Esporte

COPA SULAMERICNA: GILBERTO PERDE PÊNALTI E BAHIA EMPATA INDEPENDIENTE

ZédeJesusBarrêto comenta Bahia x2 Independente da Argentina
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 04/05/2021 às 22:11
Bahia 2x Independente
Foto: Felipe Oliveira ECB

  Muita chuva, gramado encharcado, nalguns pontos alagado mesmo, dois pênaltis contra, a busca pelo empate, um pênalti perdido pelo artilheiro (?) Gilberto no final e um empate (2 x 2) no final com aquele gostinho amargo. 

 Amargo, primeiro, porque o resultado favoreceu o Independiente, jogando fora de casa, desfalcado e ainda líder do Grupo B da competição, agora com 7 pontos ganhos. O Bahia tem cinco. Amargo, segundo, porque o time reagiu, tomava 2 x 0 e chegou ao empate, na raça e, já no final, teve um pênalti a favor, a chance de vencer de virada e chegar à liderança... mas Gilberto, displicente, bateu mal, perdeu; o goleiro encaixou o chuteco colocado, telegrafado. Inexplicável.  
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 Os precedentes

 Os hermanos argentinos enfrentaram problemas na chegada em Salvador, na noite/madrugada de segunda pra terça. Doze membros da delegação, entre atletas (8) e funcionários foram barrados na Federal, no aeroporto, porque atestaram positivo para o Covid. 

  Esse grupo já teria sido contaminado na Argentina e viajou depois de liberado pela saúde do país vizinho, testando sem sintomas. Impedidos de acompanhar o restante da delegação ao hotel, às três horas da madrugada, os “contaminados” tiveram de dormir isolados, em colchonetes, no Aeroporto Internacional de Salvador, e na manhã de terça retornaram à Argentina. 

 A Conmebol chegou a suspender e adiar a partida, mas voltou atrás. Assim, a equipe do Independiente foi a campo, na noite dessa terça, desfalcada e mal dormida, queixando-se do incidente.
 O Independiente é uma equipe tradicional, copeira, tem sete Libertadores conquistadas em sua história. Tem camisa. 
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  Resta a pergunta: e os atletas que viajaram juntos e tiveram contato com os positivados não transmitem o vírus, não contaminam os adversários e arbitragem em campo?  Tomara que não.
 
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 Pituaçu

  Uma noite típica de maio/outono em Salvador, fria; choveu durante o dia e chovia também no início da noite, o gramado pesado, nalguns pontos dificultando o toque de bola rasteiro. 
 
  A bola rolando ... 

 Com um minuto de jogo, Luis Otávio testou na linha da pequena área um escanteio cobrado por Rodriguinho, da esquerda, para grande defesa do goleiro Sosa, dando rebote, que Daniel desperdiçou chutando por cima da trave. Aos 6’, após um vacilo de Nino, A. Costa ficou livre e de cara; finalizou mas o goleiro Matheus Teixeira salvou, ótima defesa, o tiro a queima-roupa, espalmando pra escanteio. 

 Aos 12 min, Nino torceu o tornozelo, entrou Guedes.  Os Hermanos, rodados, bem à vontade em campo, ganhando o duelo no meio campo, marcando forte e trocando passes.  Aos 27’, chute longo de Lucas Romero, pelo alto, assustando. O Tricolor criava muito pouco na frente, sem profundidade e sem jogadas pelos lados. Mas, aos poucos, foi melhorando, achando espaços, equilibrando.

  - Aos 33’, a melhor trama tricolor: Rodriguinho acionou Thaciano, saiu o cruzamento de fundo, da direita, Gilberto chegou antes da zaga mas o goleiro Sosa fez milagre, salvando em cima da linha. Aos 36’, Gilberto recebeu de frente, livre, mas ele bateu rasteiro, sem força, em cima do goleiro. 

  Aos 41’, o árbitro marcou pênalti de Luis Otávio que perdeu o tempo da bola, calçou e derrubou Herrera, que entrava costurando na área.  Herrera bateu bem, deslocando o goleiro e abrindo o placar: 1 x 0 Independiente.  O Tricolor apertou um pouco no final mas não finalizou bem. 

