Próximo jogo do Vitória será contra o Brasil de Pelotas, sexta, no Barradão
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
26/10/2020 às 07:34
Botafogo 2x1 Vitória
Foto: ECV
Não faltou garra, vontade, mas a sina continua. O Leão perdeu mais uma, dessa vez fora de casa, 2 x1, para o Botafogo de Ribeirão Preto, o vice-lanterna da competição. A equipe jogou mal na primeira etapa, melhorou e buscou o empate na segunda etapa, lutou muito até o apito final mas ... não deu, o Fogão foi mais feliz nas finalizações e soube suportar a pressão.
Com o resultado, o time paulista continua na zona mas deu uma respirada e o Leão volta pra casa a um ponto dos quatro últimos colocados, ali, na beira do abismo. São sete jogos sem vencer, o treinador Barroca ainda “invicto”. A pressão aumenta, o fantasma assusta.
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Bola rolando
Noite de domingo, Estádio Santa Cruz em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Em campo, o Vitória, há um mês e seis jogos sem vencer, com 20 pontos ganhos, em 14º lugar na tabela de classificação, a um ponto da zona de degola. O Botafogo na vice-lanterna, com apenas 14 pontos. Ambos precisando vencer para tomar uma tenência de recuperação e retomar a confiança.
Mal começou, na primeira investida do time da casa ...
- Gol ! 1 x 0 Botafogo, Judivan, escorando cruzamento rasante do lateral Wal, da direita, antecipando-se à desatenta zaga baiana, aos 58 segundos de jogo.
Mesmo assustado com o golpe, o Leão, que entrou com uma escalação fechadinha no meio campo, teve que se abrir, partir pra cima, em busca de um melhor resultado.
Aos 10’, o time da casa entrou fácil pela direita, Ronald ficou de frente, livre, tentou colocar e errou o alvo, por pouco, assustando o goleiro Ronaldo. O Rubro-negro tem a bola mas não consegue penetrar, arrisca chutes de longe, fora do alvo. Aos 16’, Quixadá sente a coxa e dá lugar a Vico, mais ofensivo, mais veloz. A despeito dos escanteios, bolas levantadas na área paulista, o goleiro do Botafogo não fez uma só defesa até os 35 minutos.
O Leão corre, corre mas não finaliza. O Botafogo chega pouco ao ataque mas leva mais perigo nas estocadas. A defensiva baiana tem buracos pelos lados. O primeiro tempo se foi num ritmo mais cadenciado, passes errados, muitas faltas, picotado. O time da casa satisfeito com o placar e os rumos da partida.
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No intervalo, os técnicos trocaram: no time da casa, saiu Bady e entrou Mateus; no Leão, saiu Ewandro e entrou Viçosa; dois centroavantes enfiados na defensiva inimiga. Muita disposição, correria e pegada forte de lado a lado. O Leão mais agressivo, buscando o gol, assediando.
Aos 7’, o goleiro Darley mostrou segurança, encaixando sem dar rebote uma falta cobrada por Vico, forte e no chão. Aso 8’, Lucas Cândido cruzou e Viços testou firme, raspando o poste. E tome-lhe bola alçada na área paulista, o Fogão encurralado. Aos 14, Vico tentou de longe, Darley rebateu. Só dava o rubro-negro, dominando o meio campo. Aos 18’, uma pancada de João Victor, do meio da rua, passou perto.
Só pelos 22’ o Fogão deu ar de sua graça, num contragolpe; Wal chutou de fora e Ronaldo espalmou. Logo depois...
- Gol ! 2 x 0, Ferreira tentou de longe, uma bomba, e acertou o ângulo; Ronaldo foi e não alcançou, aos 25 minutos. Golaço ! Quando o Vitória parecia melhor.
Mudanças: saiu o arisco e driblador Ronald, entrou Luketa; no time baiano, troca de laterais, na direita, Leo entra e sai Leandro, fraquíssimo. Depois, Mateusinho e Caicedo nos lugares de Magrão e Leo Ceará.
