ZedeJesusBarreto comenta: Bahia FSA 3x0 Bahia; Atlético vence Juazeirense nos pênaltis
ZedeJesusBarrêto , Salvador |
13/05/2021 às 00:06
Bahia de FSA 3x0 Bahia
Foto: Felipe Oliveira
Pela primeira vez na história do futebol baiano, duas equipes do interior disputam um título de Campeão Baiano. O Atlético, o Carcará de Alagoinhas – que venceu o Juazeirense no pênaltis – vai enfrentar na final o Bahia de Feira, que enfiou solenes e indiscutíveis 3 x 0 no Bahia da capital.
O Carcará tenta ser campeão baiano pela primeira vez; o ano passado foi vive, perdeu a final para o Bahia. O Tremendão de Feira já ganhou o título uma vez (2011 ?), e quer o segundo.
Não há o que discutir ou contestar, ambos mereceram chegar a essa disputa final que acontece já no próximo domingo. O Atlético conseguiu dobrar o Juazeirense dentro do Adauto Moraes, façanha difícil, num jogo encardido. E o Bahia de Feira se impôs em seus domínios, sabendo usar a experiência de seus atletas e usufruir do piso sintético da Arena Cajueiro, vantagem construída com planejamento e trabalho de quem almeja ser a segunda/terceira força do futebol baiano.
Alagoinhas e Feira em festa, pois. Parabéns. Mais que merecido.
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Bahia de Feira 0 x 0 Bahia, na Arena Cajueiro/ Feira de Santana
O jogo começou em Feira enquanto acontecia a decisão por pênaltis em Juazeiro. Mais à vontade em casa, no seu piso sintético, o Tremendão foi pra cima desde o começo, buscando tirar a diferença (1 x 0 Bahia) do primeiro jogo em Pituaçu. E se deu bem.
- Gol ! 1 x 0 , Bruninho. Logo aos 10 minutos, o Bahia de Feira abriu o placar, em ótimo cruzamento do bom lateral Cazumba, da esquerda, para Bruninho escorar na pequena área, chegando antes de Felipinho. A experiência e rodagem fizeram a diferença no lance.
Tudo igual, pois (1 x 1 no placar agregado). O time da casa trocando mais passes, controlando melhor as ações, ocupando bem os espaços do campo. Só por volta dos 30’ o Tricolor da capital conseguiu equilibrar. Aos 37’, chute de Marcelo para defesa de Jean, no chão. Aos 43’, uma boa chance do empate desperdiçada num chute de Caio Melo da entrada da área, desviado.
O primeiro tempo teve 20 minutos de domínio absoluto dos donos da casa, melhor adaptados ao piso; só no final o Bahia ‘original’ se achou um pouco e ameaçou. No placar, tudo igual, aberto.
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O Bahia voltou melhor na segunda etapa. Aos 10’, depois de boa jogada pela esquerda, Bruno Camilo pegou um chutaço de frente, já na grande área adversária, mas Jean salvou no ângulo, espalmando. Jogo intenso, entre duas equipes bem diferentes: uma bem mais jovem e ainda em formação contra outra mais entrosada e bem mais cascuda, vivida.
- Aos 15’, Pablo arriscou da entrada da área, queimando o travessão de Jean. Aos 16’, Deon cabeceou a queima-roupa, na pequena área, Junior salvou no reflexo. Aos 21, Felipinho despejou um balaço da esquerda, Jean defendeu e Marcelo pegou o rebote de cabeça; a bola na rede por fora. Aos 22’, quase Pelezinho desempatou para o tremendão, em jogada de velocidade. Lá e cá, animado. Aos 31’, Daniel Penha arriscou de longe, assustando.
Com as substituições, o empo passando, sem conseguir o gol, o Bahia da capital foi se perdendo coletivamente, já mais parecia um time de baba, todos tentando decidir sozinhos. O Tremendão, bem arrumado, retomou as rédeas da partida, o comando, e surpreendeu, deu o golpe final.
Aos 33’, Pelezinho, travado, chutou por cima do travessão. Aos 37’, Hercules de fora, acertou o travessão de Junior. Pressão do time de Feira, os donos da casa.
- Gol ! 2 x 0 Bahia de Feira, Diones ! aos 40 minutos, pegando de primeira um rebote de bola dividida na área inimiga. Esse Diones, veterano, ex-Bahia, é um predestinado, cresce em decisões.
