Veja comentário de ZédeJesusBarrêto sobe melhor time do mundo
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
23/08/2020 às 18:42
Melhor time do mundo
Foto: REP
Numa entrevista, às vésperas da decisão, o meia Muller explicou a fase venturosa da equipe campeã alemã, arrasadora: “ Nós em campo não paramos nunca”. Verdade, jogam com intensidade, velocidade e objetividade o jogo inteiro. E eu diria mais: - Eles quase não erram. Marcam o campo inteiro, brigam pela posse de bola com obstinação e não erram passes. O Bayern é sim, hoje e agora, a melhor equipe do mundo.
O PSG – Paris Saint Germain até encarou, deu testa, criou chances de gol, mas na segunda etapa os franceses já não conseguiam acompanhar os alemães, perdiam as divididas, não trocavam mais passes, viviam dos passes longos para Neymar e Mbappé, marcados dura e lealmente, sem espaços para jogadas individuais. Neymar, pelo miolo, avançado, encaixotado, teve alguns lampejos, mas pouco finalizou. Mbappé, pouco inspirado, nas oportunidades que teve parou no goleiraço Neuer.
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Com a bola rolando
Surpresas a postura de Neymar enfiado, Di Maria na direita e Mbappé aberto na esquerda. No Bayern, a escalação do rápido e driblador Coman do lado esquerdo, avançado, no lugar de Perisic. As duas equipes marcando na frente, brigando pela bola. Os alemães mais coletivos. O franceses buscando as bolas longas nos costados dos zagueiros adversários.
A primeira chance foi de Neymar, lançado na área pela esquerda, por Mbappé, livrou-se da marcação e tentou duas vezes mas o paredão Neuer salvou. Aos 21’, a resposta alemã, com Lewandóvski girando e batendo seco, acertando a trave de Navas. Aos 23’, após boa trama de ataque, Di Maria recebeu de Neymar, de cara, mas chutou alto, de pé direito, o de pegar o bonde. Aos 30’, cabeçada de Lewandovski, Navas pegou. Aos 44’, Mbappé perdeu, de cara com com Neuer. Um primeiro tempo equilibrado.
A equipe alemã voltou mais inteira dos vestiários, no mesmo ritmo que começou o jogo. A marcação do PSG já era mais frouxa. A partida ficou mais pegada, algumas faltas mais duras, muitas na intenção de quebrar contragolpes, de um lado e outro.
O gol saiu aos 14’, após um tempo de pressão ofensiva dos alemães. O excelente lateral Kimmich levantou a cabeça e alçou na cabeça de Coman, nas costas do lateral direito Kerher; testada forte, fulminante: 1 x 0.
Os alemães não recuaram, não arrefeceram. Marcação por pressão total, sempre, sem deixar o adversário respirar. O PSG, já no tudo ou nada, criou uma boa chance com Marquinhos, lançado em profundidade, mas Neuer arrojou-se nos pés do brasileiro e salvou. Aos 46’, após boa trama de Mbappé com Neymar, o brasileiro enfiou para Choupe-Mating (que tinha uns 10 minutos em campo), mas ele na pequena área não alcançou.
Jogaço de bola. Resultado justo e título para o melhor da competição, a taça em boas mãos.
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A equipe alemã é uma máquina que busca a perfeição. Um golairaço, ainda um dos melhores do mundo; ótimo e criativo lateral Kimmich, miolo de zaga duro, não brinca; muito bom o garoto lateral pela esquerda, Davies (Canadense); Tiago Alcântara rege o meio campo; Goretza é incansável; o experiente Muller, o grande artilheiro polonês Lewandóvski, um perigo; Gnabry não esteve no seu melhor dia e Coman foi a surpresa e ainda marcou o gol do título. O treinador dessa máquina chama-se Hans Flick.
No PSG, bom jogo dos brasileiros Tiago Silva e Marquinhos; na frente, Di maria apareceu pouco, Mbappé não brilhou e Neymar, mesmo sacrificado no meio, marcadíssimo, teve os melhores lampejos.
Parabéns aos alemães pelo título e pelo futebol do Bayern, melhor time da atualidade.