Em 15 anos de lutas profissionais, o Leopardo Negro, como era conhecido, nunca se esquivou de desafios e enfrentou todos os principais pugilistas do país. Tornou-se recordista em apresentações, 296 combates.
MS , da redação em Salvador |
23/12/2020 às 09:30
Lutador baiano Waldemar Santana
Foto: DIV
O ex-lutador baiano Waldemar Santana (in memoriam) será homenageado no próximo dia 27, ás 10h, no Rio de Janeiro, quando seu nome passará a integrar a Calçada da Fama - "Walk of fame", na cidade das Artes Marciais, localizada na Barra da Tijuca. O evento é uma homenagem e reconhecimento à dedicação do atleta ao desenvolvimento do esporte nacional.
A vida de Waldemar Santana e sua importância na história das artes marciais não se resumem apenas às 3h45min, tempo que durou a luta que travou em 1955 com Hélio Gracie e sua vitória, que o consagrou como um dos melhores lutadores do vale-tudo. Vai muito além disso, e começa no início da década de 50, quando um jovem atleta e capoeirista, com 22 anos, decidiu deixar Salvador, sua terra natal, para correr atrás de seus sonhos. Partiu para a capital federal da época, o paradisíaco Rio de Janeiro, sede da academia da família Gracie, já conhecida por sua fama no treinamento de jiu-jítsu.
Waldemar muito ajudou a impulsionar a luta livre e jiu-jítsu, que se transformaram numa febre nacional, com o surgimento de centenas de novos atletas, além de divulgar o nome da Bahia em todo o país. O atleta foi tema de uma crônica de Nélson Rodrigues, virou personagem em histórias populares e serviu de mote para os repentistas nordestinos, passando a ser cantado em prosa e verso.
Em quinze anos de lutas profissionais, o Leopardo Negro, como era conhecido, nunca se esquivou de desafios e enfrentou todos os principais pugilistas do país. Tornou-se recordista em apresentações, com 296 combates.