Bahia 1x1 Palmeiras; Vitória 1x0 Paraná. Comenta ZédeJesusBarrêto
ZedeJesusBarrêto , Salvador |
29/08/2020 às 21:30
Marco Antonio empata aos 49min do segundo tempo: Bahia 1x1 Palmeiras
Foto: ECB
Mais uma vez brilhou a estrela Tricolor. O time perdia de 1 x 0 pra o Palmeiras, em Pituaçu, e o árbitro já se preparava para apitar o final, quando Nino Paraíba levantou uma bola longa e despretensiosa da direita para pequena área paulista, o bom goleiro Wéverton saiu em falso, atrapalhado pela zaga, e socou mal a bola que, caprichosa, caiu no pé do garoto Marco Antonio; um tapa de pé direito, de cobertura, e a pelota ganhou as redes: 1 x 1. E uma sobrevida para o treinador Roger Machado.
Afinal, um placar mais que justo pelo que aconteceu em campo. Muito igual. O Verdão só perigou e mostrou superioridade por volta dos 30’ da segunda etapa, quando o malandro técnico Luxemburgo percebeu alguns jogadores baianos já sem pernas e trocou cinco jogadores, pondo correria e lançando-se inteiro no ataque. Ele tem no elenco jogadores inteiros, de qualidade, como Scarpa, Luis Adriano, Zé Rafael, Ramires... essa é a diferença. Qualidade no banco de reservas; mais grana no cofre.
O Bahia jogou muito mais do que vinha jogando. Com mais vontade, articulando melhor as jogadas, disputando o jogo. Mas, num clássico, não se pode errar. Levou o gol numa saída equivocada de bola, o passe de Nino saiu errado, e... quase a vaca foi pro brejo
Com o empate o Tricolor foi a 8 pontos ganhos e está em 7º lugar.
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No Barradão, à tarde, o Vitória, invicto na Série B, venceu o Paraná por 1 x 0, num jogo sem muita empolgação. A equipe pareceu cansada, sem muita inspiração. Mas valeu o resultado, os três pontinhos.
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Expectativa em Pituaçu
O Palmeiras em campo com 8 e o Bahia com 7 pontos na competição. Pituaçu em noite de temperatura amena, gramado bom mas castigado. A semana foi quente no Bahia, depois de levar 2 x 0 do Ceará, com torcedores pressionando jogadores e cobrando a saída do treinador Roger Machado. Quatro treinadores já foram demitidos até agora na competição. As duas equipes têm histórico de bons jogos, duros, embora o Verdão leve vantagens nos confrontos – desde o século passado o Bahia não vence o Palmeiras em Salvador.
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Bola rolando/Pituaçu
O Tricolor começou bem, explorando os lados do campo, chegando mais com Nino e Rossi pela direita e Élber/Capixaba pela esquerda. O Palmeiras evoluindo com troca de passes pelo meio campo, valorizando a posse de bola. Muito estudado e algumas finalizações de longa distância. Bom ritmo e equilíbrio de ações. Mais marcação que criação no meio campo. As defensivas bem postadas e os goleiros sem muito trabalho no primeiro tempo.
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Dois minutos de jogo na segunda etapa e Rossi, recebendo de Rodriguinho, cruzou da direita para cabeçada certeira de Gilberto... mas o gol foi anulado/ VAR, por impedimento de Rossi, ao receber o passe em profundidade, um pouco à frente da linha de zaga. O Tricolor voltou aceso dos vestiários, buscando o gol. Os paulistas cadenciando mais, quebrando a intensidade do adversário para surpreender. Jogo mais aberto. Lá e cá.
Aos 25’, Wanderley Luxemburgo incrementou, botou pilha nova, mais fôlego, cinco substituições: Wesley, Ramires, Scarpa, Ze rafael e Luis Adriano em campo. Velocidade na frente, foi pra cima. No Bahia, Saldanha e Ronaldo no lugar de Gilberto e Rossi.
