Esporte

VASCO perde para Flamengo e violência da torcida gera pânico no SJ

Vasco pode perder mando de campo no São Januário
NF , RF | 08/07/2017 às 21:24
Policia usou bombas de gás
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 Cenas de violência marcaram o fim da partida entre Vasco e Flamengo disputada hoje (8) pelo Campeonato Brasileiro. Em meio a bombas e brigas, torcedores vascaínos levaram pânico a quem estava trabalhando ou apenas querendo assistir ao jogo.

Um repórter do UOL teve que resgatar uma criança para a cabine de imprensa, tamanha a confusão na torcida. A Polícia Militar jogou gás de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo na direção de "torcedores" que tentavam invadir o campo. 

No jogo, o Flamengo derrotou o Vasco por 1-0 quebrando um jejum de 44 anos sem vitória sobre o maior rival em São Januário. Gol de Everton. Fora do gramado, muitas perguntas sem respostas. No aniversário de três anos da fatídica goleada de 7-1 do Brasil para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014, o futebol brasileiro aprendeu muito pouca coisa com o vexame. Estamos retrocedendo. 

O Rio tem o Engenhão e o Maracanã, estádios grandes com capacidade para mais de 50 mil pessoas. No entanto, o clássico de maior rivalidade da cidade aconteceu em São Januário, local com leis próprias, regido por Eurico Miranda. O presidente do Vasco é conhecido por seu jeito particular de lidar com opiniões contrárias as suas. É um ditador travestido de dirigente de futebol. 

A torcida atirou dezenas de morteiros na direção do campo. Como eles entraram no estádio é a dúvida. Não há segurança. Jogos de futebol não têm mais espaço para famílias e isso já há um bom tempo. Ver um jogo se tornou uma aventura de mau gosto. Vide também a depredação da torcida do Internacional de seu próprio estádio após o empate com o Criciúma. A partida também aconteceu hoje. 

Forte em casa, o Vasco deverá perder o estádio para os próximos jogos do Campeonato Brasileiro diante das cenas de selvageria transmitidas ao vivo pela TV. É provável que o time jogue em estádios vazios como punição e perca mando de campo. Isso se Eurico Miranda não usar sua conhecida influência para varrer a sujeira para o debaixo do tapete. Pensando bem, 7-1 foi até pouco. Nosso futebol fora dos gramados agoniza.