O Vitória não conseguiu reagir e estaciona nos 17 pontos
ZedeJesusBarrêto , Salvador |
29/09/2020 às 21:27
Unico gol da partida
Foto: Rep
O famoso ‘gude preso’, aquele 1 x 0 encardido, dentro da Toca, e o Leão quebrou a guia, perdeu a primeira em casa, na competição. O time das letrinhas de Alagoas venceu a primeira longe de Maceió e a terceira seguida, chegando agora a 13 pontos, afastando-se mais da zona do sufoco. Com o resultado, o Vitória estacionou nos 17 pontos e perdeu a chance de entrar ou colar no grupo de cima, dos quatro primeiros.
Foi um jogo limpo, equilibrado, e os alagoanos surpreenderam, marcando bem, com um sistema defensivo bem plantado, sem erros, e evoluindo com troca de passes sempre que recuperava a bola, criando mais chances de gol que os donos da casa.
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Bola rolando
Noite limpa, no bom gramado do Barradão o Leão, invicto em casa e o CSA ainda sem ter vencido fora de casa. O rubro-negro encostando no grupo do topo, os alagoanos fugindo da turma de baixo.
A partida começou bem franca, duas equipes ofensiva e buscando evoluir com troca de passes. Por volta dos 10 minutos, após cobrança de escanteio na direita, o Leão esteve para abrir o placar, uma finalização a palmo do poste alagoano. Leo Ceará e Álisson Farias espertos, a equipe insistindo e perigando nas bolas paradas de Carleto. Mas...
- Gol ! CSA 1 x 0, aos 13 minutos. Paulo Sérgio foi lançado em profundidade, nas costas da zaga baiana, que fez mal a linha de impedimento. Ronaldo saiu vacilando, dividiu com o atacante e a bola sobrou para a batida do alagoano, escantilhada, por baixo do goleiro.
Com a abertura do placar, o Leão saiu inteiro, foi ainda mais pra cima e o CSA plantou-se, marcando forte no meio campo e claramente optando pelos contragolpes. Aos 23’, os alagoanos entraram tabelando, infiltrando-se pelo meio, mas a finalização saiu errada. Aos 29’, o cruzamento de Pimpão, da direita, encontrou Paulo Sérgio livre na frente da pequena área, mas a cabeçada foi longe do alvo. As fragilidades defensivas costumeiras do Leão nas bolas alçadas.
Aos 38’, Pimpão percebeu Ronaldo fora do gol e tentou por baixo, exigindo boa reação do goleiro. No escanteio, novamente Ronaldo, tirando de tapa. Aos 40, num vacilo de meio campo, Paulo Sérgio roubou de Lucas Cândido e entrou em velocidade pelo meio, mas Ronaldo saiu dividindo corajosamente e salvou. Antes do final, um gol anulado do Vitória, numa bola alçada; antes da finalização, bateu na cabeça de João Victor, caracterizando o impedimento no lance, sem maiores protestos.
A despeito da maior posse de bola do rubro-negro na primeira etapa, o CSA foi mais objetivo, finalizou mais e criou melhores chances. Placar justo
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Segundo tempo.
Nos vestiários, Pivetti trocou o apagado Lucas Cândido por Fernando Neto, mais brigador, com mais mobilidade no meio campo. A intenção era voltar amassando o adversário, com mais rapidez, buscando gols. Foram cinco minutos de pressão total, os alagoanos só suportando.
Aos 6 min, Carleto bateu falta da direita, alçada, descaindo do lado oposto, na pequena área; a cabeçada de João Victor foi certeira mas Castan salvou em cima de linha.
E haja falta para Carleto cobrar, arma principal do Leão. Os atletas de frente orientados, provocando, cavando as infrações. Aos 9’, João Victor sentiu pancada nos quadris e deu lugar a Maurício Ramos. Aos 10’, Paulo Sérgio desbravou pela esquerda e cruzou na cabeça de Geovane, que testou livre e a bola raspou o poste de Ronaldo. Quase os alagoanos ampliam. Aos 13’, a resposta com boa investida de Alisson Farias na esquerda; mas a finalização de F. Neto subiu muito.
Aos 20’, P. Lucas e Andrigo, sangue novo no CSA. No Vitória, Eduardo e Bocão em campo. Aos 30’, Rend sentiu o joelho, entrou Jean. Na sequência, no CSA entraram Alano e Marquinhos nos lugares de Yago e Pimpão.
O ritmo caiu, ficou mais morno. E o tempo foi passando, o rubro-negro não mais chegava com força na frente. Aos 38’, Leo Ceará cabeceou com perigo uma bola cruzada de esquerda. Aos 41’, Bocão arriscou de canhota, o goleirão pegou. Aos 42’, falta cruzada da direita, cabeçada de Alano, livre, nas mãos de Ronaldo. O Vitória tentou aquele sufoco final, com bolas alçadas, no desespero, buscando pelo menos o gol de empate, mas ... dessa vez não deu. Os alagoanos souberam suportar bem.
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Destaques
Rend, lucidez e vontade no meio campo; Álisson Farias, o mais insinuante na frente. Fernando Neto não pode ser reserva de Lucas Cândido.
O CSA marca e se defende bem. Muito bom o beque Castan nas bolas altas. Goleiro seguro. Mostrou bom repertório ofensivo, enquanto correu. Time manhoso.
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Escalações
- Vitória : Ronaldo, Leandro Silva (Bocão), João Victor (Maurício Ramos), Wallace e Carleto; Rend (Jean), Lucas Cândido e Marcelinho (Eduardo); Ewandro, Leo Ceará e Alisson. Treinador, Bruno Pivetti.
- CSA : Mateus, Diego Renan, Castán, Cleberson e Rafinha; Geovane, Marcio Araujo, Yago (Alano) e Pimpão (Marquinhos); Pedro Junior (Andrigo) e Paulo Sérgio (P.Lucas). Treinador, Moart Santos.
Arbitragem cearense, sem VAR e sem problemas; no apito, Leo Holanda.
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O próximo compromisso do Leão é fora de casa, em Ponta Grossa/PR, contra o Operário, que também está brigando por um espaço no G 4, o grupo dos quatro primeiros na tabela de classificação.
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Outros jogos da noite de terça:
- Juventude 1 x 0 Operário; Avaí 1 x 0 Figueirense; Oeste 0 x 0 Botafogo(SP).
Às 21h30: Paraná x Chapecoense; Guarani x Sampaio Corrêa; Cuiabá x Náutico.
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Pela Série A, nesta quarta-feira à noite (21h30), o Bahia joga contra o Botafogo, no Rio, ambos lá na rabada da tabela, na zona do desespero. Esse é uma partida atrasada, da primeira rodada. O Tricolor há nove jogos não vence e acumula quatro derrotas seguidas, três já sob o comando do treinador Mano Menezes. O torcedor em agonias. O fantasma da segundona assombra.