- Gol ! 3 x 0 Bahia de Feira. Pelezinho triturou pela esquerda, cruzou do fundo e Valdívia, que tinha acabdo de entrar, livre, bateu forte, rasteiro, cruzado, no canto, matando o jogo e classificando o Tremendão.
Justo e merecido.
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- O Tricolor da capital pagou o preço de uma equipe ainda verde, sem jogo coletivo, e de um treinador inexperiente. O lado direito defensivo foi um desastre.
No Bahia de Feira, exuberante partida dos veteranos Diones e Cazumba. Pelezinho entrou muito bem no final. Parabéns ao espírito da equipe e ao treinador Canindé, que soube ler o jogo e explorar os erros adversários.
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Escalações
- Bahia de Feira : Jean, Vitor, Hebert (Hercules), Weslei e Cazumba; Jarbas(Valdívia), Diones, Hugo(Ricardo) e Bruninho(Adriano); Deon (Pelezinho) e Thiaguinho. Treinador, Oliveira Canindé.
- Bahia : Denis Junior, Raniele, Gustavo Henrique, Everson e Felipinho; Caio Melo, Bruno Camilo, Pablo e Gustavo Brinquedo (Crhystian); Marcelo (Fabrício) e Ronaldo (Daniel Penha). Treinador, Claudinho Prates.
No apito, Ricarle Gustavo Batista.
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Juazeirense 0 x 0 Atlético de Alagoinhas , no Adauto Moraes/Juazeiro
Na boca da noite, Cancão de Fogo e Carcará em ritmo de decisão. Como era de se esperar, o time da casa buscando o ataque, desde o início, precisando de reverter a vantagem dos visitantes (2 x1 para o Atlético em Alagoinhas). Correria e disposição. O Atlético não entrou atrás. Encarou.
A despeito de o Cancão ter atuado mais no campo do adversário, a melhor oportunidade de gol foi do Carcará e aconteceu já aos 43 minutos, após ratada da defesa do Juá, um erro de passe de Dedé; Dionísio roubou a bola e entrou de cara mas o goleiro Calaça saiu arrojado e salvou nos pés do atacante.
No mais, uma primeira etapa de jogo duro e igual, com muita disputa individual e poucas chances de gol. Melhor para o Atlético, mantendo a vantagem, e com meio caminho andado.
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O Cancão de Fogo voltou do intervalo acuando ainda mais o Carcará que, fechado atrás, apostou nos contragolpes em velocidade.
- Gol ! 1 x 0, Juazeirense, Kesley, aos 13 minutos. Cruzamento largo da direita, de Clebson, Nino Guerreiro fez um corta-luz na área que matou a zaga e Kesley bateu meio mascado mas a bola foi no cantinho.
Com a abertura do placar, a partida esquentou, ficou mais pegada e picotada, dando trabalho ao árbitro. O placar levaria a decisão para a cobrança de penalidades. O Cancão continuou mais aceso, bicando mais, acreditando. O Atlético pouco ou nada criou ofensivamente na segunda etapa. O árbitro acrescentou quatro minutos aos 90 regulamentares, mas não teve mais gol.
Por conta do empate (2 x 2) no agregado das duas partidas, a decisão foi para a cobrança de chutes livres diretos da marca do pênalti.
Com o goleiro Fábio defendendo três cobranças, o Atlético de Alagoinhas está na final do campeonato. Deu Carcará.
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Escalações
- Juazeirense : Calaça, Jô, Dedé (Wendel), Jamerson e Daniel; Waguinho, Sapé, Clebson (Rayllan) e Kanu(Nino Guerreiro); Ian (Maikon) e Kesley. Treinador, Givanildo Sales.
- Atlético de Alagoinhas: Fábio, Edson, Iran, Bremer e Radar; Gilmar, Kaefer, Dionísio; Miller (Jerry), Vitinho e Ronan. Treinador, Sérgio Araújo.
No apito, Reinaldo Silva de Santana.
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Copa Sudamericana
O Bahia joga nesta quinta-feira à noite na Bolívia contra o Guabirá. Se vencer, ocupará a liderança do grupo, já que o Independiente da Argentina só empatou com o Montevideu City Torque (1 x 1 ) na noite de terça-feira.
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Brasileirão
Pelo Campeonato Brasileiro, Série A, o Bahia estreia em casa, no sábado/29 de maio, 19h, contra o Santos.
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Pela Série B, o Vitória vai estrear em Campinas, contra o Guarani (28 ou 29 de maio).
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