Jogo que não serve para avaliar a seleção brasileira
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
19/11/2019 às 12:46
Brasil 3x1 Coreia do Sul
Foto: CBF
Tudo bem, foi só a Coréia do Sul, a equipe asiática não está ainda na primeira linha do futebol mundial, mas voltar a vencer é sempre bom, o placar de 3 x 0 revigora. E valeu sobretudo em função da boa atuação de alguns atletas que estão pedindo espaço no time de Tite: Lodi, Artur, Paquetá, Fabinho ... Renovar é preciso e urgente.
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- Estádio Mohammed Bin Sayed, nos Emirados Árabes/Abu Dhabi, com público miado, arquibancadas com muitos espaços vazios.
- A seleção brasileira de Tite em campo há cinco jogos sem vencer, desde a Copa América, em baixa, descrédito, jogando bolinha de gude.
- A Coréia do Sul, correria pura, há nove jogos invicta, com cinco triunfos. Seu astro maior é Son, atacante do Tottenham, e destaque para o técnico português Paulo Bento.
- As ‘mudanças’ do treinador brasileiro: Marquinhos na zaga no lugar de Tiago, com a tarja de capitão da equipe; Lodi na lateral esquerda com a saída do fraquíssimo Alex Sandro; Fabinho no lugar de Casemiro; Phillipe Coutinho de volta ao meio-campo e Richarlisson no lugar de Firmino, de centroavante.
O camisa 10? Acreditem, é o Paquetá. Arbitragem dos Emirados Árabes.
- Último compromisso da seleção no ano. Em 2020 tem as eliminatórias para a Copa 2022, que acontecerá nos campos da Arábia.
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Bola rolando ...
Começamos bem, envolvendo o adversário, pondo a bola no chão, trocando passes, marcando avançado, a partir do campo adversário, explorando mais o lado esquerdo ofensivo.
- Gol ! 1 x 0, Brasil, aos 10 minutos. Um belo lance coletivo: Coutinho tabelou pela esquerda com Lodi, o lateral cruzou bem, na pequena área onde penetrava Paquetá, que testou livre, de peixinho, marcando seu primeiro gol com a camisa amarela.
- A reação dos ‘camisa vermelha’: Aos 14’, Son arriscou de longe, defesa de Álisson no chão. Por volta dos 20’, duas boas tentativas coreanas e por muito pouco não saiu o gol de empate, na pressão. Equilibrou.
- Gol ! 2 x 0 Brasil, aos 35 minutos. Fabinho foi derrubado a dois passos da linha da grande área inimiga; Phillipe Coutinho bateu a falta com classe, acertando o ângulo. Golaço. Há muito não fazíamos gol de falta.
- Também de falta, da entrada da área, quase a Coréia diminuiu. Álisson bateu roupa, na cobrança forte, por baixo, a bola repicou na cobertura de Phillipe Coutinho, bateu no poste brasileiro e escapou no fundo. Aos 41’.
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Um bom primeiro tempo, corrido, disputado. O Brasil começou insinuante, sobretudo com as triangulações na esquerda de Lodi, Paquetá e Coutinho, soltos, pra cima. Depois, o equilíbrio. Quando os coreanos pareciam mais à vontade, gostando mais do jogo, levaram o segundo de falta bem executada por Coutinho.
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Os asiáticos voltaram dos vestiários acesos, com postura mais ofensiva, atacando, fazendo pressão, pondo velocidade. Os brasileiros amansando o ritmo, trocando passes.
- Gol ! 3 x 0, num contragolpe, Lodi cruzou do fundo, rasteiro e para trás; Danilo, do lado oposto, pegou firme, de primeira, na linha da grande área. O goleirão coreano foi na bola, triscou mas a bola estufou as redes. Aos 15 minutos, quando parecia equilibrado.
- Os coreanos sentiram o terceiro gol. Os brasileiros criaram chances com Richarlisson e Gabriel Jesus, recebendo lançamentos na área, mas ambos desperdiçaram, chutaram fora do alvo.
- Acordaram, foram pra cima. Aos 27’, Son acertou a mira, Álisson espalmou. Outra tentativa de Son, aos 29’, novamente Álisson espalmou.
O tempo foi passando, o ritmo caindo, e as substituições normais de amistosos: Firmino, Rodrygo, Émerson ... só pra irem se acostumando com o peso da beca.
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Destaques
O lateral direito Danilo fez um belo gol, mas ainda não jogou para merecer a camisa de titular; Militão pode ser um bom reserva. Lodi tem de ser titular com a ausência de Marcelo, foi o melhor dos nossos, bons cruzamentos. Fabinho está jogando mais que Casemiro. Artur, domínio, cadência, jogo coletivo, distribuiu bem. Coutinho enfim atuou bem; Paquetá mais solto, fez sua melhor partida até aqui com a camisa da seleção. Richarlisson atrapalhado, ansioso e Gabriel Jesus ... o de sempre.
Os coreanos correm, correm, correm ... e, disciplinadamente, tentam.
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Título Mundial
Nosso louvor à meninada Sub-17 do Brasil, que conquistou o título de Campeões Mundiais, na Copinha disputada em gramados brasileiros. Campanha invicta, 100 % de aproveitamento e dois triunfos emocionantes, de virada na semifinal contra a França (3 x 2) e na final contra o México (2 x 1). Se aqui e ali faltou apuro técnico individual e coletivo, sobraram vontade, garra e um pouco de sorte, claro. Os meninos foram recebidos em palácio/Brasília, e o Presidente da República almoçou com eles.
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Decepção
Já a seleção Sub-23, que vai disputar o Pré-Olímpico no começo de 2020, disputou um torneio quadrangular amistoso em Tenerife/Las Palmas e perdeu os dois confrontos, inclusive para os argentinos (1 x 0), com direito a confusão entre os atletas no final. Artur, o avante do Bahia (que pertence ao Palmeiras) participou do fiasco.
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Salve o Dia da Bandeira! A verde/amarela/azul e branco, símbolo nacional.