Aos 30’, explorando a velocidade do lado de Nino e Lucas Fonseca, Wesley finalizou de esquerda e Ânderson defendeu. Dois minutos depois, um erro fatal de saída de bola na frente da área tricolor e ... Gol ! 1 x 0 Palmeiras. Scarpa recebeu de Luis Adriano, na direita, cruzou rasteiro e Ze Rafael entrou livre na pequena área, nas costas de Nino/Lucas, para concluir.
Roger colocou em campo Marco Antonio no lugar de Rodriguinho, cansado e Clayson no de Daniel. O Palmeiras postou-se, fechou-se, fazendo a armadilha para o contragolpe em velocidade.
O Bahia achou o empate aos 49’, nos acréscimos. Wéverton socou mal uma bola laçada na pequena área palmeirense e Marco Antonio pegou a sobra, de primeira, com rara felicidade, empatando : 1 x 1. Ufa! Mais justo.
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Destaques
No Bahia, Gregore voltou a jogar bem, mas está fora do clássico com o Flamengo, por cartões amarelos. Daniel enquanto teve pernas, Rodriguinho, Élber e Gilberto.
No Palmeiras, a zaga firme, o lateral esquerdo Diogo Barbosa ... E o treinador Luxemburgo, que mexeu no momento certo e por pouco não ganhou o jogo explorando o cansaço de alguns atletas tricolores.
- Ridícula a sonoplastia em Pituaçu, com a “torcida mecânica” vaiando o adversário quando está com a bola. Pra quê ? E a altura, os decibéis absurdos do som.
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Escalações
- Bahia : Ânderson, Nino, Lucas Fonseca, Juninho e Capixaba; Gregore, Daniel e Rodriguinho; Élber, Gilberto e Rossi.
- O Palmeiras de Wanderley Luxemburgo: Wévertom, Mayke, Luan, Gustavo e Diogo Barbosa; Bruno Henrique, Patrick de Paula, Gabriel Menino e Lucas Lima; Rony e William.
Arbitragem carioca. No apito, Bruno Arleu, sem problemas
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Na sequência, as pedreiras do Bahia: Flamengo em Pituaçu, dia 3 de setembro; Internacional, em Porto Alegre e Grêmio, em Pituaçu.
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No Barradão
Mesmo sem atuar bem, o Vitória venceu o Paraná (1 x 0, Leo Ceará de pênalti, no segundo tempo), mantém-se invicto na competição e chega a 10 pontos ganhos, encostando na turma dos quatro primeiros. O líder é o surpreendente Cuiabá, com 13 pontos. Foi a segunda Vitória do Leão, ambas no Barradão e pelo placar de 1 x 0 (venceu na estreia o Sampaio Correia).
O jogo foi tecnicamente fraco, com muitos passes errados e jogadas bisonhas de lado a lado. O Vitória imprimiu uns 15 primeiros minutos de correria, pressionando e ganhando as divididas, com vontade, mas foi caindo de produção com o passar do tempo e sem conseguir finalizar no gol adversário. Os goleiros quase não trabalharam na primeira etapa. Dois chutes de longa distância de Leo Ceará e Rend, fora do alvo, pelo Rubro-negro e uma falta chutada por Fabrício assustando o goleiro Ronaldo.
O Paraná voltou mais esperto na segunda etapa, foi melhor, tentou mais. Mas o Vitória achou um pênalti, aos 22 minutos e se deu bem. Um chute da entrada da área desviou no braço do becão Tales e o árbitro do Rio Grande do Norte viu, marcou. Leo Caerá cobrou forte e abriu o placar: 1 x 0.
Daí em diante, o Vitória encolhido, se defendendo e o Paraná tentando o empate, que não saiu por conta de umas três intervenções salvadoras de Ronaldo, sem dúvida decisivo, o destaque do jogo.
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O próximo confronto do Leão é fora de casa, contra o Confiança de Sergipe, dia 1º de setembro, às 21h30.