Kanu teve a maior pena e fica sem jogar dez jogos. Com informações de A Tarde
Da Redação , Salvador |
27/02/2018 às 23:47
Briga traz enormes prejuízos ao Viória
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Evento mais aguardado do futebol baiano desde o conturbado Ba-Vi do último dia 18, o julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-BA), na noite desta terça-feira, 27, pelas ocorrências no clássico não trouxe consequências mais graves àquele que corria o maior risco de pesada sanção: o Vitória.
O clube acabou escapando das penas maiores na acusação de ter forçado o final precoce da partida por número insuficiente de jogadores em campo. Entre as punições previstas, estavam a exclusão do Campeonato Baiano e o rebaixamento na competição. No fim, levou multa de R$ 100 mil.
Relator do processo, Maurício Saporito afirmou que a procuradoria não apresentou provas de que o técnico Vagner Mancini teria orientado o zagueiro Bruno Bispo a forçar o segundo cartão amarelo. Segundo ele, a procuradoria deveria ter encomendado leitura labial, pois as exibidas em programas de TV não entraram como prova. Só um dos auditores votou pela exclusão da equipe; outro pediu absolvição e os dois demais definiram a multa. Todos os citados no caso (Mancini, o supervisor Mário Silva, além dos atletas Ramon, André Lima e Bruno Bispo) foram absolvidos.
Em relação à briga iniciada a partir da comemoração do gol do meia tricolor Vinicius, houve um total de sete condenações. Por ter celebrado com gestos obscenos, Vinicius levou dois jogos de suspensão. Já por agressão, quatro atletas do Vitória (Kanu, Rhayner, Denilson e Yago) e dois do Bahia (Edson e Rodrigo Becão) estão fora do Campeonato Baiano. Todos receberam gancho de oito partidas, exceto Kanu, que levou 10 jogos. Fernando Miguel (Vitória) e Lucas Fonseca (Bahia) tiveram absolvição.
A decisão ocorreu em primeira instância e a procuradoria já avisou que irá recorrer. “As penas foram muito leves. Não representam o anseio da sociedade”, afirmou o procurador Ruy João. Caso se confirme o recurso, o julgamento no pleno deverá ocorrer no dia 13 ou 14 de março.
Após comemorarem o resultado com o técnico Vagner Mancini, os advogados do Vitória deixaram rapidamente o tribunal. Presente, o vice-presidente do Bahia, Vitor Ferraz, negou a possibilidade aventada de o clube abandonar o torneio.