Esporte

BAHIA EMPATA COM LIDER E MOSTRA QUE PODE MAIS, por ZÉDEJESUSBARRÊTO

Tricolor quase vira o jogo aos 53 minutos do segundo tempo, coisas da bola
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 06/09/2020 às 18:39
Inter 2x2 Bahia
Foto: GE Instagram
  
  
 Nem o devotado torcedor do Tricolor esperava uma atuação convincente e um bom resultado da equipe, no Beira Rio, contra o líder Internacional de Porto Alegre. A equipe, motivada e bem posicionada abriu o placar e fez um bom primeiro tempo; caiu um pouco fisicamente na segunda etapa, levou a virada numa ‘pixotada’ da arbitragem, mas lutou bravamente até o final e conseguiu o empate, merecido.  Um bom jogo e para os baianos um novo ânimo, prova de que podemos mais.

 Com o empate, o Tricolor baiano chega a 9 pontos, 11ª colocação na tabela de classificação. O líder continua sendo o Inter, com 17 pontos, seguido pelo São Paulo (16), Flamengo (14), Palmeiras (13) e Atlético Mineiro (12).    
*
Bola rolando no relvado

- O Colorado gaúcho em campo na liderança, invicto em casa, com melhor ataque e defesa menos vasada da competição. O Bahia vindo de uma goleada sofrida em casa, perdeu de 5 x 3 para o Flamengo, sem treinador titular ainda, por conta da saída de Roger Machado, e algumas mudanças na equipe. Quatro jogos sem vencer, oito pontos, 12º lugar.  Em Porto Alegre, tempo fechado com chuva maneira, 16 graus. 
  A ver...
  Antes dos dois minutos de bola rolando, levantamento da esquerda para a área tricolor, a defesa não resolveu e D’Alessandro bateu rasteiro para a primeira boa defesa de Clauss. Começou corrido, igual e bem ofensivo, lá e cá. O Colorado, em casa, tomando a iniciativa, marcando desde a saída de bola na defesa adversária. O Tricolor bem arrumado.  
   - Gol !  1 x 0 Bahia, aos 19 minutos. Bola roubada, Gilberto e Danilinho na jogada, bola enfiada para Rodriguinho na área, o drible no marcador que caiu sentado e o meia fez de canhota. Belo gol.
  - Gol!  1 x 1, Inter. Numa saída de bola em falso, pela esquerda, com Juninho, na pressão a bola sobrou para D’Alessandro, esse a Galhardo que fez cruzamento largo da direita, Patrick subiu nas costas de Nino e testou forte, sem defesa. 

  Aos 31’, Gilberto bateu travado e por pouco a bola não encobriu Lomba, que salvou com as pontas dos dedos.  Aos 41’, numa retomada de bola, Gilberto foi lançado nas costas da zaga sulista, entrou em velocidade pelo meio, livre e finalizou bem, mas o gol foi anulado pelo VAR. Estava impedido.  Aos 44’, novamente o VAR anulou uma finalização de Galhardo, do outro lado.  Corretas decisões.

  Bom primeiro tempo, jogado limpo e no chão, com equilíbrio de ações. O Tricolor surpreendeu, com outra postura, mais competitivo. Aguentaria o ritmo na segunda etapa?
 *
  O Colorado voltou dos vestiários na intenção de amassar, encurralar os visitantes, inteiro na frente, ganhando divididas e os rebotes. Recuado, suportando, o Tricolor não conseguia encaixar o contragolpe. Aos 14’, Clauss foi buscar no canto uma falta bem cobrada por D’Alessandro. 

  Aos 18’, bola alçada por D’Alessandro, o árbitro viu/inventou um pênalti de Gregore em Cuesta. O soprador de apito inicialmente ignorou o VAR, mas foi chamado e decidiu olhar o lance na telinha. Absurdamente confirmou o que não viu.  Galhardo bateu forte e desempatou, aos 22’, virando o marcador: 2 x 1 Inter. 
  O Tricolor perdeu-se um pouco, então, com substituição dos mais cansados em campo. O Colorado fechou-se atrás, apostando nos contragolpes e já trabalhando para garantir o resultado, gastando tempo. O Bahia em cima, tentando.  Daí... 

 Aos 47’, o mesmo VAR apontou uma falta na área de Rodiney, na área, que o juiz não viu. O árbitro foi chamado, olhou na telinha e apitou o pênalti.  Cayson bateu firme e empatou:  2 x 2. 
   No último lance, quase Ernando desempatou, de cabeça, após cobrança de escanteio. Hernandez tirou a bola em cima da linha, com Lomba já batido.  

  Valeu pelos três pontos e sobretudo pela disposição da equipe, dos atletas em campo, lutando bravamente até o último minuto, o ultimo fôlego. Um jogo de superação. 
*
Destaques

Gilberto, 100 jogos com a camisa do Tricolor baiano, jogou bem enquanto teve perna. Rodriguinho, belo primeiro tempo. Bem o goleiro Clauss, o zagueiro Ernando, o meio campo Ronaldo...   Mas elogiável sobretudo o comportamento vibrante de toda a equipe, como há muito não víamos.
 No Inter,  o zagueiro Cuesta, Patrick e Galhardo.

**
  Carille ou Dorival Jr?   

 Carille, ex-treinador vencedor pelo Corínthians, agora na Arábia Saudita, seria a mais nova aposta como treinador, em substituição a Roger Machado.  Seria, porque são muitas as especulações de treinadores estrangeiros (Dudamel, Gutierrez, Aguirre) e nacionais (Felipão, Mano, Dorival).  Carille é amigo do diretor de futebol do Bahia Diego Cerri.  
  Mas, há pouco, um comentarista do Esporte Interativo deu como certa a contratação de Dorival Jr. A confirmar. 
*
Escalações 

- Internacional : Lomba, Sarabia, Zé Gabriel, Cuesta e Uendel (Rodinei); Edenílson, Johnny (Moledo), Boschilia (Marco Guilherme) e Patrick (Hernandez); D’Alessandro (Peglow), e Galhardo.  Técnico, Eduardo Coudet, argentino.
- Bahia : Claus, Nino, Ernando, Juninho e Capixaba; Ronaldo (Edson) e Gregore; Daniel (Rossi), Rodriguinho (Fessim), Elber e Gilberto (Clayson).  Treinador interino, Claudio Prates, gaúcho de nascimento. 

  No apito, Bráulio Machado. Assumiu a marcação de um pênalti que a tevê mostrou não ter acontecido.  Depois, não viu e o VAR marcou pênalti do empate tricolor. Acatou o VAR e redimiu-se. Enroladinho, pois. 
**

 - O próximo compromisso do Bahia é no dia 10, quinta, em Pituaçu, 19h15, contra o Grêmio, outro gaúcho, pedreira.
** 

 - Pela Série B, o Vitória joga no dia 11, sexta, às 21h30, em Belo Horizonte, contra o Cruzeiro, que está na porta da zona de rebaixamento, com 4 pontos ganhos apenas.  O Vitória está com 13 pontos, na boca do G-4, parte de cima da tabela. 

    O líder da segundona é o Paraná, com 17 pontos, seguido pela Chapecoense (16), Ponte Preta, Cuiabá e América mineiro com 14.

**