Sem pilotos brasileiros na pista (fato que não acontecedesde 1969), a torcida brazuca deverá assistir a um GP Brasil sem grandes emoções. Hamilton já ganhou o título e não há para quem torcer nas cores verde e amarela.
Para o bicampeão mundial, Emerson Fittipaldi, a ausência de brasileiros tem uma explicação simples: a falta incentivo das empresas que participam do circo da F1 para criar de programas de desenvolvimento.
“O cenário é culpa dos patrocinadores e até da própria Globo, pois eles nunca investiram em um programa de jovens pilotos para chegar à Fórmula 1”, afirmou Fittipaldi na manhã deste sábado (10)no paddock do autódromo de Interlagos.
O ex-piloto de 71 anos usou exemplos de iniciativas mundiais para defender que o Brasil deveria investir na formação de novos pilotos. Ele citou o caso de seu próprio neto, Pietro Fittipaldi, de 22 anos, que na sexta-feira foi anunciado como novo pilotos de testes e desenvolvimento da Haas.
“Eu falei para o pessoal da Petrobras hoje que eles têm de fazer um projeto igual ao dos mexicanos. Eu sei que o programa da Fórmula 1 da Globo é muito lucrativo durante esses 40 anos, mas eles nunca ajudaram diretamente um programa de incentivo aqui no Brasil. Eu sempre falei isso pra eles. As empresas brasileiras deveriam seguir o exemplo do mundo”, disse.
Mesmo sem nenhum brasileiro na principal competição do mundo, Fittipaldi defendeu que o país tem muitos jovens pilotos e que todas as categorias do automobilismo procuram promessas. “Hoje em dia o piloto brasileiro tem a mesma tradição do jogador de futebol no mundo. Os brasileiros são muito bons, mas nós temos que dar chance para essa molecada”.