Tá pintando a final Bahia x Atlètico de Alagoinhas
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
30/07/2020 às 20:28
Bahia 2x0 na Jacuipense
Foto: ECB
Está pintando uma final de Campeonato Baiano que só aconteceu na década de 70 do século passado, quando o Carcará de Alagoinhas brilhava no Carneirão (estádio Antonio Carneiro), um Bahia x Atlético. Na tardenoite dessa quinta-feira o Tricolor fez 2 x 0 no Jacuipense, no Eliel Martins (também chamado de Walfredão), e na noite de quarta o Atlético surpreendeu o Juazeirense, lá no norte, nas beiras do São Francisco, com uma goleada: 4 x 1. Os jogos valendo pelas semifinais da competição.
Com esses resultados, os vencedores fazem no domingo (16 h) o jogo de volta, em casa, com boa vantagem e, caso confirmem a superioridade, o que é bem provável, Bahia x Atlético de Alagoinhas decidem o título de campeão baiano de 2020. O Bahia está em busca de um tri-campeonato, algo que conseguiu, pela última vez, na segunda metade dos anos 80, antes de se sagrar Campeão Brasileiro, em 89.
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Triunfo na maresia
Tarde morna caindo, lua crescente no céu limpo, gramado alto, bola lenta, estádio vazio e ritmo de treino, jogo com poucas faltas. Assim o Bahia ganhou do Jacuipense, cozinhando o Jacu em banho maria, sem precisar correr muito.
A partida foi controlada pelo time da capital nos primeiros 25 minutos com a posse de bola e muita troca de passes, mas sem chutes a gol. Por volta dos 26 a 28 minutos, na pressão, o Bahia bombardeou a meta de Luan, mas o bloqueio defensivo da casa funcionou. Daí, o Jacuipense arriscou-se no ataque e conseguiu três escanteios seguidos, que em nada resultaram.
Na sequência, num lance de sorte, a bola repicou na zaga e sobrou limpa na linha da grande área, na perna esquerda de Marco Antonio: o tiro saiu seco, rasteiro e colocado:1x0 Bahia. O Leão do Sisal foi pra cima, mas Clauss salvou o empate nos pés de Elias.
O Tricolor voltou da merenda nos vestiários na mesma maresia e o Jacu arriscou-se inteiro no ataque; desperdiçou uma boa chance (novamente Clauss, bom goleiro) e desguarneceu-se atrás. Aos 18’, Saldanha puxou bem um raro contragolpe e achou Alesson na direita, entrando em velocidade: o chute, já na grande área inimiga, saiu rasteiro, cruzado e o goleiro Luan não chegou nela: 2 x 0. O resto foi o time da casa no campo adversário, tentando, e o Bahia, já desgastado, administrando e pedindo a pro tempo passar, apenas.
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Carcará cantou no Juá
Na noite anterior, o Atlético de Alagoinhas, o Carcará do Sertão, venceu de virada e com superioridade o Juazeirense, em Juazeiro; e de virada. Levou um gol (contra), numa canelada do zagueiro Saulo. Mas achou o empate ainda na primeira etapa, com o bom velhinho Magno Alves emendando de canhota um cruzamento largo da direita, aos 27 minutos. Aos 35 Edilson desempatou.
O time da casa voltou para o segundo tempo disposto a fazer valer seu mando de campo, dominou e criou boas chances, mas não fez. E, como se sabe, é uma lei no futebol, “quem não faz, toma”. Aos 36’, Lucas acertou um belo chute de longe e ampliou, baixando o fogo e a moral da Juá, e, aos 43, Dedeco fechou o caixão, dando números (4 x 1) à inesperada goleada. Vai ser muito difícil o Juazeirense reverter essa vantagem.
Domingo tem mais, pois.
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Decisão no Nordestão
Antes, no sábado à tarde, em Pituaçu, acontece o primeiro dos dois confrontos Bahia x Ceará, uma velha rivalidade, decidindo o título da Copa do Nordeste 2020. Jogo duro. Na terça sai o Campeão.
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