Bahia fez um excelente primeiro tempo e caiu no segundo
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
05/08/2021 às 00:03
Bahia 2x1 Atlético MG
Foto: Felipe Oliveira
A boa partida e o triunfo (2 x 1) não foram suficientes para o Tricolor seguir adiante na competição e o Atlético Mineiro é que está classificado para as quartas de final da Copa do Brasil, por conta do placar agregado (o Galo venceu em Minas por 2 x 0).
De positivo, do lado Tricolor, o bom primeiro tempo, o triunfo (enfim) e os dois gols feitos depois de cinco jogos sem ganhar e sem golear. O time correu muito, lutou até o final, mostrou que pode evoluir, mas foi vencido por uma equipe mais qualificada, com um elenco caro, de bons jogadores.
Ganhar o jogo, de qualquer maneira, traz mais confiança. Cabeça erguida, foco no Brasileirão, pois. Buscar pontos, estar no grupo de cima.
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No joia da Princesa
Noite fria (19 graus) sem chuvas, gramado com boa aparência, de cima.
Com os 2 x 0 levados no primeiro confronto, no Mineirão, o Bahia tinha de sair pro jogo, precisava fazer gols. A equipe começou a partida mostrando nervosismo, errando passes na sua intermediária, com uma saída de bola defesa-ataque complicada. Mas, aos poucos, foi assentando. O Galo na moita, esperando o erro adversário, sem muita pressa.
Aos 9 minutos, o Tricolor teve uma falta, da intermediária, e o goleiro Everson defendeu com dificuldade.
- Gol ! Bahia, 1 x 0 aos 11’. Rossi recebeu de Rodriguinho, matou no peito e bateu firme, na arriada, de longe, estiloso; a bola quicou e enganou o goleiro Éverson, que aceitou, viu a bola passar por baixo e entrar no canto.
Dois minutos depois, Mugni tentou outra de fora, assustando. O Bahia querendo jogo, em cima, correndo muito, ofensivo, com uma postura tática diferente, num 4-1-3-2. Mas o Galo levava perigo nos contragolpes. Aos 27’, primeira finalização dos mineiros; Dodô, o tiro passou perto.
Aos 29’, após cobrança de escanteio da esquerda, Luis Otávio testou, Éverson salvou, a bola sobrou na pequena área e Conti perdeu gol feito, batendo por cima. Incrível.
Os mineiros, aos gritos do treinador Cuca, tentaram subir a marcação, avançar suas linhas, tentando empurrar um pouco o Bahia para trás, mas o time baiano não recuou, continuou perigando na frente.
- Aos 44’ minutos, uma torre inteira de iluminação apagou e o árbitro suspendeu a partida. Essa parada, em tese, não favorecia em nada o Bahia, quebraria a intensidade da partida, mas, com sete minutos de paralização, o árbitro combinou com os atletas das duas equipes, daria os poucos minuto de jogo que faltavam, mesmo com a torre apagada. Daí ...
- Gol ! 2 x 0, Juninho Capixaba, de cabeça, entrando de surpresa, em velocidade, antecipando-se aos zagueiros e goleiro, testando firme na pequena área um ótimo cruzamento da esquerda, linha de fundo, do estreante Mugni.
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O time de Dado fez um bom primeiro tempo, foi melhor, ousado. Bem postado taticamente, ocupando e ganhando o meio campo, fustigando na frente, criando boas chances, e suportando atrás – tanto que o goleiro Mateus Teixeira pouco trabalhou.
O placar de 2 x 0 levaria a decisão para a cobrança de tiros livres da marca do pênalti.
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Cuca mexeu, colocou dois novos em campo: Nacho, Vargas e Vilas nos lugares de Savarino, Tchê Tchê e Sasha. E o Galo foi pra cima, tentando sufocar, forçando, com suas linhas adiantadas. Aos 4’, Vargas teve uma boa oportunidade, pela esquerda, chutando forte, errando o alvo, assustando. O jogo ficou mais pegado, com algumas faltas mais duras. Até os 12’ o Tricolor não tinha conseguido jogar, só marcando, se defendendo, meio acuado. Era outro panorama, então. O Galo melhor, acelerando o ritmo.
Aos 13’, Lucas Araújo entrou no lugar de Patrick, sentindo o tornozelo. Mais posse de bola dos mineiros.
- Gol ! 2 x1, Atlético. O chileno Vargas, escorando de cabeça nas costas de Nino um cruzamento largo da direita, acertando o cantinho, aos 19 minutos.
O Bahia voltou ao jogo. Aos 26’, boa investida de Capixaba, Gilberto não conseguiu finalizar. Aos 30’, Cuca tirou Mariano e colocou Guga; Dado pôs Thonny Anderson no lugar do estreante Mugni, que mostrou qualidades. Os mineiros começaram a ensebar, gastando tempo. O os tricolores querendo correria. Aos 38’, saíram Rossi, mancando, e Rodriguinho, morto; entraram Ruiz e Ronaldo.
- Ficou emocionante e perigoso. Aos 39’, Hulk bateu falta das proximidades da área, Mateus Teixeira catou. O Bahia saiu inteiro pro ataque, aos 43’, a defesa aberta, Vilas perdeu a chance, de cara. Na sequência, Gilberto entrou livre pela esquerda e bateu forte, cobrindo o travessão. Lá e cá.
O árbitro acrescentou cinco minutos. Aos 46’, o cai-cai de dois mineiros, fazendo cera. O Tricolor em cima. Aos 48’, bola alçada, Ronaldo errou na finalização, na marca do pênalti. Foi só.
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Destaques
O miolo de zaga tricolor seguro, Capixaba solto, fez um gol, Rossi lutou muito, Mugni estreou bem, pode dar liga. Gilberto e Rodriguinho abaixo do que podem.
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- Dado Cavalcanti, na berlinda, escalou assim o Bahia: Mateus Teixeira, Nino, Conti, Luis Otávio e Capixaba; Patrick, Daniel, Rodriguinho e Mugni (estreante). Rossi e Gilberto.
- O Galo Mineiro : Everson, Mariano, Rever, J Alonso e Dodô; Allan, Jair e Tchê Tchê; Savarino, Hulk e Sasha. Treinador, Cuca.
- Arbitragem paulista, com o VAR; Vinicius Gonçalves Dias no apito. Sem reparos.
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O próximo jogo do Bahia é pela Série A/Brasileirão (15ª rodada), na Arena Pantanal, contra o Cuiabá; sábado, às 21h. O Tricolor está no 10º lugar, 17 pontos, sem pontuar há 4 rodadas.
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O Vitória joga no mesmo sábado, no Barradão, às 16h30, contra o Vasco da Gama, pela 16ª rodada da Série B.
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Nessa quarta aconteceram mais três jogos pela Copa do Brasil, definindo os que seguem para as quartas de final:
- Atlético GO 2 x 2 Athlético Paranaense; CRB 0 x 1 Fortaleza; Vasco 1 x 2 São Paulo.
Continuam no páreo o Fluminense, Grêmio, Fortaleza, Athlético PR (venceu por 2 x 1 a primeira em Curitiba), São Paulo e Atlético Mineiro.
Os confrontos serão definidos por sorteio.