Neymar Jr, como sempre, até nos contra-ataques se acha o dono da bola e não dá o passe
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
14/11/2017 às 19:34
Brasil não conseguiu penetrar na retranca inglesa
Foto: DIV
- Vamo combiná? Nóis num ganha e vocês num perde; vocês num ganha e nóis também num perde.
Mais ou menos isso que aconteceu na tarde/noite dessa terça em Londres, no famoso estádio de Wembley, mais de 80 mil pagantes, Inglaterra 0 x 0 Brasil.
Os ingleses bem desfalcados, com uma equipe jovem e taluda, postou-se toda na defensiva, o jogo inteiro, marcando forte no seu próprio campo, sem dar espaços para os brasileiros. A equipe de Tite, inteira aquela titular das Eliminatórias, afunilando demais as jogadas pelo meio congestionado, errando passes em demasia, dando muito totó pros lados, chutando pouco em gol e com suas principais estrelas em jornada opaca, raros lampejos de Neymar.
Pra se ter uma ideia da murrinha da primeira etapa, os goleiros Hart e Alisson não fizeram uma só defesa nos 45’ minutos iniciais. Amistoso demais.
Na segunda etapa, o mesmo panorama. Só aos 30 minutos, Fernandinho, que acabara de entrar no lugar do sumido Renato Augusto, arriscou de fora, um chutaço que beliscou o pé da trave, Hart vencido. Aos 39’, Neymar conseguiu sua melhor arrancada, varando a defesa pelo meio, e deixou Paulinho livre, de frente, para finalizar; o meia chutou forte e Hart espalmou. Foi só.
Bom teste para reflexões de Tite. Como romper retrancas europeias, fortes, o miolo do campo embotelhado? É preciso alargar o campo, abrindo as jogadas pelas laterais, buscando a linha de fundo, garrinchando. Não tivemos isso. Talvez fosse jogo para William aberto na direita e Douglas Costa aberto na esquerda.
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Destaques:
O miolo de zaga (Miranda e Marquinhos) e o goleiro (Alisson) sem muito trabalho; os laterais Marcelo e Daniel Alves pouco inspirados; Cassemiro sem função, Fernandinho melhor que R Augusto e Paulinho a correr; Phillipe Coutinho não jogou bem, Gabriel Jesus trombou, tentou e posicionou-se muitas vezes impedido, Neymar finalizou pouco e mal, teve alguns relâmpagos de bons passes, enfiadas. Pouco para o que ganha e o craque que imagina ser.
Seleção brasileira, agora, só paroano, o ano da Copa.
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Ciao azzurra
Baita repercussão no mundo do futebol a desclassificação da Itália, fora da Copa do Mundo 2018/Rússia, eliminada pela Suécia. A Itália tem quatro títulos mundiais e a última vez que ficou fora foi em 1958, exatamente na Suécia, onde o Brasil de Pelé, Garrincha, Didi ... conquistou o primeiro título mundial, aplicando 5 x 2 nos donos da casa, na final.
Os italianos não se conformam. A imagem mais forte foi a do veterano goleiro Buffon, 42 anos, um dos maiores de todos os tempos, chorando feito criança após a partida em Milão, empate de 0 x 0 (a Suécia venceu o primeiro jogo em casa, 1 x 0). Seria a derradeira Copa, a grande despedida do ídolo italiano. Pena. Na “bota’, a mídia e a torcida culpam o treinador pela falta de padrão e má escalação da equipe azurra.
Uma Copa do Mundo sem a Itália perde um pouco de brilho. Sim.
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BA e VI
Nossos representantes estarão em campo nesta quinta-feira, à noite, pela 35ª rodada do Brasileirão 2017.
O Vitória mais cedo, 20 h, na Arena Condá (SC), contra a Chapecoense que venceu o Santos (2 x 0) no mesmo gramado, na noite de segunda. O rubro-negro, com 39 pontos, três pontos acima da zona da degola, só tem um objetivo: vencer e escapar do perigo. A Chape alcançou 44 pontos e com mais um triunfo se safa. Jogo brigado.
O Bahia recebe o Santos, mordido, na Fonte Nova, 21 h. Se almeja algo mais na competição do que já ter escapado do rebaixamento vai ter de correr muito e jogar bola, mostrar serviço e qualidade perante seu devotado torcedor. Carpeggiani não pode deixar a turma amolecer. A equipe precisa se credenciar para disputar um torneio internacional (Libertadores ou Sul-amerciana) em 2018.