Craque brasileiro mostra que está pronto para a Copa da Rússia no duro jogo contra a Croácia
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
03/06/2018 às 13:05
Neylar Jr faz golaço e mostra que está bem
Foto: rEUTERS
O grande mestre Didi costumava dizer : “Treino é treino, jogo é jogo”.
O amistoso Brasil 2 x 0 Croácia era um treino, teve ritmo de treino, mas ... seria, foi o jogo do retorno de Neymar aos gramados, depois da cirurgia no pé, quase três meses sem jogar. Estaria recuperado, suportaria, estaria inteiro para a Copa o nosso principal jogador?
Neymar deu a resposta. Jogou os 45 minutos finais previstos. Driblou, foi pra cima, ousou, fez a diferença e que belo gol ! O amistoso em Liverpool valeu por ele. Pareceu confiante, sem receios de meter o pé.
Que bom. Vencemos e... temos Neymar inteiro, de volta.
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- A onze dias da abertura da copa, a 14 dias da estreia da seleção brasileira na competição...
- Muitos brasileiros de verde/amarelo no estádio Anfield, Liverpool, Inglaterra.
- Antes de a partida começar, a tevê mostrou o treinador Tite abraçando um por um seus atletas, cochichando algo.
- Danilo no lugar de Daniel Alves (machucado e fora da Copa), Neymar no banco e Gabriel Jesus com a tarja de capitão da equipe. As novidades.
- Bom lembrar: a Croácia não é nenhuma galinha morta; vai disputar a Copa e é a equipe dos bem conhecidos Modric, Rakitic e Mandzukic, astros de primeira grandeza na Europa.
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Detalhes do jogo
- O jogo começou em câmara lenta, estudado, cuidadoso. Nervosismo, medo de errar, demachucar. Marcação adiantada e curta de ambas equipes. Com Marcelo, pelo lado esquerdo, a melhor opção de saída de jogo da seleção.
- Aos 12’, a primeira chance de gol, da Croácia. Uma testada raspando o poste após cobrança de escanteio. O velho problema das bolas alçadas na área. Desatenção na marcação ou mau posicionamento? A Croácia melhor, abafando e chegando mais na área brasileira, chutando.
- Só por volta dos 30 minutos o time brasileiro se soltou aos poucos, conseguindo evoluir e chegar na área adversária, com passes compridos e algumas ousadias de William.
- Muita marcação e raras chances de gol na primeira etapa; o Brasil quase não finalizou na primeira etapa. Phillipe Coutinho e Gabriel Jesus apagados. Daniel Alves faz falta na criação pelo lado direito. Álisson no gol assusta.
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- Segunda etapa e, como era previsto, Neymar em campo. Expectativa, há quase três meses ele não joga. Tite surpreendeu, retirou um meio-campista marcador, Fernandinho, puxando Phillipe Coutinho da esquerda para o meio, na armação, mais com a missão de comandar os contragolpes. Seria essa a armação da equipe para começar a Copa?
- Aos 6min, Marcelo arriscou de longe e a pelota raspou o poste croata. Apesar do ritmo de treino, um Brasil mais à vontade. Mas, aos 13’, em nova cabeçada perigosa, Álisson precisou trabalhar.
- Por volta dos 15 min, saiu Marcelo entrou Filipe Luiz, e Firmino no lugar de Gabriel Jesus. Depois, Marquinhos substituiu Miranda.
- Gol ! Neymar, aos 23 ‘, 1 x 0. Golaço ! Ele voltou ! Recebeu pela esquerda, já dentro da área, livrou-se da marcação tripla e disparou de direita, indefensável !
Sim, Neymar faz a diferença. Com ele em campo a leitura do jogo é outra. Lampejos decisivos.
- Aos 35m, saíram William e Phillipe Coutinho para a entrada de Fred e Taison. Observações do treinador, apenas.
- Gol ! Brasil. Aos 47’, último lance da partida, Firmino, oportunista, com competência, aproveitou cruzamento na área e bobeira da zaga, matou no peito e tocou por cima do goleiro, fechando o caixão: 2 x 0.
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A equipe de Tite:
Álisson, Danilo, Thiago Silva, Miranda (Marquinhos) e Marcelo (Fillipe Luiz); Cassemiro, Paulinho e Fernandinho (Neymar); Phillipe Coutinho (Taison), William (Fred) e Gabriel Jesus (Firmino).
Marcelo, William e Neymar, claro, os melhores.
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- O próximo (e derradeiro) amistoso será no dia 10 de junho, a sete dias da estreia, em Viena, contra a Áustria, que no sábado venceu a Alemanha por 2 x 1.
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Pra nunca a gente esquecer :
“O maior jogador da História foi Di Stéfano. Eu me recuso a classificar Pelé como jogador. Ele estava acima disso”
(Puskas, tido como o maior jogador húngaro da história, meia e capitão da lendária Hungria/1954, que depois atuou ao lado do mito argentino Di Stéfano, no Real Madrid)
“Pelé é o único que ultrapassa os limites da lógica”
(Cruijff, o melhor holandês de todos os tempos, gênio que comandava a ‘Laranja Mecânica’ de 1974)
Entende?
Aquele abraço.