A 'Velha Senhora' (Juventus) mostra que a escola italiana tem seu valor
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
19/04/2017 às 22:39
Vitória empata no Paraná e está eliminado
Foto: Hugo Harada
De nada adiantaram a raça, a iniciativa das ações e a vontade dos jogadores em campo. Mostrando um futebol tecnicamente pobre, limitado a chutões e bola alçada na área adversária, o Vitória não conseguiu vazar a defensiva do Paraná, ficou no empate de 0 x 0 em Curitiba e está fora da Copa do Brasil.
O tricolor paranaense já tinha eliminado o Bahia da competição, tornando-se assim o carrasco das equipes baianas, com um futebol defensivo, sem brilho mas sem falhas individuais e obstinado na marcação.
**
Pré-jogo
Estádio Durival Britto, Curitiba, noite de quarta, dia do índio, jogo de volta pela Copa do Brasil – Paraná 0 x 0 Vitória. Na ida, no Barradão, o Paraná surpreendeu e venceu: 2 x 0. Disputa de vaga nas oitavas de final da competição.
Novidades na escalação do rubro-negro baiano: Fred na zaga, em lugar de Allan Costa, ao lado de Kanu, Patrick e Géfferson; no meio campo, a presença de Euller, jogando de meia ‘criativo’, ao lado de Cleiton Xavier, tendo no resguardo William Farias e Ramires. Na frente, David e André Lima.
*
Pelota quicando
- Um minuto de bola rolando e William Farias, de fora, arriscou e assustou, mostrando logo a postura ofensiva da equipe baiana, precisando fazer gols. O Paraná cauteloso, defensivo. Muito corpo a corpo, bolas altas e briga pela bola no meio campo. O rubro-negro chegando mais, na pressão, bolas alçadas.
- Aos 20, após cobrança de escanteio de Patrick, pela direita, Cleiton Xavier testou firme e o goleiro Leo salvou no cantinho. Foi a melhor chance dos baianos. Aos 24’, Kanu bateu por cima. Só aos 35 min o Paraná chutou a primeira em gol, de falta, mas errou o alvo.
Foi uma primeira etapa brigada mas muito mal articulada pelas duas equipes. Muito chutão, encontrão e pouca bola no chão.
*
O rubro-negro baiano voltou dos vestiários com mais vontade ainda e lançou-se inteiro ao ataque, ganhando as divididas no meio campo, trocando poucos passes e jogando bola alta na área adversária. A defensiva da casa suportando bem a pressão, sem passar grandes sufocos.
- Aos 18’, Renatinho arriscou da entrada da área, o primeiro chute em gol da segunda etapa, e a pelota raspou o poste de Fernando Miguel que só espiou e torceu. Argel decidiu pôr Pineda em campo, no lugar de Ramires, avançando ainda mais suas linhas, aos 27 minutos. Aos 35’, na área adversária, meio desequilibrado, Pineda finalizou mas pegou fraco e sem direção.
- Aos 38’, entrou o serelepe Jhemerson no lugar de Euller. Depois, Uilian no lugar de William Farias. O time de Argel foi todo ao ataque, pro tudo ou nada. A partida ficou com cara de treino, ataque contra defesa.
- Aos 42’, num dos raros contragolpes do time da casa, Nathan livrou-se da zaga rubro-negra e entrou de cara mas Fernando Miguel saiu, arrojou-se e salvou o gol paranaense. Aos 46’, no bumba meu boi, a bola sobrou na praia para Pineda, que perdeu a chance. Depois, Jhemerson pegou uma sobra e bateu firme mas Leo pegou. E foi só.
Deu Paraná, que eliminou Bahia e Vitória pela Copa do Brasil.
*
Os melhores do Vitória, pela luta, foram Patrick e Ramires. Pouca inspiração. No Paraná, boa atuação do goleiro Leo e do zagueiro Airton.
**
Baianão
Fechando as semifinais, que decidem os dois times que vão disputar a taça de Campeão Baiano 2017, o Bahia enfrenta o Fluminense de Feira, sábado, na Fonte Nova. O tricolor da capital leva ampla vantagem no confronto pois venceu o primeiro jogo em Feira de Santana, no Joia da Princesa, por 3 x 0.
No domingo, o Vitória recebe seu xará de Vitória da Conquista no Barradão, a Toca do Leão. No primeiro confronto, no Lomantão, sudoeste do estado, deu empate, 1 x 1. O rubro-negro só precisa de mais um empate, em casa, para se credenciar a mais uma final de Baianão, e luta pelo Bi campeonato.
**
Os quatro melhores
Real Madrid, Atlético de Madri - duas equipes da capital da Espanha -, a Juventus de Turim (Itália) e o Monaco, da França, são os quatro times que chegam às semifinais da Copa dos Campeões da Europa, a milionária Champions League.
O Real de Cristiano Ronaldo, Marcelo, Sérgio Ramos, Cassemiro, Benzema, treinado por ZIdane ... é um céu de estrelas, candidatíssimo ao título, e dentro do Bernabeu, sua casa, é quase imbatível. Detonou o Bayern Munique.
Mas tem o rival madrilenho Atlético, um time mais popular, duríssimo na queda, bem treinado pelo argentino Simeone. Um embate com o Real é tipo BaVi, clássico de resultado imprevisível. Lá jogam o lateral brasileiro Luis Filipe e o ótimo avante Griessman.
A grande zebra dessa semifinal é o francês Monaco, uma equipe jovem e com um ataque arrasador, de alta velocidade e eficiência. Terá ‘camisa’ para encarar uma final? Já ouviram falar no garoto Mpappé, 18 anos, artilheiro? Prestem atenção nele.
E tem a Juventus, a ‘velha senhora’, como carinhosamente é chamada pelos torcedores. Deu uma aula de competência e futebol defensivo eficiente, bem jogado, derrotando o poderoso Barcelona. Fez 3 x 0 na Itália, com Mascherano num dia aziago, e parou o ataque do Barça no Camp Nou – Messi pouco inspirado, perdendo gols e errando até cruzamentos, Suarez sem ver a cor da bola engolido por Chiellini e Bonucci e Neymar lutando muito, só, contra a marcação de Dani Alves e Cuadrado. Os dois consolaram o brasileiro que chorou muito no final.
A Juve do eterno Buffon e da jovem estrela argentina Dybala.
*
O mais bonito foi ver a torcida catalã sem arredar pé das arquibancadas agitando suas bandeiras e saudando o time, mesmo desclassificado, numa demonstração de amor incondicional ao time do coração.
Quanto, brasileiros e baianos, ainda temos ainda que aprender !