Há boas chances do Vitória segui na Primeira Divisão em 2018
ZÉDEJESUSBARRÊTO , da redação em Salvador |
26/11/2017 às 20:43
Torcedores da Ponte invadiram campo e jogo foi encerrado pelo juiz
Foto: DIV
O torcedor tricolor encheu as arquibancadas para a despedida do time nessa temporada, em casa, e saiu frustrada com a derrota para a Chapecoense ,1 x 0, num daqueles dias em que nada dá certo e a bola não entra. A equipe atacou, dominou a segunda etapa, perdeu pênalti e saiu de campo vendo agora praticamente impossível o sonho de um lugar na Libertadores de 2018. A equipe dorme em 11º lugar, com 49 pontos ganhos. Na rodada derradeira pega o São Paulo, no Morumbi.
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O Vitória conseguiu um importante triunfo, de virada (3 x 2), fora de casa, contra a Ponte Preta, concorrente direta na luta por sair da zona de degola. A equipe baiana perdia por 2 x 0, no primeiro tempo e foi favorecida com a expulsão do zagueiro Rodrigo, da Macaca, por volta dos 20minutos de jogo e encurralou o adversário na segunda etapa até conseguir a virada. Após o terceiro gol do Vitória, aos 38 minutos, o jogo acabou; os torcedores campineiros invadiram o campo, os atletas da Ponte correram, a polícia usou da força para evacuar as arquibancadas, e o couro comeu do lado de fora, nas ruas de Campinas. Lamentável.
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Rodada da morte
Com o resultado, o rubro-negro foi para 15º lugar, com 43 pontos, colado com o Coritiba. Com 42 pontos e na zona do rebaixamento estão Sport do Recife e Avaí.
Dessas quatro equipes, apenas duas continuarão na Série A/2018. A última rodada, no próximo fim de semana vai ser de enfartar torcedor de coração fraco.
O Avai enfrenta o Santos, na Vila Belmiro; o Sport recebe o Corínthians na Ilha do Retiro; o Coritiba encara a Chapecoense na Arena Condá/Chapecó; e o Vitória recebe o Flamengo, no Barradão.
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No jogo das más lembranças
Deu Chapecoense na cabeça
- Antes de o jogo começar, na Fonte Nova cheia, as lembranças tristes de duas tragédias: Um ano do acidente com o avião da Chapecoense, na Colômbia, com 27 mortos. E dez anos da queda de uma placa da arquibancada da Fonte Nova, no jogo Bahia 0 x 0 Vila Nova, dia 25 de novembro de 2007, com sete mortos. Homenagens às vítimas em campo e nas arquibancadas.
Com a bola rolando ...
O Bahia começou valorizando a posse de bola, trocando passes, impondo ritmo, mas... já aos três minutos, foi a Chape que chegou primeiro, no contragolpe, na velocidade. Jean salvou duas vezes: rebateu o chute de bico de Wellington Paulista e, na sobra, dividiu com o pé, afastando o perigo.
O tricolor teve boa chance aos 13 min, num chute frontal de Ze‘ Rafael, após ótima arrancada de Capixaba e Allione pela esquerda. Jogo aberto, Jean trabalhando muito, a Chape mais ofensiva, chegando com mais objetividade, finalizando, forçando com a velocidade de Apodi pela direita e Reinaldo pela esquerda. O Tricolor tendo mais a bola, buscando mais as triangulações, o passe curto, a trama, mas chutando pouco.
- Gol !1x 0 Chapecoense. Chutão longo, a defesa tricolor parou, cochilou, Canteros acreditou e cruzou do fundo para a finalização, de frente, de Wellington Paulista. Aos 46 minutos.
A equipe catarinense foi mais eficiente, esteve mais ligada, mereceu o placar no primeiro tempo.
