Esporte

Flamengo suspende contrato do atacante peruano Paolo Guerrero

O clube ainda tem compromissos com o jogador: paga luvas, que ficam em contrato como direitos de imagem, de R$ 2,5 milhões até o fim do vínculo com o Rubro-Negro
Nara Franco , Rio | 14/01/2018 às 14:49
O Flamengo suspendeu o contrato do atacante Paolo Guerrero. A decisão do departamento jurídico vale enquanto o jogador não pode exercer as atividades profissionais, revelou o vice-presidente do Flamengo, Flávio Willeman, em entrevista ao blog "Ser Flamengo".

- O Flamengo nada mais fez do que cumprir o contrato. O contrato está suspenso, está previsto na legislação, está previsto no contrato. Enquanto o contrato está suspenso, ele não recebe do clube e a decisão foi muito bem recebida por ele (Guerrero), porque é justo, está no contrato e na legislação - afirmou Willeman ao blog "Ser Flamengo".

A lei à qual se refere o dirigente do Flamengo é a nº 9.615 (conhecida como Lei Pelé, pois o ex-jogador era ministro dos Esportes). Ela diz que "a entidade de prática desportiva poderá suspender o contrato especial de trabalho desportivo do atleta profissional, ficando dispensada do pagamento da remuneração nesse período, quando o atleta for impedido de atuar, por prazo ininterrupto superior a 90 (noventa) dias, em decorrência de ato ou evento de sua exclusiva responsabilidade, desvinculado da atividade profissional, conforme previsto no referido contrato".

O clube ainda tem compromissos com o jogador: paga luvas, que ficam em contrato como direitos de imagem, de R$ 2,5 milhões até o fim do vínculo com o Rubro-Negro - como está expresso no balancete de setembro, do último trimestre do Flamengo.

Guerrero ainda tenta a anulação da pena que foi reduzida de um ano para seis meses. O vice-jurídico do Flamengo diz que o clube acompanha o caso. O atleta peruano contratou advogados para cuidar do caso particularmente. Ele está no Peru, em Lima, com a família.

- (O Fla tem) envolvimento total. Não em relação ao atleta com a FIFA, isso aí é um problema pessoal e o atleta contratou os advogados e se defendeu, acho que se defendeu muito bem. Por tudo que eu acompanhei, o atleta pode ter sido induzido a tomar um chá, que pode ter sido uma contaminação mínima, mas uso de drogas jamais - disse Willeman.