Esporte

Governo do Rio rescinde contrato com a concessionária do Maracanã

O governo reassumirá o controle do complexo esportivo
Nara Franco , Rio de Janeiro | 18/03/2019 às 19:03
Maracanã
Foto: divulgação

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, anunciou hoje (18) o rompimento do contrato de concessão do Maracanã. O governo reassumirá o controle do complexo esportivo. 

- Estamos retomando o Maracanã, sem qualquer prejuízo das partidas de futebol ou aos clubes. Vamos nos próximos 30 dias ter uma intervenção no Maracanã, por meio da secretaria e da Suderj, com uma comissão que estou constituindo, para fazer uma retomada - disse Witzel durante o anúncio.

A atual concessionária, gerida pela Odebrecht, tem até 19 de abril para deixar o estádio por completo. Witzel explicou que o rompimento foi motivado pelo  não pagamento da outorga por parte da concessionária e a falta de contratação de uma garantia para quitar os débitos em caso de algum contratempo. A dívida é de R$ 38 milhões, desde maio de 2017.

- Estou aplicando à concessionária e às controladoras a penalidade de declaração de inidoneidade pelo prazo de dois anos. É uma pena em razão do descumprimento de contratos. Há uma dívida pelo não pagamento da outorga da concessão por parte das empresas. Estão usando um equipamento do Estado, não estão pagando e os clubes estão reclamando. Portanto, determinamos a rescisão. A caducidade é a falta de garantia do pagamento das parcelas - explicou o governador.

Com a rescisão, o governo do Rio quer construir uma laje sobre a linha da Supervia, que passa bem próxima ao Maracanã. A ideia é que esse espaço seja a contrapartida para evitar a demolição da estrutura esportiva que há no entorno.

- A PPP será modelada ainda, com o objetivo de incluir uma laje em cima da Supervia. Vamos ganhar um espaço de 160 mil m² ali em cima, por meio de Cepacs (Certificados do Potencial Adicional de Construção), no qual várias coisas podem ser feitas. 

A Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) divulgou nota para explicar que "está à disposição do governo, ao lado dos clubes, em prol do futebol e do torcedor".