Agora é treinar para enfrentar o Sport treinado por Vanderley Luxemburgo
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
23/07/2017 às 13:28
Pacaembu lotado
Foto: SANTOS
A defesa do Bahia fez água, não suportou a intensidade dos contragolpes do Santos e, mesmo encarando, jogando até mais em boa parte da partida, o Tricolor levou 3 x 0, um placar madrasto para o que se viu em campo. Assim é o futebol.
Não é à toa que o Santos, com o resultado, chegou a 30 pontos ganhos e é o 3º colocado na tabela de classificação do Brasileirão 2017. Time tinhoso e eficiente. O Bahia continua com 19 pontos, ocupando o 13º lugar.
Ao grupo do Tricolor resta descansar e treinar bem essa semana entrante, pois domingo próximo pega o bom time do Sport Recife, treinado por Luxemburgo, na Fonte Nova. Casa cheia.
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Futebol é bola na rede
Santos 3 x 0 Bahia, no aconchegante Pacaembu (SP) em festa, uma manhã de domingo limpa, muitas famílias nas arquibancadas, a torcida tricolor presente, zoando. Um estádio onde o Santos não perde um jogo há seis anos.
Escalações :
- Bahia: Jean, Eduardo (Éder), Tiago, Lucas Fonseca e Mateus Reis; Renê Jr, Juninho, Zé Rafael, Allione (Brumado) e Vinícius; João Paulo (Mendoza). Treinador: Juninho.
- Santos : Vanderley, Daniel Guedes, Fabian, David Braz e Jean Motta; Yuri, Vecchio (Alison), Lucas Lima; Copete, Kayke e Bruno Henrique. Técnico : Levir Culpi.
No apito, Vagner Nascimento Magalhães, árbitro caseiro, querendo sempre favorecer a equipe da casa, com critérios diferentes pra uns e outros. Na dividida, pra os donos da casa; advertências só para os visitantes.
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Bola rolando:
Com sua costumeira postura e vocação ofensivas, o time paulista começou na frente, marcando o campo inteiro, dificultando a saída de bola do adversário. Um Bahia cauteloso, porém ousado. Jogo intenso, bem jogado, bola no chão.
Tanto que a primeira chance clara foi do Bahia: Zé Rafael ganhou de David Braz e arriscou de longe, quase apanhando o ângulo de Vanderley que salvou com a ponta dos dedos, aos 6 minutos.
O Santos respondeu aos 13’, numa trama pela esquerda que Copete arrematou para fora.
Aos 23 minutos, o árbitro ‘inventou’, chegou a marcar um pênalti de Tiago em Lucas Lima, mas o árbitro de linha de fundo interferiu e foi marcado apenas o escanteio ... que de fato aconteceu.
- Gol! 1 x 0 Santos, aos 29 min. Jean deu rebote num arremate forte de Kayke, da direita, enviesado, rasteiro e Bruno Henrique livre, pela esquerda, completou.
O tricolor sentiu a pancada, arrefeceu nos contragolpes, o Santos em cima, mais à vontade em campo, velocíssimo e perigoso quando recupera a bola. Aos 40’, numa cabeçada de Copete que raspou o poste, quase ampliou.
- Gol ! 2 x 0 Santos, aos 45. Após um cochilo de Vinícius no campo adversário, o time santista contragolpeou à toda, com cinco, seis em velocidade, a defesa tricolor desarrumada; Lucas Lima desbravou pela canhota, levou a marcação de Eduardo, Jean abafou, a bola espirrou mas sobrou na praia, limpa, para Bruno Henrique completar.
O Bahia jogou de igual para igual até tomar o gol. A partir daí, perdeu-se em campo porque os paulistas ficaram com a partida à feição: deram campo para o tricolor tentar o empate e exploraram o que têm de melhor e mais eficiente, o contra-ataque com muitos e em ritmo alucinante. Venceu a eficiência, a objetividade na primeira etapa.
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Nos vestiários, Jorginho substituiu o ‘amarelado’ lateral Eduardo por Éder, mais fixo; e colocou o veloz Mendoza no lugar de João Paulo. Levir Culpi pôs o veterano Tiago Ribeiro no lugar de Kayke.
- Aos 7 min, após ótima jogada de Mendoza, desbravando a zaga adversária pela esquerda, Vinícius desviou na frente da pequena área mas o goleirão Vanderley salvou com a pontinha dos dedos no rodapé. Quase. O mesmo Mendoza arrematou de fora, por cima do travessão.
O Tricolor em cima, marcando no campo inimigo, buscando o gol e a equipe santista recuada, na moita, só esperando o momento do bote.
Aos 11’, Vinícius colocou da meia lua e a bola tirou casquinha no poste de Vanderley, só olhando. O próprio Vinícius fez outra finalização, de frente, dentro da área, sem direção.
O Bahia no ataque, afogueado, e o Santos malandro, sem pressa. Aos 18’, Jorginho ousou mais: pôs o garoto Brumado, atacante, no lugar do opaco meia Allione. Tudo ou nada.
Aos 21’, Juninho bateu bem, rasante, uma falta da esquerda, mas Vanderley voou e salvou mais uma vez. Aos 27’, Juninho bateu forte de fora, o goleirão deu rebote mas Zé Rafael não soube aproveitar a chance, de frente. Mas, quando o Bahia era melhor, jogava inteiro no campo adversário ...
- Gol ! 3 x 0 Santos. Quem não faz, toma. O becão ganhou uma rara bola alçada de falta na pequena área do Bahia e Bruno Henrique, inspirado, pegou a sobra, livrou-se da marcação e bateu no canto. Foi a primeira vez na segunda etapa e marcou, aos 30.
Aos 33’, Mendoza arriscou mais uma vez de fora, cobrindo a trave. Aos 37’, cruzamento da esquerda e cabeçada de Brumado, raspando o travessão. Aos 47’, o Bahia tentando, chutando, Vanderley fez mais duas defesas salvadoras.
Um bom segundo tempo do Bahia, mas ... cadê o gol? Enfim, venceu a eficiência, a objetividade, o encaixe coletivo, a iluminação de alguns astros.
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Destaques :
- Vanderley, goleiraço; Copete e Bruno Henrique ( iluminado, três gols), dois azougues pelos lados; Vecchio na meiúca, incansável, e o craque do time: Lucas Limas, um diferenciado.
- No Bahia, Tiago, como sempre. O meio campo correu muito, disputou o jogo; Vinícius e Zé Rafael perderam chances. Mendoza, o melhor.
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- Nossos parabéns à campeã Ana Marcela, nadadora de longas distâncias, medalha de ouro, campeã do mundo, braçadas poderosas.
- E também às meninas do vôlei, que venceram as campeãs do mundo (EUA) e estão na final do Grand Prix. Gosto de vê-las nas quadras.