Com informações do Globo.com. Laudos encomendados pelo Bahia apontam que Ramírez não chamou Bruno Henrique de "seu negro"
Tasso Franco , da redação em Salvador |
23/12/2020 às 20:31
O colombiano fala "tá quanto" e Gerson disse que foi "seu negro"
Foto: REP
Após a denúncia feita a Índio Ramírez, do Bahia, por Gerson, do Flamengo, surgiu na terça-feira vídeo de discussão do colombiano com Bruno Henrique durante o jogo de domingo entre as duas equipes. O clube baiano contratou perícia própria para apurar o caso, e os laudos apontam que o meia não chamou o atacante de "negro".
Na terça, o vice geral do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches, anunciou que o laudo encomendado pelo Rubro-Negro comprovava ofensa de Ramírez a Bruno Henrique. Nesta quarta, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, explicou o movimento do Tricolor.
- Após o conhecimento do vídeo, nós procuramos o Ramírez. Ele viu o vídeo e foi taxativo na hora em que viu o vídeo. Ele diz: "tá quanto? tá quanto?". Isso foi o que o Ramírez disse quando viu o seu próprio vídeo. Mandamos para um pessoa nos auxiliar aqui em Salvador. Ele nos confirmou que a expressão era "tá quanto?", "tá quanto?" (veja o momento a partir dos 13 segundos do vídeo acima).
Um dos cinco especialistas procurados pelo Bahia, Eduardo Llanos é chileno e tem o espanhol como língua materna. Ele explica a sequência de atos flagrados no vídeo, na interpretação da perícia contratada pelo clube baiano.
- Incialmente nós conseguimos ver que ele (Bruno Henrique) fala para Ramírez: "arrombado" e depois "gringo de m...". A palavra "arrombado" também é utilizada em cima do outro jogador (Daniel) do mesmo time do Ramírez. Posteriormente, na sequência, quando vem aquela conduta de ambos os jogadores, Ramírez pergunta: "qué pasó?". Que é o mesmo que perguntar qual é o problema, o que você está querendo. "Qué pasó" é chamar para a briga.
- Com a mão, ele faz o gesto, que significa que você é um fanfarrão, um falador, você fala o que não sabe, o que não conhece. Para irritar o jogador. E posteriormente, ele fala "tá quanto?", "tá quanto?", separado. A palavra correta seria "está quanto" - afirma o especialista