Impressionante o esquema tático da Alemanha
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
02/07/2017 às 17:20
Stindl comemora o gol que marcou e que garantiu a conquista da Copa das Confederações
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Mesmo com uma equipe jovem, testando e dando cancha a novos jogadores, revelações, um time B, a Alemanha, Campeã do Mundo, venceu a Copa das Confederações / Rússia 2017, derrotando na final o Chile pelo placar de 1 x 0, gol marcado na primeira etapa, após uma bobeira chilena.
A mesma Alemanha que há poucos dias venceu com competência o Europeu sub-20, derrotando a Espanha na final, também por 1 x 0.
As conquistas – da Copa do Mundo, do Sub-20, das Confederações – são resultado de um trabalho planejado, fundamentado em estudos e investimentos nas categorias de base, com todas as equipes obedecendo a um padrão de jogo coletivo, forte fisicamente e técnico, aplicado, eficiente.
Não tem como não elogiá-los. Alemanha campeã !
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A partida final
Mostrando em campo o bom entrosamento de sua equipe e com muita vontade de conquistar o título inédito internacional, e bem longe de casa, o Chile começou na frente, tocando bem a bola no chão, apertando, atacando, chutando, criando situações de gol, em alta velocidade. Os alemães, frios, bem plantados e sem conseguir encaixar contragolpes, sem boa saída da defesa pro ataque; isso até os 18 minutos... O gol chileno não saiu por conta de ótimas defesas do bom goleiro Ter Stegen (do Barcelona).
Daí... aos 19 minutos, a zaga chilena tentou sair jogando, tocando curto na frente da grande área, dois alemães abafaram o lance, tomaram a bola de Marcelo Diaz, entraram livres sem marcação, sem mais goleiro, para fazer 1 x 0 Alemanha (Stindl completou para as redes), na primeira chance, aproveitando o vacilo, sem perdoar o erro do adversário. Assim é o futebol.
O gol mudou a feição da partida. Os chilenos não arrefeceram mas sentiram o golpe. Os alemães acharam mais razão ainda para atuar fechadinhos, esperando a hora, o tempo certo para o golpe, o bote, o contragolpe rápido, articulado. Encaixaram seu estilo: obstinado, pragmático, robusto e objetivo.
Aos 44’, outra rateada chilena na saída de bola, agora com O’Hara e os alemães roubaram a bola e eram quatro avantes contra três defensores; o goleirão Bravo arrojou-se e salvou o gol.
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No primeiro tempo, os chilenos tiveram 20 minutos de domínio e ótimo futebol, impondo-se com troca de passes, habilidades e bola no chão, mas... vacilaram e os garotos que vestem a camisa campeã do mundo aproveitaram-se: 1 x 0. Justo? Enxuto.
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Na segunda etapa o Chile bem que tentou, buscou o empate, criou algumas chances, jogou mais perto da área adversária, mas quando conseguiu passar pelo bloqueio alemão errou o alvo ou parou no goleiro Ter Stegen, um destaque na partida.
Os alemães, independente do placar ou da circunstâncias da partida, não mudam o jeito de jogar. São conscientes, esperam, marcam, e quando recuperam a bola saem em grupo, organizadamente, coletivamente. É a escola campeã do mundo. O estilo alemão de jogar. Vitorioso.
Muito a aprender com eles.
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Portugal em terceiro
Pela manhã aconteceu a disputa do terceiro lugar da Copa das Confederações 2017, com mais um confronto entre Europa e América Latina. Deu Europa ( Portugal 2 x 1 México), a despeito das reclamações de armação e erro de arbitragem favorecendo os atuais campeões do continente europeu.
A partida foi decidida na prorrogação, de virada. Sem o chamado ‘melhor do mundo’ em campo - o artilheiro Cristiano Ronaldo que preferiu ir ver o casal de filhos recém-nascidos a disputar um reles medalha de bronze -, Portugal fez um jogo sem brilho, perdeu uma penalidade máxima na primeira etapa, levou um gol do México aos oito minutos da segunda etapa e não mostrava força de reação em campo até os 45 minutos, os mexicanos já se sentindo vitoriosos.
Então, numa bola alçada, o luso-brasileiro Pepe, becão do Real Madrid, subiu e testou forte no canto de Ochoa, empatando o jogo e fazendo renascer em campo a equipe lusitana. Na prorrogação, equilibrada, os portugueses foram beneficiados com um pênalti, claro (bola no braço do zagueiro mexicano), marcaram ( 2 x 1 ), e também com a expulsão do avante mexicano Gimenez.
Mesmo assim, os latinos da América do Norte buscaram o empate, deram um sufoco nos gajos, obrigaram o goleiro Rui Patrício a praticar boas defesa e chiaram muito no final, pedindo pênalti num suposto empurrão de Pepe, na área, contra um avante ‘chicano’ que tentava o arremate fatal. O árbitro nem quis saber de tirar dúvida com o árbitro da tevê, apenas expulsou o treinador Osório, da equipe perdedora, por reclamação. Europeus favorecidos?
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A despeito do êxito da competição na Rússia, a FIFA tem dado sinais de que essa seria a derradeira Copa das Confederações. É esperar pra ver.