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PALMEIRAS FAZ GOL NO FINAL E É O CAMPEÃO DA LIBERTADORES DA AMÉRICA

Comenta ZédeJesusBarrêto que o jogo foi truncado e feio, sem técnica
ZédeJesusBarrêto ,  Salvador | 30/01/2021 às 19:37
Bruno Lopes é o herói do jogo
Foto: REP

 Foi uma partida nervosa e ruim tecnicamente, sem grandes emoções até os 45 minutos finais. Já nos acréscimos aconteceu um bafafá fora das quatro linhas entre um atleta do Palmeiras e o treinador do Santos, os santistas perderam a concentração defensiva, houve um erro de marcação e o garoto Breno Lopes, que tinha acabado de entrar, virou herói, entrando agora para a história do Verdão paulista, Campeão da América/2021 : colheu de cabeça um cruzamento de Roni e acertou a testada no canto, definindo o título. Assim é o futebol. 

  É festa da torcida palmeirense em todo o Brasil.  É o segundo título continental do Verdão.
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 Os nomes do treinador Abel Ferreira, o ‘professor’ português, o ‘pensador’: -  Wéverton, Marcos Rocha, Luan, Gustavo e Vina; Daniel, Ze Rafael (Felipe Melo), Roni, Adriano, Rafael Veiga, Menino... 
  A festa no final foi deles, a taça de Campeão é do Palmeiras. 

 A meninada do Peixe recebeu as medalhas de vice, com méritos. 
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  - Os ‘convidados’ nas arquibancadas. Autoridades, o presidente da Conmebol, figurinhas carimbadas como Tite e auxiliares, representantes escolhidos das torcidas do Santos e do Palmeiras, máscaras, distanciamentos...
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  O Palmeiras, assim,  representará o futebol da América do Sul no Mundial de Clubes, torneio envolvendo os campeões de cada continente que acontece no Catar, capital da Copa do Mundo 2022, a partir do dia 4 de fevereiro. O Campeão da Libertadores estreia no dia 7. 
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Bola rolando no Maraca 

- Antes, a taça foi levada a campo por dois campeões, ex-ídolos do Santos e do Palmeiras: o ponteiro canhoto Pepe, parceiro do Rei Pelé, e o centroavante Evair, um dos grandes artilheiros da ‘academia’. 
- Gramado verde atapetado do Maracanã, tarde quente no Rio.  Cuca x Abel Ferreira (portuga), os treinadores. O Santos uma equipe mais jovem, lépida contra um Palmeiras mais rodado e mais robusto, cascudo. O time da Vila joga mais solto, ofensivo; o Verdão é uma equipe plantada, mas eficiente e manhosa. Clássico paulista, rivalidades. Arbitragem argentina. 

  Vinte primeiros minutos de disputa intensa, marcação/pegada forte, nervosismo, cuidados, catimba e pouca criatividade na frente. Qualquer descuido, qualquer erro poderia ser fatal. Muito corpo-a-corpo, difícil pôr a bola no chão, raras trocas de passes.  

  Escaramuças, cá e lá, poucos chutes e nenhuma chance real de gols. Os goleiros pouco trabalharam na primeira etapa, as defensivas prevalecendo. Muita correria e pouca inspiração. Quase nada aconteceu nos primeiros 45 minutos, pobres de técnica.  
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 Que se assentem os nervos, o nível coletivo melhore, a qualidade do jogo apareça na segunda etapa e brilhem as individualidades. É o que se poderia esperar. Até porque um empate levaria a uma prorrogação de 30 minutos, cansativa. Mantida a igualdade, a decisão de daria com a cobrança de tiros livres da marca do pênalti, uma roleta-russa. 
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  Na volta dos vestiários, a mesma aplicação e igualdade no gramado, já todo à sombra.  Antes dos 20 minutos, duas boas tentativas, de um lado e do outro, em cobranças de faltas bem ensaiadas. O gol não saiu. O jogo ficava mais aberto, a marcação ia afrouxando e os espaços começavam a aparecer. Ficando melhor de ver. 

  Aos 29’, o Santos quase chegou. Wéverton defendeu bem um chute forte de fora da área, deu rebote e o lateral Felipe Jonathan encheu o pé, por cima, assustou. Muito troca-troca, os treinadores arejando suas equipes em busca do triunfo na reta final. Mas o ritmo caiu, o jogo ficou lento e travado; as equipes pareciam exaustas.  

 Pra variar, confusão já nos acréscimos (8 minutos), muito empurra –empurra depois de uma disputa de bola no chão com Cuca e o catimbeiro Marcos Rocha, fora de campo. O treinador Cuca foi expulso e o lateral palmeirense levou o amarelo. Mais de 5 minutos de bola parada e sujeira. Na volta, quando tudo parecia que a partida iria para uma prorrogação ... A desconcentração santista na confusão foi fatal. 
 - Gol ! aos 53 minutos. No recomeço, após confusão, Roni cruzou largo, da direita, e nas imediações da pequena área, do lado oposto, o garoto Breno (que tinha uns 10 minutos em campo) subiu mais que o marcador e testou no canto oposto do goleiro, definindo. 
  Palmeiras Campeão da Libertadores 2021 !

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  Neste domingo, 16 horas, tem Vasco da Gama e Bahia no São Januário/RJ pela série A, decisão, concorrência direta na zona de baixa da tabela.