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BAHIA perde segundo jogo no Rio. Fogão 1x0 Bahia, por ZÉDEJESUSBARRÊTO

O próximo jogo do Bahia é contra o Atlético de GO, o lanterna do campeonato. O Vitória pega o FLU, no Rio
ZedeJesusBarrêto , da redação em Salvador | 28/05/2017 às 21:18
Jogadores do Botafogo comemoram
Foto: DIV
O tricolor Campeão do Nordeste jogou como time grande, encarou o Botafogo no Engenhão de igual para igual, teve chances de vencer mas parou em ótima atuação do goleiro Gatito Fernandes (aquele mesmo que jogou no Vitória), deu um vacilo no final da primeira etapa e levou 1 x 0 na terceira rodada do Brasileirão Série A. 
Foram dois jogos disputados no Rio de Janeiro e duas derrotas (Vasco e Botafogo). Dos nove pontos disputados até agora ganhou apenas três, em casa.
Botafogo 1 x 0 Bahia aconteceu no estádio que tem nome de enciclopédia, Nilton Santos, na boca da noite de domingo, com oito mil torcedores nas arquibancadas. A última vez que se enfrentaram, em 2015, ambos estavam na Série B. 
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Escalações:

A equipe ‘Estrela Solitária’ de Jair Ventura: Gatito Fernandes, Arnaldo, Igor Rabelo, Marcelo e Vitor ; Bruno Silva, Lindoso, Camilo (Matheus) e João Paulo (Gilson); Pimpão e Joel.

Guto Ferreira escalou: Jean, Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Mateus Reis; Renê Jr, Edson (João Paulo) e Régis (Juninho); Ze Rafael (Gustavo), Allione e Edigar Júnio. 
Árbitro: Rodolfo Marques. 
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Bola rolando

- A primeira boa chance foi do Bahia, aos 4 minutos, numa bela cabeçada de Renê Jr após cobrança de escanteio; Gatito fez uma plástica defesa. 

- Aos 18’, Ze Rafael tentou de fora nas mãos de Gatito. Aos 19’, Regis deixou o campo sentindo uma lesão na coxa, entrou Juninho em seu lugar. Aos 20’, o Bota deu o ar da graça, mas o chute da Camilo foi bloqueado. 
- Aos poucos, o Botafogo foi tomando as iniciativas, o tricolor mais retraído. Aos 34, Camilo bateu falta perto da meia lua e a bola passou perto, assustando Jean. 

- Gol ! 1 x 0 Botafogo. Aos 45’, Édson perdeu uma bola dominada na frente da área, reclamou de falta que o árbitro não deu, e Bruno Silva foi lançado nas costas da zaga; na saída atarantada de Jean, o apoiador tocou por cima, abrindo o placar.
Foi um jogo muito marcado, bem disputado no meio campo, equilibradíssimo, com poucas chances de gol na primeira etapa. O Botafogo aproveitou-se bem de um erro na saída de bola e marcou. 
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O tricolor voltou dos vestiários com o mesmo e uma postura mais ofensiva, buscando empate. Mas, usando melhor os espaços, foi o Botafogo que chegou primeiro, aos 2 min, num chute perigoso, de fora, do meia Camilo. Um minuto depois foi a vez de Bruno SIlva tentar de cabeça para defesa de Jean. Jogo mais aberto. 
- Aos 7, após uma pressão tricolor, Ze Rafael pegou a sobra, firme, mas Gatito salvou o empate, com o pé. Aos 8’, após enfiada para Edigar Junio, um bico e Gatito novamente salvou com a ponta dos dedos. O Bahia em cima, mais à frente. 


- Aos 15’, Camilo foi lançado na grande área, ganhou da zaga e bateu, de cara, errando o alvo por muito pouco. Tres minutos depois, noutro contragolpe, Joel pegou de primeira nas costas de Eduardo, livre, mas também errou o alvo. Quase. 

- O Bahia tem mais a bola, ronda a área carioca, mas o Botafogo é mais incisivo, mais perigoso, finaliza mais. 
- Aos 23’, após uma blitze de quatro escanteios seguidos, o ataque tricolor finalizou com cabeçada de Lucas Fonseca, na sobra Renê Jr encheu o pé e por fim Edigar Junior bateu; duas defesa espetaculares de Gatito Fernandez e por último Vitor salvou em cima da linha. Não entrou !

O time da casa todo encolhido, o Bahia na pressão. Guto adiantou ainda mais o time, tirando o apoiador Edson e colocando o avante João Paulo. 

- A resposta botafoguense aos 29, nos pés de Guilherme, livre, na área. Foi a vez de Jean salvar no reflexo. 
- Aos 42, boa trama tricolor, João Paulo detonou de frente mas a pelota desviou na perna do zagueiro. O Botafogo atrás, catimbando, se defendendo, gastando tempo, o Bahia na pressão total, mas não conseguiu o empate, apesar do bom volume de jogo. 

Talvez um empate fosse mais justo pela produção em campo das duas equipes. 
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Destaques 

O goleiro Gatito foi, sem dúvida o melhor do time vencedor, garantindo o resultado com ótimas e salvadoras defesas. Bruno Silva fez o gol e jogou bem. 

No Bahia, Tiago não perdeu uma; Renê Junior um gigante. Na frente, faltou o gol.

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Próximos jogos

Já com a torcida aflita, precisando vencer a primeira, o Vitória volta a campo pelo Brasileirão no sábado, dia 3, às 21 horas, no Maracanã (RJ) contra o Fluminense. 

O Bahia, que também precisa vencer e somar pontos, só na segunda-feira, dia 5, contra o Atlético de Goiás, na Fonte Nova, às 20 hs.
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Dois atletas do tricolor no estaleiro, operados no joelho: o zagueiro Jackson e o lateral Wellington Silva. 
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Viva Talisca 

O Basiktas, da Turquia, sagrou-se bi-campeão nacional com antecedência, nesse domingo, com mais uma atuação destacada do baiano Talisca, ex-Bahia, que comandou a equipe e fez dois golaços na goleada sobre o Gaziantespor. O menino de Feira virou ídolo por lá. O Basiktas vai disputar a próxima Champions.

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Gilson Gênio

Foi-se, aos 59 anos, vítima de um câncer, o ex-ídolo do Bahia Gilson, chamado de Gilson Gênio pelas estripulias que fazia com a bola pelo lado esquerdo ofensivo. Baixinho, rápido, driblador, inteligente, Gilson começou no Fluminense do Rio (75/76) e foi ídolo também no América carioca. 

No tricolor baiano fez história. Antológica e inesquecível foi sua atuação no jogo Bahia 5 x 0 Santa Cruz (PE), na noite de 5 de abril de 1981, na Fonte Nova, o Bahia precisando da goleada para se manter vivo na competição nacional. O Santa, que tinha Dario, o Dadá Maravilha, goleara os baianos em Recife, dias antes; ninguém imaginava a reviravolta. 

Gilson Gênio fez dois gols no primeiro tempo, que terminou 3 x 0, e infernizou a ‘cobra coral’ com arrancadas, puxadas de contragolpe, passes precisos, assistências, luta, amor à camisa. 

Eis a equipe daquela epopeia: Renato, Edinho Jacaré, Zé Augusto, Edson Soares e Ricardo Longhi; Washington Luis, Emo e Leo Oliveira; Toninho Taino, Dirceu Catimba e Gilson. 

A Nação Tricolor só tem a louvar e agradecer pelas alegrias que nos proporcionou em campo. Vá em paz. Nunca será esquecido. 
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