Esporte

MELANCÓLICO: Bahia perde para Paraná e dá adeus a CB, ZÉDEJESUSBARRÊTO

Próximo jogo do Bahia é contra o Moto Clube do Maranhão
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 08/03/2017 às 22:18
Zagueiro Eduardo Brock comemora o primeiro gol paranista contra o Bahia
Foto: Antonio More
A despeito de ter um elenco teoricamente mais qualificado, mais caro, e ter tido o domínio da partida, em duas falha individuais infantís do becão Lucas Fonseca o Bahia levou dois gols do Paraná Clube, em Curitiba, na noite dessa quarta, e está desclassificado na Copa do Brasil, mais uma vez, de forma melancólica. 
Uma equipe mal escalada, com pouca criatividade, sem poder de fogo e com a defesa exposta aos contragolpes velozes, errando também nas bolas alçadas. Uma lição para o treinador Guto Gordiola que parece alheio a certo detalhes de um jogo de bola. 

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O jogo, visto pela tevê depois do histórico 6 x 1 do Barcelona sobre o PSG, parecia outro esporte, bem diferente do que se pratica na Europa. Lá o jogo flui, dinâmico, cheio de nuances, estratégias, táticas, talento e emoções. Cá é só chutão, passes errados, encontrões, faltas seguidas, simulações, cai-cai, erros tolos, a bola maltratada, atletas sem pernas e sem qualidade técnica. Francamente.

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Decepção

Paraná 2 x 0 Bahia, duelo de tricolores na Vila Capanema, em Curitiba, com um bom público. Arbitragem de Vinícius Araújo (SP), normal. 

A equipe baiana estava invicta há 11 jogos, apenas dois gols tomados (levou mais dois, então). O Paraná tinha seis jogos sem perder em casa, com onze gols feitos e nenhum sofrido. Briga de cachorro grande.
Até porque, como reza o regulamento da Copa do Brasil, essa fase segunda da competição é de jogo único, decisivo, quem perder cai fora e quem vencer segue na competição. Então, o jeito é jogar para frente, buscar o gol, tentar o triunfo. 

Até por isso, o jogo já começou pegado, muita marcação dura no meio campo. Equilibrado. 

Bola rolando:

- Logo aos 3 minutos, o avante Diego Rosa ganhou da zaga, invadiu pela esquerda mas o chute saiu rasteiro rente à trave. Aos 6, num contragolpe, por pouco o Paraná não marcou. Zé Rafael, na cobertura, salvou.
O Bahia tentando tramar com a bola no chão, trocando passes pelo meio campo, o time da casa esticando mais a bola, buscando a velocidade pelos lados, em contra-ataques.

- Aos 31’, Hernane pegou um rebote de frente, mas errou o alvo. Aos 38’, num contragolpe em alta velocidade pelo meio, ìtalo entrou livre porém Jean arrojou-se, saiu e abafou nos pés do atacante, salvando. Dois minutos depois, Diego Rosa tentou mas chutou fraco nos braços do goleiro Leo. 

A despeito de estar jogando fora de casa, o Bahia foi superior, trabalhou mais a bola e esteve mais perto do gol. A equipe da casa lutadora, brigando muito, mostrando mais vontade de ganhar. 
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- O Paraná abriu o placar aos 5 minutos da segunda etapa, numa cabeçada do zagueirão Eduardo Brock, após cobrança de um escanteio do lado direito, subindo nas costas de Lucas Fonseca (sempre ele) e testando forte de cara com Jean: 1 x 0. 

- Aos 10’, após boa jogada de Regis pela canhota, Zé Rafael pegou livre, de primeira, e errou feio o alvo, de frente. 
- Aos 16’, o treinador Guto trocou Regis por Cajá, seis por meia dúzia. Um minuto depois, a arbitragem anulou um gol de Édson, impedido. O Tricolor baiano foi pra cima, o Paraná encolheu-se mais e apostou apenas no erro adversário para chegar à frente, brigando pela bola com raça.

- Aos 25’, Édson enfiou para Hernane na grande área, e ele bateu para fora. Guto retirou Zé Rafael, que não jogou bem, e pôs em campo o estreante Maikon Leite, que nada fez. Logo depois, trocou Diego Rosa pelo avante Gustavo, na base do ‘vamos pra cima e seja o que Deus quiser’. 

- Mas, aos 38’, após novo vacilo de Lucas Fonseca, sem pernas e sem noção, Ítalo testou no travessão e Renatinho, livre, pegou o rebote e empurrou para as redes, classificando o Paraná e derrubando o Bahia da competição. 

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- Destaque negativo para o becão Lucas Fonseca, que substituiu Jackson (machucado), e falhou na marcação individual, na bola aérea em dois lances fatais, sem forças, sem recuperação e sem iniciativa, perdido. Um ex-atleta ainda em atividade? 

No todo, a equipe tentou, tentou mas não produziu bem, coletiva e individualmente. Juninho não pode ficar de fora da equipe. E pergunta-se: por que a equipe de Guto não consegue jogar fora de casa como atua na Fonte Nova? Que mistério é esse? 

Pois o próximo jogo do Bahia é também fora de casa, valendo pelo Nordestão, contra o Moto Clube do Maranhão, fim de semana.

- O Paraná segue na competição, a Copa do Brasil, e pega na sequência o Asa de Arapiraca, nas Alagoas.
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O Inacreditável !

Neymar foi o principal destaque do épico e histórico triunfo do Barcelona ( 6 x 1 ) sobre o Paris Saint Germain (PSG) no Camp Nou, na inesquecível noite catalã, que classificou a equipe para as quartas de final da Copa dos Campeões, a famosa Champions League. O PSG tinha vencido o Barça em Paris ( 4 x 0) e, até os 35 minutos da segunda etapa o placar de 3 x 1 para o Barcelona classificaria o PSG. O time catalão precisava marcar mais três gols para se classificar, e fez. Ninguém mais acreditava numa reviravolta daquela. 

Neymar fez um golaço de falta, chamou a responsabilidade, fez outro cobrando pênalti e, já aos 47 minutos, com determinação e protagonismo, criou a jogada, deu o passe decisivo para o gol de Sergi Roberto que enlouqueceu as arquibancadas do Camp Nou e toda a Catalunha. 

Inacreditável e inesquecível. Muito choro nas arquibancadas, loucura no gramado com o apito final do árbitro alemão. Os franceses desolados. Anotem: a zaga do PSG foi formada por Tiago Silva e Marquinhos, ambos da seleção brasileira de Tite. 
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Nesta quinta, pela Copa do Brasil, também em jogo único e decisivo, o Vitória enfrenta o Vasco, no Rio de Janeiro. É vencer ou vencer... perdeu cai fora também.