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Na volta dos vestiários, Carpegiani trocou o meia Vinícius, sumidão, pelo volante Édson, mais marcador. A defesa esteve muito exposta na primeira etapa. Com o incentivo da galera, o tricolor foi pra cima. Esteve a pique de empatar aos 2 minutos, Apodi salvando em cima da linha, na cabeça de Renê Jr; e um minuto depois, o goleiro Janrdei crescendo na frente de Mendoza, livre.
Aos 7 min, o zagueiro Grolli meteu o braço na bola e o árbitro Péricles Basol apitou o pênalti. Edigar Junior bateu forte, deslocou o goleiro mas acertou o poste, perdendo a chance do empate, aos 10 minutos, depois de muita lambança e catimba dos sulistas. Dois minutos depois, Edigar Junio chutou enviesado para defesa de Janrdei.
O jogo ficou pegado. O Tricolor melhor, no comando, atacando. Aos 20’, Carpegiani trocou Allione por Régis. O Bahia continuou na frente, pressionando, mas sem acertar o gol. Aos 33’, entrou o avante Hernane no lugar do apoiador Renê Jr, tudo ou nada. A Chape truncou a partida, fechou-se atrás, gastando tempo, o Bahia apertou mas não achou o gol. Aos 39’, para complicar de vez, Zé Rafael cometeu falta, recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Aos 46’, quase a Chape amplia com um chutaço de Wellington que Jean espalmou. Um minuto depois, na pequena área, Hernane livre cabeceou para fora.
O Tricolor insistiu até o final, correu muito, dominou o segundo tempo, mas não era, não foi o dia. Deu Chapecoense, gude preso.
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Jean foi o destaque tricolor, boas defesas. A equipe lutou mas não esteve inspirada.
A Chape é uma equipe forte, veloz, bem treinada e manhosa, tinhosa.
Nota negativa para o péssimo aspecto do gramado da Fonte Nova. Manutenção?
No Moisés Lucarelli
Virada e Confusão
Ponte Preta 2 x 3 Vitória, de virada, no jogo que não acabou, o campo de jogo invadido pelos torcedores inconformados, querendo agredir os atletas da Macaca, após o gol da virada, aos 38 minutos da segunda etapa. Por segurança, a arbitragem deu o jogo por terminado, depois de esvaziadas as arquibancadas. A diretoria do rubro-negro devia pagar bicho ao zagueiro Rodrigo, veterano que até já vestiu a camisa do Leão, expulso estupidamente antes dos 30 minutos, quando a Macaca vencia por 2 x 0 e dominava, e ele decidiu enfiar o dedo no fiofó de Tréllez, após empura-empurra, e a arbitragem viu. Com um atleta a mais em campo, o Vitória virou.
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Bola rolando, tudo meio morno, apenas disputa de bola e de espaço no meio campo, até que, aos 6 minutos:
- Gol ! 1 x 0 Ponte, Lucca. A defesa baiana desatenta, desarrumada, o cruzamento da esquerda varou a área e encontrou Lucca do outro lado, livre, sem marcação. Dominou, ajeitou e bateu firme; a bola resvalou na zaga e traiu Fernando Miguel.
O rubro-negro em princípio sentiu o golpe. Recuado, tímido, quase sem passar do meio campo, sofrendo pressão. Aos 12’, Danilo bateu falta no canto, forte, e F Miguel espalmou. Aos 14 minutos, Walace puxou Lucca pela camisa, na área, e o auxiliar viu, entregou e o árbitro marcou o pênalti.
- Gol ! 2 x 0. Danilo bateu forte a penalidade e ampliou, aos 15.
Só então o rubro-negro parece que acordou, entrou no jogo. Aos 20’, o quarto árbitro pegou uma agressão do veterano Rodrigo em Trellez, fora do lance de bola, dedurou, e o árbitro expulsou o zagueiro da Macaca. Os atletas da Ponte queriam a expulsão também do avante Trellez, que teria provocado o entrevero, mas a tevê mostrou Rodrigo enfiando o dedão no fiofó do atacante.
