Com informações Globo.com
Da Redação , Salvador |
26/08/2018 às 09:58
Dupla de feras
Foto: Helena Rabelo
Para a participação ser perfeita, faltava fechar a trinca. Faltava a parceria com Erlon de Souza. Desta vez não foi em uma prova olímpica e nem treino teve. Mas a dupla mostrou que a sintonia é tão boa que mesmo do improviso foi possível extrair sucesso. Com o tempo de 1m40s043 no C2 500m, Isaquias Queiroz selou a conquista de sua terceira medalha no Mundial de Montemor-o-Velho, um ouro conquistado com soberania. Esta foi a primeira de Erlon, que não compete no individual, no evento.
- Trouxemos mais uma medalha para o Brasil. Independentemente de qual seja a prova, o importante é vir aqui e dar o máximo e sair com a sensação de trabalho bem feito. Agora é voltar para o Brasil. Os caras já viram nosso potencial do C2. Agora ano que vem vão ter que correr atrás para pegar a gente no C2 1000m - disse Isaquias.
Mais de um segundo e meio depois dos brasileiros, os russos Viktor Melantev e Vladislav Chebotar cruzaram em segundo lugar, com 1m41s590. Arsen Sliwinski e Michal Lubniewski, da Polônia, completaram o pódio com 1m41s787.
Isaquias Queiroz e Erlon de Souza conquistam o ouro em Portugal (Foto: Helena Rebello) Isaquias Queiroz e Erlon de Souza conquistam o ouro em Portugal (Foto: Helena Rebello)
Isaquias Queiroz e Erlon de Souza conquistam o ouro em Portugal (Foto: Helena Rebello)
Isaquias e Erlon foram vice-campeões olímpicos no C2 1000m, mas para esta edição do Mundial o técnico Jesus Morlán optou por dar descanso ao primeiro nesta distância. Erlon teve a missão de guiar o barco com o jovem Maico dos Santos, mas a dupla perdeu a vaga na final A por uma posição.
Passadas as duas conquistas individuais de Isaquias na raia portuguesa, um ouro no C1 500m e um bronze no C1 1000m, a dupla medalhista na Rio 2016 voltou a se unir. Não havia qualquer cobrança por resultado, uma vez que os dois não treinaram juntos ao longo da temporada e se inscreveram mais pela expectativa por uma eventual surpresa. Mesmo assim, sobraram na bateria classificatória, passando em primeiro e livrando-se da semifinal (1m44s718).
A superioridade sobre estes adversários nem de longe os deixou satisfeitos. Saíram na água falando sem parar sobre correções e adaptações que precisariam ser feitas para a disputar por medalhas. Queriam assistir ao vídeo da prova o quanto antes para fazer o ajuste fino e subir ao pódio. Conseguiram e nos deixaram otimistas. Imagine o que eles podem fazer juntos quando estiverem devidamente treinados. (Helena Rabello)