O jogo do Rubro-negro foi no Barradão com 5.500 pagantes nas arquibancadas.
ZedeJesusBarrêto , Salvador |
12/03/2018 às 00:06
Vitória 3x3 ABC
Foto:
Vitória perdia de 2 x 0 quando foi para os vestiários, no intervalo, vaiado pelo torcedor pelos erros defensivos. Depois da merenda o Leão voltou zangado e fez três gols, para a festa da galera. Mas, no fechamento das cortinas, o ABC conseguiu o empate, aproveitando-se de outro vacilo da retaguarda baiana, em dia de agonias. O Leão entregou 5 pontos ao ABC, lá e cá.
Com o resultado, o ABC continua líder do grupo B com 10 pontos ganhos; o Vitória é o segundo, com 7. O Globo (RN) tem 4. O rubro-negro encara o Ferroviário, do Ceará, na próxima semana, em Fortaleza. O Ferrim tem apenas um ponto ganho.
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O jogo do Rubro-negro foi no Barradão com 5.500 pagantes nas arquibancadas.
O Leão entrou em campo assim escalado: Fernando Miguel, Lucas, Ramos, Bruno e Bryan; Uillian, Ygor, Nickson (Luan) e Neilton; Denílson (Juninho) e André Lima.
No apito, o grandalhão e trapalhão sergipano Cláudio Francisco Lima e Silva.
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Bola rolando
A partida começou a mil por hora. O Leão, precisando vingar o resultado negativo do Frasqueirão, em Natal – 3 x 1 para o ABC –, foi pra cima assim que a bola rolou, mas o time potiguar não se intimidou. Apostou no contragolpe veloz e nos possíveis erros rubro-negros. Aconteceram:
- Gol ! 1 x 0, ABC, aos 3 minutos. Cecy, cobrando pênalti. Num contragolpe veloz, pela esquerda, Maxwell foi derrubado na área pelo lateral Lucas. Sem contestações.
O Leão pereceu não se abalar, foi para o ataque. Denílson perdeu boa chance, mas Fernando Miguel também foi obrigado a trabalhar. Lá e cá.
- Gol ! 2 x 0 , ABC, Ygor Leite, aos 8 minutos. A defesa rubro-negra bateu cabeça, Ramon e Bruno erraram feio pelo alto e a bola sobrou livre: Ygor não perdoou.
E agora? A única coisa a fazer para reverter o resultado é atacar e atacar. Mesmo com a torcida inquieta, cobrando, vaiando alguns jogadores. O ABC se encolheu, fechou-se inteiro, o marcador favorável. Um Leão ofensivo mas desorganizado, perdendo chances com Denílson, atrapalhado, e Neilton, mas vulnerável na defesa.
Na primeira etapa, o garoto Nickson foi o mais lúcido do rubro-negro; o goleiro Édson foi o destaque no ABC. O resultado parcial foi fruto dos vacilos defensivos da equipe da casa, erros tolos, fatais.
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Mancini não trocou jogadores nos vestiários e o Leão voltou rosnando, querendo marcar, jogando bolas na área adversária, perdendo chances, mas aberto na retaguarda. O ABC na moita, na dele.
- Gol ! 2 x 1, Yago, aproveitando a boa jogada em contragolpe e a bola enfiada por Neilton, batendo forte, cruzado e diminuindo. Aos 13 minutos.
Dois minutos depois, em nova falha de Bruno, o atacante potiguar entrou de cara mas perdeu a chance de ampliar. Logo depois, o árbitro viu e marcou um pênalti em favor do Vitória; Denílson atirou-se na área e o soprador de apito sergipano foi na onda.
- Gol ! 2 x 2, Neilton, cobrando a penalidade, empatou, aos 16 minutos.
Um outro Leão, zangado, com muito mais vontade e inspiração na segunda etapa. A marcação potiguar afrouxou. Pernas? Aos 27’, Fernando Miguel salvou o desempate do ABC.
- Gol ! 3 x 2, Vitória. A virada aconteceu por volta dos 34 minutos. Neilton, coroando a boa atuação, desequilibrando no segundo tempo. Uilian lançou, houve um corta-luz de Juninho, na entrada da área, a defesa visitante cochilou e Neilton, livre, finalizou.
- Gol ! ABC, aos 47 minutos. Nova falha bisonha do miolo de zaga e do goleiro rubro-negro, e o time potiguar empatou, após cobrança de escanteio, frustrando um pouco a torcida, que já comemorava o triunfo.
Sabor de derrota.
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Destaques
Neilton comandou a virada nos 45 minutos finais, bom jogo. Nickson foi o melhor no primeiro tempo. A defesa, sobretudo o miolo da zaga, numa jornada para esquecer, errou demais. Fernando Miguel não é mais aquele? Denilson correu, correu e perdeu gols em profusão.
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Próximos compromissos:
Ainda no Barradão, quinta-feira à noite o Vitória recebe o Bragantino, valendo classificação pela Copa do Brasil. Tem de vencer para continuar na competição. O primeiro jogo, em Bragança Paulista, o time da casa venceu, 1 x 0.
No próximo fim de semana começam as semifinais do Baianão:
O Vitória enfrenta o Bahia de Feira, no Joia da Princesa; e o Bahia encara o Juazeirense, na terra das carrancas, beira do São Francisco, norte do estado. Bate e volta.
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Escreveu Tostão, o craque:
“O passe organiza, o drible desestrutura o adversário. O passe é repetição, o drible é improvisação. O passe é pragmático, o drible romântico. O passe é técnica, o drible fantasia. O passe é razão, o drible é emoção. O futebol não vive sem os dois”.
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O passe é fundamento, o drible invenção. Sem o passe não há equipe, não há conjunto. E o passe tem de ser rápido; na direção, na velocidade e no tempo certo, preciso. Passe é inteligência. Domínio de bola é técnica individual, outro fundamento. O drible é o encantamento.
No mais, não é o treinador, quem decide é o jogador.