Esporte

A FESTA DO BICAMPEÃO QUE ENCANTA O MUNDO DA BOLA COM BRASIL NO TOPO

Poucas seleções têm esse feito
Tasso Franco , da redação em Salvador | 07/08/2021 às 16:45
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Foto: CBF
   De novo no topo do pódio! Com o título conquistado diante da Espanha nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a Seleção Brasileira agora integra o seleto grupo de equipes que ganharam o ouro olímpico duas vezes consecutivas. Além de se unir a Uruguai, Grã Bretanha, Hungria e Argentina neste quesito, a Canarinho tem vários outros motivos para se orgulhar de sua história olímpica. Uma delas, é claro, é a superação no caminho para o título até então inédito.

Na Rio 2016, o Brasil teve um começo atribulado: empatou sem gols com África do Sul e Iraque pelas duas primeiras rodadas, no Mané Garrincha, em Brasília. Chegou a ver a classificação para o mata-mata ficar ameaçada. Nada que um show em solo baiano não resolvesse: na Arena Fonte Nova, os Meninos de Ouro atropelaram a Dinamarca por 4 a 0, garantindo a vaga nas quartas.

Já no mata-mata, um 2 a 0 sobre a Colômbia na Arena Corinthians, em São Paulo, carimbou o passaporte para as semifinais. No Maracanã, a Seleção goleou Honduras por 6 a 0 e garantiu o direito de disputar mais uma final olímpica — desta vez, em casa. Após um empate em 1 a 1 com a bola rolando, o Brasil despachou os alemães por 5 a 4 nos pênaltis, para a euforia de um Maracanã lotado. O título que faltava à Amarelinha já não faltava mais.

Quando entrou em campo em Yokohama para defender seu troféu olímpico, o Brasil já era o país com mais vitórias e o que mais vezes subiu ao pódio no futebol masculino. Foram sete medalhas: além dos dois ouros em 2016 e 2020, três pratas (1984, 1988 e 2012) e dois bronzes (1996 e 2008). Quatro delas foram consecutivas, feito que somente a Iugoslávia havia conquistado, entre 1948 e 1960,. Agora, a Canarinho é a  terceira maior campeã da história, atrás somente de Hungria e Grã-Bretanha, com três ouros cada.

Em comum, as duas conquistas brasileiras tiveram o protagonismo das mãos de seus craques. Na decisão da Rio 2016, Weverton pegou a cobrança decisiva do alemão Peterson. Em Tóquio, na semifinal, Santos defendeu a primeira cobrança mexicana, colocando o Brasil em vantagem, e também estava na bola que Vásquez mandou na trave. 

A solidez defensiva é marca em comum das duas campanhas: em Tóquio, foram apenas três gols sofridos. No Rio, apenas um, na decisão. No ataque, Neymar foi o artilheiro no primeiro ouro, com quatro gols. Em 2020, Richarlison comandou a artilharia brazuca, com direito ao primeiro hat-trick da carreira logo na estreia e outros dois gols importantes, contra a Arábia Saudita, garantindo a liderança do grupo e a classificação para o mata-mata.

Invicto, o Brasil não conheceu revezes nas duas vezes em que conquistou o lugar mais alto do pódio. Da estreia contra a Alemanha até a final contra a Espanha, foram dois empates e quatro vitórias. Uma sequência incrível para embalar mais uma conquista. Que venha Paris!