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FLAMENGO E BAHIA: NADA DE GOL NA FONTE , por ZÉDEJESUSBARRÊTO

No Bahia, o miolo da zaga foi firme, Gregore e Flávio lutaram e marcaram muito; Élber incansável; Gregore brigou mas não estava numa noite feliz.
ZedeJesusBarreto , Salvador | 29/09/2018 às 23:25
bAHIA 0X0 fLAMENGO
Foto: Gilvan de Souza
FLAMENGO E BAHIA

 NADA DE GOL NA FONTE

 

  Bahia e Flamengo até fizeram um bom jogo, agradável de ver, disputado, corrido, ofensivo de parte a parte mas o gol não saiu. O Tricolor foi superior na primeira etapa, criou bem mais chances de gol. O Rubro-negro carioca teve mais volume e iniciativa na segunda etapa, mas o Bahia também teve oportunidades de gol em contragolpes.

 No final, o placar de 0 x 0 foi justo, mas não agradou os 32 mil torcedores presentes nas arquibancadas na noite de sábado. Tampouco serviu para as pretensões de Bahia e Flamengo. O Tricolor querendo se distanciar do grupo Z-4, dos candidatos a rebaixamento; e o Flamengo almejando colar nos líderes, o topo da tabela.

  Com o resultado, o Flamengo chegou a 49 pontos e dorme em 5º lugar na tabela de classificação. O Bahia foi a 30, está em 14º, ainda bem perto da zona de perigo.

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 Outros resultados

 O Grêmio venceu o Fluminense (1 x 0) na tarde de sábado, no Rio, com um golaço de calcanhar de Éverton, o ‘cebolinha’,  no último lance da partida.

  No outro jogo da rodada, sábado à noite, América (MG) 0 x 0 Corínthians, em Belô.

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  Bola rolando

  O Bahia estreando uniforme novo, camisas tricolores/listas verticais largas, calção azul; O Flamengo de branco, com detalhes em vermelho e preto. Torcida do time carioca presente, em bom número.

   Logo que começou a partida se viu a postura ofensiva das duas equipes, prenúncio de  um jogo aberto, bom de ver, com lances de área. Duas equipes que marcam adiantado e gostam de trocar passes. Ambas vindo de resultados negativos, sob pressão, precisavam de triunfos e ... gols.

 - O Bahia teve boa chance de abrir o placar aos 12’, quando Bruno cobrou uma falta da direita, rasante e a pelota varou a pequena área rubro-negra sem que Grolli e Gilberto chegassem nela. O Tricolor atuando mais no campo adversário. Aos 21’, Gilberto finalizou na entrada da área, mas saiu fraco, nas mãos do goleiro. Aos 23’, Leo arriscou de fora, forte, rente à trave de Cesar, assustando o goleiro. Aos 24’, do outro lado, Vitinho tentou de longe, Anderson catou bem.

Aos 37’, o garoto Ramires pegou de canhota, buscando o ângulo, mas a bola subiu além da conta.   Aos 40’, numa pressão do Tricolor, o meia Cuellar rebateu forte e a bola bateu no braço do zagueiro Leo Duarte, na linha da pequena área; os atletas baianos pediram pênalti mas o árbitro não deu.  Aos 43’, Zé Rafael combinou com Leo, pela esquerda e bateu no gol, fora. Aos 45’, Ze Rafael rasgou a defesa flamenguista, costurando pelo meio e, na hora do arremate, na cara do gol, caiu pedindo pênalti; a arbitragem nem tchum e as arquibancadas protestaram em coro.

   No apito final, os jogadores cercaram o trio de arbitragem, que saiu vaiado para os vestiários. Os tricolores reclamando de pênaltis não marcados; os rubro-negros pedindo cartão amarelo para Ze Rafael, que teria se jogado, simulando falta nesse ultimo lance da primeira etapa.   

 O Bahia foi melhor, teve mais volume, finalizou 11 vezes contra o arco adversário; o Flamengo apenas quatro.  Jogo bom, dinâmico, disputado.

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  As duas equipes voltaram da merenda sem modificações. O Flamengo retornou num ritmo mais forte, buscando o ataque. Aos 6 min o goleiro Anderson deu mole numa bola alçada na pequena área e quase o rubro-negro abriu o marcador. O Bahia respondeu com um chute de Gilberto,  aos 10’, nos braços de Cesar.

 Lá e cá, equilíbrio, um Flamengo com mais vontade, mais velocidade nessa etapa de jogo, alçando bem mais bolas na área tricolor. Boa dinâmica, a bola não parava. A marcação do meio campo baiano foi afrouxando, abrindo mais espaços para as tramas dos cariocas, agora com  mais pegada.   

 No Mengo, entrou Marlos  no lugar  de Lincoln, no ataque. No Bahia, Vinícius no lugar de Ramires, aos 29 minutos, no meio-campo.   

   Aos 33’, o Bahia acordou, com Elber desbravando pela direita e acertando uma bomba para ótima defesa de Cesar. No lance seguinte, na pressão, Gilberto foi travado ao  girar para o chute, na linha da pequena área, e caiu, pedindo pênalti. A arbitragem ignorou. O torcedor indócil. Muita velocidade e entrega de ambos os lados. Mas nada de gol.

  Sairam Ze Rafael e Bruno, entraram Nino e Clayton, no Bahia, aos 41’. Um final de tirar o fôlego, mas o gol não saiu.

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 Destaques

 No Bahia, o miolo da zaga foi firme, Gregore e Flávio lutaram e marcaram muito; Élber incansável; Gregore brigou mas não estava numa noite feliz.

 No Flamengo, Arão e Cuellar no meio campo correram uma barbaridade.  

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  Ficha Técnica

                         Bahia – Ânderson, Bruno, Grolli, Lucas Fonseca e Leo; Gregore, Flávio, Ramires e Zé Rafael; Élber e Gilberto. Treinador, Ênderson Moreira (suspenso, aniversariante); dirige o time no banco, Luis Fernando Flores (o substituto, ex-jogador).

                        Flamengo – César, Pará, Leo Duarte, Rever e Trauco; Cuellar, Arão, Paquetá e Éverton Ribeiro; Vitinho e Lincoln. Treinador, Dorival Junior, estreando.

No apito,  Igor Benevenuto (MG), conciliador, mineiríssimo. Houve um pênalti claríssimo na primeira etapa  em favor do Bahia, ele fez que não viu.   

 

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 Na sequência

- Pela 28ª rodada do Brasileirão, o Tricolor baiano enfrenta o Grêmio, em Porto Alegre, no próximo sábado, 21 h.

  Antes, na quarta-feira, dia 3 de outubro, joga no Rio de Janeiro contra o Botafogo, pela Copa Sul-americana, partida decisiva. No primeiro confronto,  o Tricolor venceu o alvi-negro carioca por 2 x 1.

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 - Neste domingo, 30  de setembro, o Vitória encara o Internacional do Rio Grande do Sul, no Estádio da Beira Rio/Porto Alegre, 16 h. Pelo  Brasileirão/Série A, 27ª rodada.