Aos 28’, num contragolpe pela esquerda, Luketa disparou, deixou todos pra trás e chutou cruzado, fora. O Leão quebrou o tesão depois de sofrer o gol. O Fogão retomou as rédeas da partida. O treinador Claudinei oxigenou: saiu Judivan, perigoso mas cansado, entrou Maia; Ferreira deu lugar aDodo; depois Edson Bahia no lugar de Elicarlos. Pra manter a pegada e garantir o placar.
- Gol ! 2 x 1 , Caicedo, escorando ótima jogada de Vico pela direita. Aos 40 minutos.
O tento deu alento e esperanças ao Leão, de novo na partida. Daria tempo?
Restava atacar, tentar o tudo ou nada. O Fogão não esmoreceu, tentou dar calor, prender a bola na frente. O Leão com pressa, pondo correria, esticando a bola na área. Caicedo, depois de um bate-rebate, encheu o pé, o goleirão defendeu. Aos 45’, num contragolpe, testada de Luketa, bola no travessão de Ronaldo, quase entrou...
Emoções fortes, lado a lado, mais na força, na vontade, clima quente, seis minutos de acréscimos e... fim de papo. Não deu pro Leão, apesar da luta até o final.
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Destaques
O bom goleiro Darley, miolo de zaga alto, duro, seguro; Ferreira no meio campo, Ronald é buliçoso e Judivan, rodado, incomodou. Luketa entrou bem.
No Vitória, os mesmos problemas defensivos, laterais fracos, miolo de zaga inseguro. Rend só no meio campo. Vico, o melhor do ataque, não pode ficar no banco. Não faltaram luta e vontade.
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Escalações
- Botafogo : Darley, Wal, Jordan, Robson e Martinelli; EliCarlos, Ferreira, Bady e Ronald; Jefferson e Judivan. Treinador, Claudinei Oliveira.
- Vitória : Ronaldo, Leandro Silva, João Victor, Maurício Ramos e Rafael Carioca; Rend, Lucas Cândido, Quixadá e Magrão; Ewandro e Leo Ceará. Treinador, Eduardo Barroca.
Arbitragem paraense, Dewson no apito, sem problemas.
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Na sequência, pela rodada 19, a derradeira do chamado primeiro turno, o Leão baiano recebe o Brasil de Pelotas em sua Toca, o Barradão, sexta-feira, 30, às 19h15.
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Curtas:
- Pela Copa Sulamericana, o Bahia joga em Lima, no Peru (quinta, dia 29, às 21h30), contra o Melgar, equipe de Arequipa, sexta colocada no Campeonato Peruano. O jogo de volta será na Fonte Nova (a reabertura, depois da pandemia), na outra quinta, 5 de novembro, às 21h30.
- Por conta desses compromissos internacionais, o Tricolor teve dois jogos pelo Brasileirão adiados, a serem remarcados ainda: contra o Fortaleza e contra o Santos.
- A Seleção Brasileira foi novamente convocada pelo treinador Tite, para dois jogos valendo pelas eliminatórias da Copa 2022/Catar: dia 13 de novembro, no Brasil, contra a Venezuela, e dia 17 em Montevidéu, contra o Uruguai. A novidade foi a convocação do atacante Vinícius Jr, do Real Madrid, jogador de velocidade pelo lado esquerdo mas que finaliza mal.
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O ídolo Mané
No dia 28 de outubro de 1933 nascia em Pau Grande, município do Rio de Janeiro, a criança batizada como Manuel Francisco dos Santos, depois mundialmente conhecida como Mané Garrincha, gênio do futebol, o anjo das pernas tortas, ‘alegria do povo’. O nosso “Carlitos”, um Chaplin. Com ele jogando ao lado de Pelé o Brasil nunca perdeu. Ídolo eterno do Botafogo do Rio. Garrincha era descendente de índios Fulniôs, de Alagoas, terra de seus avós. Garrincha morreu em 1983, em decorrência de problemas com o alcoolismo.
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