Chapa aposta na experiência dos dois com o futebol para vencer eleições
NMJ , Salvador |
11/11/2017 às 10:35
Neste sábado
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O empresário e engenheiro Fernando Jorge Carneiro, 66 anos, lança neste sábado, às 10h, na Cantina da Lua, no Mercado do Peixe, no Rio Vermelho, a sua candidatura à presidência do Esporte Clube Bahia, pela Chapa Voltar a Sorrir, número 33, tendo o radialista e ex-empresário de futebol, Antonio Tillemont como seu candidato a vice. Chocolate da Bahia – que fez o jingle da campanha -, a banda Prisioneiros do Samba, charangas, integrantes da Torcida Povão com seus bandeirões e diversos apoiadores estarão presentes.
O Objetivo da Voltar a Sorrir é formar um time forte para ganhar troféus. “Títulos significam mais torcedores, mais sócios, mais consumidores, mais negócios, mais receitas”, diz o advogado e ex-presidente da OAB-BA, Saul Quadros. A candidatura Fernando Jorge-Tillemont é apoiada pelas chapas 133 (A Voz do Campeão e +Bahia) e 333 (Avante Esquadrão e Integridade Ticolor), com um total de 200 candidatos ao Conselho Deliberativo.
“Minha história dentro do Bahia começa em 1966-1967, quando joguei como meia-direita nas categorias Infanto e Juvenil do clube. De lá pra cá, são mais de 50 anos presentes em campo, na arquibancada, no departamento de futebol, na luta pela democracia, como presidente do Conselho Deliberativo – o primeiro após o fim da ditadura Maracajá-Guimarães. Como presidente serei o ‘capitão’ do Bahia fora de campo”, diz Fernando Jorge.
Patrocinador do processo jurídico que destituiu Marcelo Guimarães Filho da presidência do clube, que permitiu a intervenção judicial e fez com que os sócios escolhessem pela via direta o presidente do ECB, Fernando Jorge diz que sua candidatura é para impedir que o Tricolor volte aos tempos das trevas.
“Não sou filiado a partido e não tenho chefe. Sou totalmente contrário à partidarização política do Esporte Clube Bahia, porque o clube já foi usado como trampolim político, servindo a interesses pessoais e politiqueiros, e todo mundo sabe no que deu: mais de 30 anos de sofrimento e constantes crises”, aponta Fernando Jorge, ex-presidente do Conselho Deliberativo.
Para Antonio Tillemont, a chapa encabeçada por Fernando Jorge tem uma enorme vantagem: é composta por quem entende de futebol. “Sem modéstia, posso dizer que são 40 anos de militância no futebol, enquanto Fernando Jorge já viveu a experiência de participar por três vezes da gestão de futebol no Esporte Clube Bahia, além de ser responsável direto pela democracia no clube. Sem a coragem dele, o Bahia ainda poderia estar vivendo nas trevas”, diz Tillemont.
TECNOLOGIA PARA FAZER O BAHIA CRESCER
A grande aposta da dupla Fernando Jorge-Tillemont para tirar o Bahia do grupo dos clubes da Série A que “olham a tabela de baixo para cima” é apostar na tecnologia para montar um time competitivo e vencedor. “O Departamento de Análise e Desempenho (DADE), na nossa gestão, será transformado na Central de Monitoramento do Futebol Profissional (CMFP), com ampliação da estrutura de pessoal para captação, observação e scout, mapeando todas as regiões do Brasil e a América do Sul. Hoje, o Bahia vive do que interessa ao empresário de futebol. Na minha gestão, sou eu quem vai aprovar e determinar a contratação, depois de ouvir o CMFP e a Comissão Técnica”, explica Fernando Jorge.
A tecnologia também será utilizada para alavancar receitas, aumentar o número de sócios, levar mais torcedores ao estádio e ampliar os negócios de licenciamento e exploração da marca. “Vamos implantar a plataforma Bahia Digital para ampliar e melhorar a forma de relacionamento entre o clube e a torcida. Desenvolver uma verdadeira base de dados do torcedor para alavancar novos sócios e ampliar os negócios. Segundo a última pesquisa Ibope, temos 3,5 milhões de torcedores; nas redes sociais são mais de 2 milhões de seguidores. E, no entanto, só temos 15 mil sócios. Temos um grande potencial e precisamos identificar onde estão os gargalos”, diz o candidato da Chapa 33.
DIVISÕES DE BASE
Outra aposta da dupla Fernando Jorge-Tillemont será em uma mudança radical na gestão das Divisões de Base. “O modelo da base do Bahia é dos anos 1970, enquanto já estamos no século XXI do futebol. A base é fundamental para fazer um Bahia forte e competitivo. É o princípio de tudo. O Bahia não só tem que revelar jogadores, mas principalmente formar craques. Como? Qualificando a formação. Não adianta produzir centenas de jogadores e jogá-los fora. É desperdiçar dinheiro todo ano”, diz Fernando Jorge.
Tillemont diz que sem a Base o Bahia não vai conseguir avançar. “A Cidade Tricolor será um Centro de Excelência em Formação de Atletas. Para além do futebol, vamos pensar no esporte como forma de inclusão e de educação. E para isso vamos usar a LIE – Lei de Incentivo ao Esporte. Vamos transformar o Esporte Clube Bahia em especialista na prospecção de jogadores das regiões Norte/Nordeste em vias de migrar para o elenco profissional. São jovens de 16 a 18 anos que receberão um ou dois anos de aprimoramento no último estágio da base do ECB”, explica o candidato a vice-presidente.