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FIM DE SEMANA SEM BOLA NA BAHIA: BA VI EM CAMPO SÓ PRA SEMANA

O jogo do Fla no Maraca foi a cópia dos jogos do Bahia contra o Liverpool (URU) pela Copa Sul-americana. O Bahia com a bola e a ilusão do domínio. Eles nos mataram.
ZedeJesusBarrêto ,  Salvador | 06/04/2019 às 09:14
Ingressos à venda para CRB e Bahia
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   Não temos futebol no fim de semana, em Salvador. O Vitória encara o Fortaleza, na capital cearense, segunda-feira à noite, valendo pelas quartas-de-final da Copa do Nordeste.  Partida única e eliminatória. 

  O Bahia, de treinador novo, recebe o CRB das Alagoas na Fonte Nova, terça-feira, também à noite, pela Copa do Brasil. No primeiro confronto, lá, deu empate, 1 x 1. Ao Tricolor, cabe vencer. Qualquer empate e a decisão vai para a marca dos pênaltis; não é bom negócio.

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 Um novo Leão?

  O Rubro-Negro vai ter de jogar muito em Fortaleza, muito mais do que vem jogando, para continuar na competição, na disputa pelo título.  Hoje e agora, Ceará e Fortaleza são as duas melhores equipes do Nordeste, é só ver a classificação e a campanha de ambos no Nordestão.

  O Vovô e o Tricolor do Psi, treinados por Lisca e Rogério Ceni, disputam o título cearense. Equipes bem treinadas e competitivas.  

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  No Leão, o retorno do esforçado lateral direito Jeferson e do meia Andrigo, de lampejos, ambos recuperados de lesões. No mais, a despeito da crise financeira e administrativa do clube, tem caras novas na Toca: O lateral esquerdo Capa, 27 anos, baiano de Serrinha, bem rodado – já atuou em oito times brasileiros, nunca na Bahia.  E está treinando e em condições de jogo também o apoiador Dudu Vieira, 25 anos, que atuava no Novo Horizontino (SP).  O Treinador Tencati tem novas opções, então, para escalar a equipe.

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  Bate-boca

  O meia argentino Escudero fez recuperação física, treinou, negociou mas não acertou seu retorno ao Rubro-negro.  Sem acordo, rendeu bate-boca do atleta com a diretoria do clube nas redes.

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  Muita esperança da galera vermelha e preta na decisão de antecipar as eleições para presidente do clube. Pintam como favoritos o ‘velhinho’ Raimundo Viana, de novo, e o ‘grandão’ Paulo Carneiro, mui querido por parte da torcida e com muita rejeição dentro do clube.  

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  Tabela da Segundona

  O Leão tem de se acertar logo, dentro e fora de campo, porque a Segundona é uma pedreira.

  O Vitória estreia na competição no dia 27/abril, fora de casa. Encara o Botafogo (SP), em Ribeirão Preto, num sábado, 11h da matina.

 Depois, dia 4 de maio, sábado, o Leão recebe o Vila Nova no Barradão, 16h30.  O terceiro jogo acontece no dia 13 de maio, aniversário do Clube, no Brinco da Princesa, em Campinas (SP), contra o Guarany.

  Fortes emoções pelo caminho.  

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  Hora de decisões

  O Bahia não pode vacilar contra o CRB, diante do seu torcedor e com o ‘professor’ Roger Machado estreando no banco, comandando. O Tricolor vai enfrentar uma retranca e muita manha dos alagoanos, que tem jogadores rodados e um contragolpe rápido. Não vai ser ‘mangaba’.

  Como Roger vai escalar o time, é a expectativa. Claro, manterá a base que vinha jogando com Ênderson e atuou em Maceió. Esperamos um jogo mais objetivo.

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 Espera-se que o treinador queira reforços. Alguns devem ser dispensados, claro, e chegarão umas três/quatro caras novas.  A temporada é longa. Laterais, miolo de zaga e armadores, são setores carentes.

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  Na sequência, o Tricolor tem a decisão do Baianão. O primeiro confronto (Ba x Ba) será domingo, dia 14, no Joia da Princesa, em Feira de Santana. O treinador Barbosinha, do Bahia de Feira, está babando. Bahia x Bahia de Feira é uma decisão inédita. Muita motivação.

  O jogo da Taça, definição do título, acontece na Fonte Nova, dia 21.

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   Série A na fita

    Pelo Brasileirão, Série A, o Tricolor estreia em casa, no dia 28, domingo, contra o Corínthians.

  No dia 2 de maio, uma quinta, encara o Botafogo, no Rio (estádio Nilton Santos), às 20h.

  Na terceira rodada recebe na Fonte o Avaí, no domingo, 5 de maio, às 19h.  

 Preparemos o coração, pois.

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   Os artimanhosos uruguaios

    Depois de ver na tevê o Mengão levar 1 x 0 do Peñarol no Maracanã, com mais de 65 mil rubro-negros nas arquibancadas, cheguei à conclusão que geralmente não conseguimos superar os uruguaios em campo. Eles sabem como nos enfrentar: fechadinhos, catimbando, na artimanha, parando as jogadas, ganhando tempo, irritando, esperando a hora certa do bote, do contragolpe  mortal.

  O jogo do Fla no Maraca foi a cópia dos jogos do Bahia contra o Liverpool (URU) pela Copa Sul-americana. O Bahia com a bola e a ilusão do domínio. Eles nos mataram.

  Foi assim na final da Copa do Mundo de 1950, Maracanã explodindo de gente, o Brasil de Barbosa, Juvenal, Zizinho, Ademir ... atacando todo tempo, pressionando e, no final, deu Uruguai 2 x 1, de virada. Dois gols perto do final em contragolpes mortais nas costas do lateral esquerdo Bigode: Schiafino e Ghigia. Obdúlio comandou a tinhosa Celeste em campo, Campeã do Mundo, calando o país.       

  Futebol exige técnica, habilidade, preparo atlético ...  mas o jogo se ganha com inteligência, em campo.