganhando nos últimos jogos esse foi o seu destino. Assim fizeram com Rogério Ceni, no Flamengo, mesmo sendo campeão brasileiro. Dado foi campeão do Nordeste. Agora, o Bahia busca novo técnico com o mesmo elenco. É provável que continue perdendo mais do que ganhando.

O campeonato brasileiro é muito exigente e há clubes com mais poder de fogo financeiro do que o Bahia capazes de contratar melhores atletas. É assim no futebol mundial. O PSG levou Messi. O Galo mineiro traz Diego Costa e Huck. O Corinthians a volta de Renato. O Palmeiras, de Dudu. A bala na agulha do Bahia é mediana e a direção faz o que pode. Não se pode, também, incriminar a direção do clube. Trabalha-se com a realidade do estado.

Veja também a situação do Vitória que já mexeu em técnicos mais de uma vez. A série B é duríssima. Vejo alguns jogos na TV com times bem superiores ao Vitória e não adianta o troca-troca de técnicos. Também não adianta só amor à causa. É preciso ter qualidade técnica e pernas azeitadas. No momento, faltam ao Bahia e ao Vitória e de nada adiante trocar os 'bodes'. (TF)