Começou a Copa da Rússia e na sexta temos Portugal x Espanha; Egito x Uruguai
Da Redação , Salvador |
14/06/2018 às 17:24
Ronaldo Fenômeno representou os jogadores de todo mundo
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Com tantos estádios novos, bonito, modernos e tanto dinheiro investido no evento, bem que esperávamos um show/cerimônia de abertura da Copa do Mundo, no Luzhniki Stadium de Moscou mais espetaculoso. Não foi.
Teve a presença do presidente Putin fazendo um pronunciamento burocrático, a presença sorridente de Ronaldo Fenômeno (Pelé ausente por problemas de saúde), o dedinho obsceno de Robbie Williams e a cantora sensação do momento, lá deles, Aída Garifullina (nome de atriz pornô), sem brilho. Ainda bem que durou pouco, cerca de meia hora.
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Surpresas em campo
Em compensação, quando a bola rolou, a primeira surpresa: a goleada da nada favorita anfitriã (5 x 0) sobre a ingênua Arábia Saudita. Em jogos de abertura de Copa, uma goleada inédita.
A Rússia não jogou essa bola toda, mas ninguém pode se queixar: foram cinco gols, uns três bem bonitos. Os russos venceram porque têm mais tradição futebolística, foram muito superiores aos sauditas no preparo atlético e no jogo mais coletivo, disciplinado.
O primeiro gol da copa foi de cabeça, do meio-campista Gazinsky, aos 12 minutos.
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Azar x sorte
A primeira lesão séria – distensão muscular na coxa – foi também russa, a do camisa 9, titular absoluto, Ozogdev.
Mas vejam as surpresas dos deuses da bola: o substituto dele, um tal Cheryshev entrou em campo com a camisa 6 e fez história, marcando dois golaços, os primeiros dele com a camisa da seleção russa. Aos 42 minutos do primeiro tempo, recebeu em profundidade, entrando pela esquerda, deixou dois marcadores no chão e fuzilou, fazendo 2 x 0. Foi dele também o quarto, uma trivelada de canhota encobrindo o goleiro.
O machucado Ozogodev arrasado, porque está praticamente fora da competição com a lesão, e o pouco conhecido Cheryshev bafejado pela deusa bola, já fazendo história.
Assim é o mundo da bola, absolutamente imprevisível. E é só o começo.
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Putin feliz
Nas tribunas de honra, ao lado do presidente da FIFA e do Sheik árabe, dono da seleção saudita, o presidente Putin parecia não acreditar no que via em campo; felicíssimo por dentro e meio constrangido perante o visitante derrotado, de cara amarrada, ‘putin’ da vida com a goleada.
Haja vodka em Moscou, noite a dentro.
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Dança na Praça
Antes de a bola rolar, a tevê mostrou grupos de africanos negros a dançar festeiros e belos, coloridos, na imponente e sisuda Praça Vermelha/Moscou. Uma renca de brancos, russos e outros, extasiados em selfies. Um espanto.
Só por esses encontros e manifestações da diversidade cultura humana já vale a pena eventos como uma Copa do Mundo. A mistura é sempre transformadora.
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Dois jogões na sexta
O primeiro acontece pelas 9h da manhã (horário de Brasília), ainda pelo Grupo A, que tem Rússia e Arábia Saudita: jogam Uruguai x Egito. O Uruguai de Luizito Suarez, o dentuço parceiro de Messi no Barcelona, contra o Egito de Salah, a sensação/ídolo egípcio, já recuperado da lesão no ombro depois daquele enrosco com Sérgio Ramos no confronto final da Champions League – Real Madrid x Liverpool.
Pela tarde, 15h, o imperdível clássico da península Ibérica: Já pelo Grupo B, a Espanha, uma das favoritas ao título, enfrenta o Portugal de Cristiano Ronaldo, artilheiro eleito o melhor do mundo.
Boa sexta, e que tenhamos mais gols e belos espetáculos.