 Choveu todo o primeiro tempo, sem tréguas. Um Bahia frio, como o tempo. Os argentinos cozinharam bem, equipe vivida, e aproveitaram a chance no pênalti. 
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  Segunda etapa, o gramado já com algumas poças d’água nas intermediárias. E a chuva caindo, forte, dificultando, prejudicando o bom futebol. O jogo ficou feio, com muitos chutões.

  Aos 4’, o árbitro voltou a marcar outro pênalti contra o Bahia, o ágil Velasco atirou-se na área, após dividida com Guedes, que chegou atrasado no lance. Velasco bateu forte e ampliou: 2 x 0.

 Conti tentou de cabeça, escorando escanteio da direita, aos 8 min, mas o goleirão encaixou. O gramado alagou-se quase por inteiro.

 - Gol ! O Bahia, aos 13’, diminuiu: 2 x 1. Chutaço de Rodriguinho, da entrada da área, o goleiro espalmou, a bola bateu no travessão e Thaciano escorou a sobra. 

  Na tora, aos chutões, brigando mais, o Tricolor tentou fazer alguma pressão, buscando o empate. Os argentinos ensebando, ganhando tempo, usando bem o corpo-a-corpo nas disputas, travando,
catimbando.  Dado tirou Ruiz e colocou Thonny Anderson, aos 23’, buscando um melhor aproveitamento das bolas alçadas, Gilberto sumidaço, fugindo da área. Depois, pôs em campo Jonas, Alesson e Maicon; saíram Danilo, Thaciano e Patrrick. O Tricolor em cima, buscando o gol a todo custo.

 - Gol ! 2 x 2, Luis Otávio testando escanteio cobrado da direita por Alesson, aos 37 min, empatando.   Pressão total no final, os argentinos já boiados.

  Dois minutos depois, o árbitro deu pênalti do goleiro Sosa em Maicon Douglas, que entrava de cara pela esquerda, em velocidade. Era a chance da virada!  Mas Gilberto bateu muito mal, sem gana, e o goleiro defendeu fácil.  
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 Destaques
 No Bahia, Rodriguinho, Patrick ...  Destaque mais que negativo para Gilberto, sumido, omisso e ainda perdeu um pênalti no final, batendo fraco, telegrafado, sem vontade de fazer. Inexplicável.
 No Independiente, o goleiro Sosa, seguro. A zaga dura, Herrera e o bom menino Velasco, pela esquerda, arisco, driblador, enjoado.
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 O treinador Dado Cavalcanti mandou a campo : Matheus Teixeira, Nino Paraíba (Guedes), Luis Otávio, Conti e Mateus Bahia; Patrick, Thaciano e Danilo; Ruiz, Gilberto e Rodriguinho. (Rossi de fora, ainda cumprindo suspensão)

O Independiente (ARG): Sosa, Sonora, Velasco, Togni, Lucas Romero, Pachini e Bustos; A Costa, Ostachuk, Barreto e Herrera. Treinador, J Falcioni (no banco, um assistente técnico). 
 Arbitragem de Roberto Escobar (rigoroso) 
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 O foco de Dado Cavalcanti agora é todo na partida decisiva contra o Ceará, em Fortaleza, na tarde do próximo sábado. É o jogo da taça, do título, das medalhas. O Vozão cearense leva vantagem no confronto, pois venceu em Salvador (1 x 0), joga pelo empate para se sagrar tri-campeão do Nordeste.
 O Tricolor tem problemas para armar a equipe. Não vai contar com Nino Paraíba, Luis Otávio e Patrick, suspensos. 

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O Baianão

Afinal, teremos a rodada final da fase classificatória do Campeonato Baiano, quando?  
 Seria nesta quarta, mas o Sindicato dos Atletas Profissionais conseguiu uma liminar para adiar o jogo Jacuipense x Bahia, alegando que o o Tricolor jogou na noite de terça e as leis trabalhistas exigem um espaço de 72 hs entre um jogo e outro, por conta do desgaste dos atletas. A FBF entraria com recurso e estava disposta a manter a programação. A ver.

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