A vitória do Bahia foi ótima para o Vitória
ZedeJesusBarreto , Salvador |
04/11/2018 às 20:29
Bahia quebra tabu ao vencer Chape
Foto: Felipe Oliveira
Perante seu torcedor, o Tricolor quebrou um tabu e venceu pela primeira vez a tinhosa equipe da Chapecoense, quebrando um tabu de 5 jogos, acreditando mais que nunca numa vaga em 2019 na Copa Sul-americana e ganhando confiança para o clássico do próximo domingo, contra o rival, dentro do Barradão. O placar, 1 x 0, com gostinho de goleada.
O Vitória lutou mas não passou de um empate, 1 x 0, contra o lanterna Paraná Clube, em Curitiba. A equipe não fez uma boa partida e saiu perdendo. Tem uma semana para arrumar os cacos e encarar o rival tricolor com a missão, mais do que nunca, de vencer.
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Classificação
Com os resultados, o Tricolor foi a 40 pontos ganhos e chegou ao 11º lugar, passando o Corínthians. Já o Vitória, com 34 pontos, dorme em 16º, fora da zona, mas pode voltar para o sufoco, a depender do resultado do jogo de segunda-feira, que fecha a rodada: Sport do Recife e Ceará.
Vitória, América (MG) e Chapecoense têm 34 pontos. O Leão está na frente apenas pelo critério de triunfos obtidos. O Sport, na zona, vice-lanterna, 19º lugar, tem 33 pontos.
O líder, folgado, é o Palmeiras, com 66 pontos, cinco à frente do Internacional, o segundo colocado. O Flamengo é o terceiro, com 60.
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Outros resultados :
América (MG) 1 x 2 Cruzeiro; Botafogo 1 x 0 Corínthians; São Paulo 2 x 2 Flamengo.
Internacional 2 x 1 Atlético do Paraná.
Segunda-feira, fechando a rodada: Sport x Ceará
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No sábado: Atlético (MG) 0 x 1 Grêmio; Fluminense 0 x 1 Vasco; Palmeiras 3 x 2 Santos.
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Bahia na Fonte
O jogo na Fonte Nova (quase 18 mil pessoas nas arquibancadas) começou corrido e equilibrado, mas...
Logo aos 2 minutos Edigar Junio teve a primeira chance de gol, Jandrei salvou. Aos 8’, após boa trama, Gregore encheu o pé da entrada da área, Jandrei deu rebote e Edigar Junio, livre, de cara, bateu para fora, desperdiçando chance incrível. O torcedor foi à loucura. Aos 12’, foi a vez de Zé Rafael finalizar mal, de frente, um cruzamento rasteiro de Leo.
O Tricolor em cima, empurrado pela galera, e a Chape encolhida, marcando forte e apostando na velocidade de contragolpes, traiçoeira. O Bahia pondo a bola no chão, trocando passes, a Chape apostando em bolas longas. Aos 27, após cobrança de escanteio, Zé Rafael finalizou de frente, mas a bola bateu em Edgar Junior e a defesa afastou. Mala suerte !
E os visitantes, aos poucos, foram gostando. Aos 34’, Douglas agasalhou um chute de longe, em cobrança de falta, primeiro arremate dos catarinenses. Aos 42’, num vacilo do miolo de zaga do Bahia, Leandro Pereira caiu livre nas costas de Lucas Fonseca, encarou o goleiro Douglas mas não finalizou bem. Na sequência, o mesmo Leandro arriscou de fora da área, forte, acertando o poste de Douglas. Ufa ! Susto.
A Chape atuou muito fechada, dificultando muito a penetração, bem postada defensivamente. E mostrou-se muito tinhosa quando foi à frente. Tivemos um Bahia melhor coletivamente, jogando mais próximo da área adversária, mas cadê o gol? Teve torcedor vaiando na descida para os vestiários. Hora da merenda.
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Ênderson Moreira voltou com a troca de zagueiros: Grolli no lugar de Lucas Fonseca, que recebera cartão amarelo na primeira etapa. Mesmo panorama. O Tricolor tramando e a equipe verde na moita, perigosa nos contra-ataques, usando velocidade, inteligência e apostando também nas bolas alçadas em cobranças de falta e escanteios.
Jogo aberto. E muito enroscado para o Bahia, em casa. Os catarinenses parecem gostar do empate, os baianos vêm o tempo passar sem conseguir definir e já sem a mesma velocidade da primeira etapa. As bolas alçadas na área da Chape são inócuas. O tempo passando e a torcida cada vez mais inquieta, preocupada. Vai batendo o desespero dentro e fora...
- Gol ! 1 x 0, Bahia. Grande jogada de Ze Rafael costurando da direita para o meio e servindo Élber, na esquerda, livre. O atacante deu de bico, no canto. Aos 21 minutos. Boa trama coletiva.
Com o gol, a equipe baiana começou a cadenciar mais, sem pressa, valorizando muito a posse de bola e postando-se mais defensivamente. A Chapecoense, óbvio, adiantou a marcação, foi pra cima. Aos 31’, Ênderson trocou o já cansado Edigar pelo jovem Brumado, mais encorpado.
