Com três gols de Richarlison e uma penalidade perdida no primeiro tempo, prenúncio de goleada e jogo dominado, o Brasil abusou de perder gols, passou algum sufoco na segunda etapa, mas venceu bem (4 x 2) a rival Alemanha na estreia, mostrando seu cartão de visitas e que somos candidatos ao título, uma segunda medalha de ouro seguida. Essa é a meta.

-  A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, em Tókio, só acontece nesta sexta-feira, pela manhã (7h, de Brasília), mas as competições coletivas já começaram, a todo vapor. E o Brasil começou bem, com triunfos convincentes, no futebol masculino e feminino. Medalhas à vista.

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 Boa saída

- Brasil 4 x 2 Alemanha no estádio de Yokohama, 30 graus de temperatura no Japão. Uma repetição da final olímpica no Brasil, quando conquistamos o título. Rivalidade em campo, pois.

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 O treinador André Jardini escalou:

   - Santos, Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães, Claudinho (Malcon), Anthony (Reinier); Matheus Cunha e Richarlison (Paulinho).

Arbitragem de El Salvador.

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 Com bola rolando

 Marcando na frente, jogando com garra e impondo ritmo forte, o Brasil foi pra cima desde o começo, pressionando. Criou uma chance aos 5 minutos, com Matheus Cunha parando no goleiro.

 - Gol ! 1 x 0 Brasil, aos 7 minutos. Richarlison, depois de uma boa roubada de bola no meio campo, entrou em velocidade fechando da direita e finalizou duas vezes para abrir o placar.

 Aos 14’, bombardeio brasileiro, Richarlison e Claudinho desperdiçando. Bom jogo coletivo. Domínio verde/amarelo.

 - Gol ! 2 x 0, Richarlison, aos 21 minutos.  Jogada de fundo tramada pela esquerda, Arana cruzou na pequena área e Richarlison entrou fulminando, de cabeça.

 - Gol ! 3 x 0, Richarlison, de novo. Aos 30 minutos. Contragolpe puxado por Matheus Cunha, que livrou-se da marcação e enxergou Richarlison entrando pela esquerda. Em estreia iluminada, Richarlison cortou pra dentro e bateu forte, colocado. Golaço!

 O artilheiro passou a ser alvo de entradas violentas dos alemães.  Aos 45’, bola alçada por Daniel Alves na pequena área alemã, Diego testou e a bola bateu no braço do zagueiro alemão; o árbitro marcou o pênalti. Matheus Cunha bateu e perdeu, o goleiro defendeu. Aos 47’, o mesmo Matheus Cunha ecebeu em profundidade, nas costas da zaga, entrou livre mas perdeu, bateu pra fora.

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 - Os alemães voltaram do intervalo marcando melhor, tentando impedir a troca de passes dos brasileiros. Mas o contragolpe da amarelinha continuou funcionando. E o jogo ficou mais aberto, lá e cá.

 Aos 6’, Matheus Cunha recebeu de Daniel, livre na área, mas perdeu de novo para o goleiro, que saiu bem. Aos 8’, Matheus achou Claudinho solto, de cara, mas o meia pegou muito mal na bola e perdeu outra chance.

- Gol ! Alemanha, 3 x 1, aos 15 minutos. Amiri pegou um rebota de primeira, da entrada da área e o goleiro Santos papou um peru.

 Os europeus se animaram, mas tiveram um jogador expulso, com segundo cartão amarelo, após entrada dura em Daniel Alves.  

 Aos 20’, outra chance desperdiçada, essa por Reinier, de cara, com intervenção do goleiro e bola na trave. Aos 22’, outra chance clara nos pés de Reinier, que não conseguiu dominar a bola, livre na frente da pequena área. Daí ... 

- Gol ! 3 x 2, Ache aos 38’, subindo livre no meio da zaga, testando e voltando pro jogo, mesmo com um atleta a menos em campo. A zaga (Arana e Diego Carlos) cochilou e Santos não apareceu.

 Uma partida que parecia fácil, de goleada, gols e gols perdidos, inclusive pênalti, ficou dramática no final. Nossa defensiva não é confiável.  Aos 43’, mais uma oportunidade perdida, num contragolpe, quatro atacantes contra três defensores alemães... o passe final saiu errado.  Aos 45’, Matheus Cunha entrou livre, de novo, e perdeu ...

 - Gol ! 4 x 2, aos 48’, Paulinho. Recebeu em profundidade pela esquerda, entrou livre, desvencilhou-se do marcador e bateu forte, no alto, definindo. Ufa.

 Ótimo resultado, mas muitas lições também a tirar do jogo.

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 Destaques

 Richarlison, três gols, raça, vontade, em dia de graça. Daniel Alves, qualidade. O toque Bruno Guimarães, excelência do passe.  Boa postura coletiva. Anthony destoa um pouco na equipe. E corrigir as finalizações, muitos gols perdidos. Mais atenção atrás.

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 O próximo compromisso é domingo, contra Costa do Marfim.   

 

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 Meninas brilharam

 - Nossa seleção feminina, comandada pela treinadora sueca Pia Sundhage, do banco, estreou bem, vencendo a China (5 x 0) com dois gols da nossa estrela maior, a alagoana Marta.  Aos 35 anos, Marta é a primeira atleta a marcar gols em cinco Jogos Olímpicos. Batendo recordes.

- Duas baianas no escrete canarinho: a veteraníssima Pretinha, 43 anos, meio-campista, seis olimpíadas jogadas, e a zagueira Rafaelle, 30 anos.

- O próximo confronto das ‘meninas’ brasileiras é contra a poderosa seleção da Holanda, que, na estreia, enfiou 10 x 3 na Zâmbia.  Acontece sábado, 8 h. Jogo difícil.

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- No jogo Canadá 1 x 1 Japão, um exemplo do espírito olímpico. A goleira do Canadá, Sthephanie Cobbe, chocou-se violentamente, de frente, com uma atacante japonesa, numa saída de frente, em baixo, para impedir o gol. O árbitro marcou pênalti. Chorando, machucada, com dores no tórax, a goleira fez questão de ir pro gol e defendeu o pênalti cobrado.  Todos emocionados. Depois, não suportou, teve de sair.