Mancini, com um atleta a mais em campo, tirou o líbero Ramon e pôs o meia Carlos Eduardo. Foi pra cima, tentando tirar a diferença do placar. A expulsão mudou totalmente a feição da partida. A Macaca recuou, fechou-se atrás e o Leão foi para a pressão, marcando forte, na frente e alçando bolas na área adversária. Não conseguiu grande coisa.
A Ponte chegou forte aos 36’, num chute de longe que F Miguel cedeu o escanteio; na cobrança, a pelota cruzou toda a pequena área e por pouco não entrou, a defesa baiana pregada. Aos 41’, Trellez quase marca de voleio, com estilo. Aos 42’, Nino Paraíba arriscou de longe e Fernando Miguel salvou. Aos 44’, Carlos Eduardo chutou forte, Aranha deu rebote mas David perdeu a chance, batendo fraco nas mãos do goleiro. Aos 47’, sentindo a coxa, David deu lugar a André Lima.
A Macaca foi melhor e fez o placar. O Leão equilibrou depois da expulsão de Rodrigo, com um atleta a mais em campo. Mesmo assim, a Ponte levou mais perigo em contragolpes; o Vitória no sufoco apenas, a levantar bolas.
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Na volta da merenda, o time baiano postou-se inteiro no território inimigo, forçando, espremendo. A Ponte plantada, na linha de sua grande área, suportando, apenas. Aos 10 minutos, sem nada criar, Mancini pôs em campo o lépido Danilinho no lugar do apagado Neílton.
- Gol ! 2 x1, Vitória, André Lima, desviando de cabeça, na pequena área, depois de uma cobrança de escanteio da direita; Danilinho desviou na primeira trave e a pelota sobrou livre. Aos 12 minutos.
- Gol ! 2 x 2 , Tréllez, aos 13’. O empate veio logo depois, num chute forte de Tréllez que desviou no zagueiro e matou o goleiro Aranha, cobrindo-o.
Só então a Ponte acordou, saiu da defensiva, o empate em nada servia . Aos 18’, Eduardo Batista tirou o marcador Wendel e pôs o meia Cajá. O Leão melhor, mais assentado, com o domínio do jogo e atacando, chegando, querendo mais. A Macaca sem forças. Aos 30’, saiu Leo Gamalho, aquele mesmo, entrou o garoto Saraiva.
- Gol ! 3x 2, a virada do Vitória! Cajá perdeu bola na intermediária adversária e ficou parado, oferecendo o contragolpe, a defensiva da Macaca aberta. Danilinho ganhou na velocidade e cruzou rasteiro para Tréllez completar.
Invasão de campo
Após o gol, por volta dos 38 minutos, torcedores arrebentaram as grades, o frágil alambrado e invadiram o gramado, querendo pegar os atletas da casa, que correram. Só o goleiro Aranha, com calma, enfrentou. Os jogadores do Vitória correram para os vestiários. Alguns atletas do time campineiro abrigaram-se nos vestiários do rubro-negro.
Famílias com crianças desesperadas nas arquibancadas. Sò depois, com a ação dos policiais militares –bordoadas e bombas de gás e tiros de borracha – a invasão foi contida e evitadas as agressões aos atletas. As arquibancadas foram esvaziadas.
O ‘estádio’ Moisés Lucarelli tem condições de segurança para abrigar jogos de uma primeira divisão ? Do lado de fora do estádio, muita confusão e violência dos torcedores nas ruas de Campinas.
O presidente eterno da Federação Baiana de Futebol, presente no estádio com a delegação do Vitória, deitando falação nos microfones, buscando as câmaras, querendo o fim do jogo e a manutenção do placar.
Lamentável, pobre e triste futebol brasileiro.
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Outros resultados:
Flamengo 1 x 2 Santos; Avaí 1 x 1 Atlético Paranaense; Cruzeiro 0 x 1 Vasco da Gama;
Atlético Mineiro 2 x 2 Corínthians; Coritiba 1 x 2 São Paulo. Grêmio 1 x 1 Atlético(GO).