Aos 38’, após arrancada na direita de Elber, Brumado finalizou mas Jandrei abafou, bem colocado. Aos 41’, saiu o avante ELber, entrou o apoiador Flávio. O Tricolor cozinhando bem o jogo, administrando o resultado com maturidade.
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Detalhe: A Chapecoense nunca havia perdido para o Bahia. Vencera dois jogos antes na Fonte Nova, ambos por 1 x 0. Na Arena Condá, um triunfo e dois empates. Osso duro. Tabu quebrado.
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Destaques
O ponto positivo do Bahia foi a atuação do meio campo. Gregore, um Leão; Nilton encaixou como o líder da equipe; Ramires cada dia melhor; e Zé Rafael, a despeito de ter perdido jogadas bobas, foi o autor do lance decisivo, deixando Elber de cara para fazer o gol salvador.
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- O Bahia entrou em campo com uniforme tricolorido e nas camisetas a homenagem a personalidades pelo Novembro Negro, os nomes grafados nos uniformes dos atletas: Zumbi dos Palmares, Moa do Katendê, Milton Santos, Ganga Zumba, Dandara, Maria Felipa, Luiza Barrios, Luis Gama, Mãe Menininha, Batatinha, Ederaldo Gentil, Neguinho do Samba, Mestre Bimba, Luiza Mahim, Jonatas Conceição, Teodoro Sampaio, Manuel Querino, Edison Carneiro, Biriba, Carlito ...
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O empate do Leão
O Rubro-negro baiano entrou em campo na incômoda vice-lanterna da competição, contra o último colocado, o lanterna, na casa do adversário, ambos no desespero e na obrigação de vencer. O estádio Durival Brito com muitos vazios nas arquibancadas (menos de duas mil pessoas), sem pressão, arbitragem FIFA, Raphael Clauss no apito, de SP. Tempo nublado em Curitiba.
Mal a bola rolou ... e aos 2 minutos o meia Alex Santana carimbou o travessão do goleiro Ronaldo, do Leão; estava de cara, livre, a bola quicou embaixo, susto e alívio. Era preciso responder. Ao ataque, pois. Haja chutão pra frente, pro alto e muitos passes errados. Equlíbrio e raros lances de área.
Aos 37’, Aderllan meteu a cabeça e salvou gol certo de Alex Santana, que finalizou livre e forte, de frente, já dentro da grande área baiana.
O Rubro-negro teve mais a bola, articulou melhor no meio campo mas não finalizou. O goleiro do Paraná não foi acionado. A equipe da casa desperdiçou duas boas chances de gol. Assim foram os primeiros 45 minutos.
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O Leão voltou dos vestiários mais aceso, imprimindo mais velocidade no jogo, querendo mais. Aos 7’, Érick, pela esquerda, na llinha da pequena área, livrou-se da marcação e bateu rasteiro, pra fora. Aos 10, saiu o meia Rodrigo Andrade, entrou o avante Neilton. O Vitória com toda a iniciativa, então, atuando no campo adversário, rondando, encurralando. Outra segunda etapa, pois. Mas ...
- Gol ! 1 x 0 Paraná, Alex Santana, aos 14’. Num raro lance de trama coletiva dos donos da casa, a defesa baiana desarrumada, Grampola fez a parede e o meia Alex entrou livre pela esquerda, finalizando rasteiro.
Carpegiani trocou o apagado Érick por Maurício Cordeiro. Arriscou com dois centroavantes enfiados (Maurício e Leo Ceará) e dois meias chegando pelos lados (Lucas e Neílton). Ao tudo ou nada. Dava tempo. Eram só 18 minutos de jogo. Aos 21’, blitz rubro-negra, a defesa sulista safou-se. Mas o tempo passando e nada acontecia. Aos 35’, Carpegiani, no desespero, trocou o zagueiro Ruan pelo meia Yago (Ramon saiu da lateral e foi pro meio da zaga).
- Gol ! 1 x 1 , aos 38 min, Leo Ceará, testando no canto, da marca do pênalti, uma cobrança alta de escanteio, empatando. Subiu mais que a zaga adversária, comendo mosca.
O Leão animou-se e foi pra cima, mas de forma desordenada, nada conseguiu mais. Menos mal porque, com o resultado, mesmo que provisoriamente e torcendo por outros resultados, a equipe escapou da zona de degola, com 34 pontos, à frente de Sport e Chapecoense (que ainda jogariam) e América (MG), também com 34 pontos.
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O Leão entrou escalado assim por Carpegiani: Ronaldo, Ramon, Aderllan, Ruan e Benitez; Arouca, Leo Gomes, Rodrigo Andrade; Lucas Fernandes, Leo Ceará e Érick.
Com cartões, estão fora do Ba x Vi de domingo próximo os zagueiros Aderllan e Ruan e mais o meia Rhayner, que foi expulso mesmo sem jogar, no banco, por reclamação.
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Festa cearense
Salve, salve o Fortaleza, treinado por Rogério Ceni, já classificado para a Série A em 2019. Foram 12 anos amargando o inferno da Segundona. O Fortaleza lidera a Série B e se classificou por antecipação.