River e Boca decidem para valer uma Libertadores que marcará gerações
Da Redação , Salvador |
24/11/2018 às 12:18
Após empate por 2 a 2 na ida, arquirrivais argentinos se reencontram, agora no Monumental, num jogo sem precedentes em 58 edições. Xeneizes buscam igualar recorde do Independiente
Boca Juniors e River Plate encerram neste sábado, às 18h (de Brasília), no Monumental de Núñez, uma final que definirá gerações de jogadores, torcedores, dirigentes argentinos. Nas ruas de Buenos Aires, o sentimento é de que o medo de perder para o arquirrival é maior até mesmo do que a vontade de ganhar a Taça Libertadores da América.
Donos de uma das maiores rivalidades do mundo, Boca e River somam cerca de 70% de toda a torcida da Argentina e há todo o simbolismo de esta ser a última decisão da Libertadores com partidas de ida e volta e a primeira com clubes da Argentina em 58 edições.
O primeiro jogo terminou 2 a 2, na Bombonera. O que significa que novo empate, seja por qualquer placar, levará a decisão para a prorrogação – e, consequentemente, pênaltis.
Em sua 11ª final, o Boca almeja o sétimo troféu (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007), que o deixaria empatado com o Independiente na liderança histórica; enquanto o River busca o quarto (1986, 1996 e 2015) em sua sexta decisão. Certo mesmo é que a Argentina vai ampliar sua vantagem na lista de títulos por países para 25 a 18, do Brasil. O Uruguai é o terceiro, com oito.
Curiosidades:
O Boca ganhou três de suas seis Libertadores como visitante, incluindo os títulos sobre Santos, em 2003, e Grêmio, em 2007.
O River ganhou os cinco jogos que fez em casa nas finais e acabou campeão nas últimas três vezes
O Boca não perde no Monumental desde maio de 2015 (três vitórias e um empate)
O título garante o River na Libertadores de 2019, enquanto o Boca já está classificado como atual campeão argentino
O River faz o segundo jogo em casa por ter tido melhor campanha na fase de grupos – a quarta entre os primeiros colocados. No mata-mata, eliminou em sequência Racing, Independiente e Grêmio.
Guillermo Barros Schelotto e Marcelo Gallardo, que não poderá ficar na área técnica por conta da suspensão da Conmebol, chegaram a este sábado com problemas para escalar suas equipes.
No Boca, Pavón deixou o jogo de ida aos 30 minutos com uma lesão muscular e não terá condições de jogo, enquanto o colombiano Borré, do River, foi suspenso.
Durante a semana, Gallardo também perdeu outro atacante, Scocco, talvez preparado para ser o substituto ao lado de Pratto. O mais provável no momento é a entrada do meio-campista Pity Martínez.
Por outro lado, o River poderá contar o volante Ponzio, capitão do time, ausente na Bombonera por problemas musculares.
O Boca também tem o retorno do goleiro Andrada, recuperado de lesão na mandíbula. Rossi, dono de grande partida há duas semanas, sairia da equipe.
Na frente, as opções para substituir Pavón são Tevez, Benedetto, Zárate e até o jovem meio-campista Almendra. Ábila e Villa devem começar jogando.