Esporte

VITÓRIA soberano na Toca enfia 4x0 no Figueirense, p ZÉDEJESUSBARRÊTO

Vitória só depende dele mas dá uma respirada na tabela
ZédeJesusBarrêto ,  Salvador | 20/11/2016 às 18:18
Jogadores vibraram a cada gol do "Leão"
Foto: ECV
Um triunfo de goleada, belos gols, superioridade ofensiva, fazendo valer o mando de campo da Toca do Leão, o torcedor em estado de graça e a certeza cada vez maior de a equipe estar mantida na Série A /2017 – Vitória 4 x 0 Figueirense.

Com o resultado, rubro-negro baiano chega a pontos, no lugar na tabela de classificação, e fica a pontos do Internacional de Porto Alegre, o O Figueira, com a derrota, está a um empate de cair para a Série B. 
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Após os jogos da rodada já realizados, a classificação está assim:

Palmeiras lidera com 74 pontos; o Santos é o segundo com 68, o Flamengo tem 66, o Atlético (MG) está com 61, o Atlético (PRe o Botafogo têm 55. 

Na parte de baixo, o cai não cai está assim:

O Coritiba, próximo adversário do Vitória tem 45 pontos, o Sport Recife tem 43 e o Vitória 42, todos fora da Zona de Degola, mas ainda correndo perigo. O primeiro da Z-4 é o Internacional, com 39.
Mas o Internacional só joga nesta segunda-feira, em São Paulo, contra o Corínthians.

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Chuva e confiança

- O Barradão abrigou um bom público (mais de 23 mil pagantes), mesmo com a tarde chuvosa do domingo; o gramado pesado mas sem poças, em perfeitas condições. 

- O Vitória de Argel Fucs escalado num 4-2-3-1: William Farias e Marcelo na frente dos quatro zagueiros, três meias – Marinho, Cárdenas e Zé Love -, e Kieza enfiado na frente. 

O treinador do Figueira é Marquinho Santos, ex-Bahia, que sempre deu sorte contra o rubro-negro nos BaVis. A equipe tem jogadores bem conhecidos como goleiro Gatito Fernandes (ex-vitória), o lateral Airton, o apoiador Josa (baiano), o avante Rafael Moura, o meia Lins... 
- Arbitragem paulista do experiente Luis Flávio Oliveira.

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Bola no chão

- Os dois times precisavam vencer – um para fugir e o outra para sair da zona da degola -, daí entraram em campo com propostas ousadas, ofensivos desde o começo.

- Com menos de dois minutos, o lateral Zé Uélisson caiu feio na disputa de um lance no meio de campo e fraturou a clavícula, sendo substituído por Euller, que foi para a esquerda, passando Diego Renan para o lado direito. Uma substituição queimada, de cara. 

- O time de Santa Catarina em cima, brigando de igual para igual, forçando o ataque, até porque precisava de um triunfo para manter as esperanças de escapar do rebaixamento. 

- Aos 7 minutos, após cruzamento e confusão na área sulista, Kieza cabeceou desajeitado, acertando a trave de Gatito.

- Um minuto depois, o meia Lins penetrou em velocidade pelo lado esquerdo, cruzou rasteiro, a bola desviou na zaga e raspou a trave de Fernando Miguel. Jogo ofensivo e com jogadas de alta intensidade/velocidade, lado a lado. 

- Aos, 22 min, o bom apoiador William Farias pegou em cheio um rebote, na frente da meia lua, e acertou um foguete que bateu no travessão e estufou as redes. Um golaço, indefensável – 1 x 0.

- Dois minutos depois, quase Lins empata, Fernando trabalhando bem. Aos 27’, o goleiro batido, Rafael Moura perdeu a chance do empate na pequena área, tocando para fora. 

- Aos 28’, Cardenas rolou para marinho, na esquerda, o chute saiu forte, mas desviou na zaga e saiu. Jogo animado e bom de ver. 

- Aos 30, cabeçada de Rafael Moura e defesa plástica, bonita de Fernando Miguel. Dois minutos depois Lins pegou uma sobra na grande área adversária, meteu o pé mas cobriu a trave. O time sulista buscando o empate, atacando. 

- Aos 36, num bate e rebate na área do Figueira, quase Euller amplia, errando o alvo por pouco.

- Aos 40’, um chutão de Kanu chegou a Kieza que entrou em velocidade pela canhota e bateu prensado, a pelota chocou-se no travessão, na caída Marinho testou pra fora, perdendo outra chance de ampliar o marcador. 

Foi um primeiro tempo sob chuva mas animado, veloz, com muitos lances de área e chances de gol claras para ambas as equipes; bom de ver, os goleiros trabalhando. O Vitória foi mais incisivo, finalizou mais, foi mais feliz e merecedor do placar. 

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- O rubro-negro voltou com todo fogo dos vestiários. Logo aos 28 segundos, após cruzamento da direita e vacilo da zaga, Ze Love pegou de prima, em cheio, acertando o canto de Gatito e tranquilizando mais o torcedor (alguns nem viram): 2 x 0.

O coro das arquibancadas: ‘ Fica Leão/na primeira divisão ‘.

- O Vitória fechou-se mais e apostou no contragolpe, como gosta. O Figueirense foi pra cima. Aos 8, Airton arriscou de longe, forte, mas Fernando Miguel defendeu bem.

- Aos 11, num contragolpe, Zé Love deu a Marinho que enfiou na direita e deixou Kieza de frente: 3 x 0. Uma festa rubro-negra nas arquibancadas. Jogo definido? 

- Aos 16’, Marinho recebeu na direita, cortou para dentro e bateu colocado, de canhota: outro golaço ! 4 x 0.

- Sò aos 29’ o Figueira chegou de fato a ameaçar, com um chutaço no travessão de Rafael Moura, de fora da área. 

- Tiago Real no lugar de Marinho, ovacionado pela galera, aos 30. David substituiu Zé Love. 
- Aos 36’, Cárdenas bateu falta colocada, da entrada da área, e acertou o poste de Gatito. 
Sob chuva forte, jogadores satisfeitos e uma festança molhada nas arquibancadas rubro-negras. Ótimo e convincente resultado. 

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Na penúltima rodada, bom lembrar, o Vitória joga contra o Coritiba, no Couto Pereira. Lá é sempre jogo duro, os ‘coxas’ não costumam perder em casa. O rubro-negro ainda precisa pontuar. 

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Consciência negra

Neste 20 de novembro, destaco os futebolistas de cor preta que mudaram a história desse jogo de bola, para sempre, com talento, genialidade, arte pura !

No Brasil, o maior de todos, Pelé, o Rei, único, tricampeão do mundo pela seleção e bi pelo Santos. O pioneiro Leônidas da Silva, o ‘diamante negro’, que consagrou a biclicleta. E o ‘príncipe etíope’ Didi, pura elegância, bicampeão do mundo em 1958, na Suécia, e em 62 no Chile.

Antes que me cobrem, Garrincha não era negro, era índio, descendente direto dos fulniôs, das Alagoas, por parte de pai. 

No âmbito internacional, lembro-me de três expoentes: Eusébio, o portuga de Moçambique, grande artilheiro, sensação da Copa 66. O camaronês Roger Milla e o liberiano Weah, único africano a ganhar o troféu de melhor do mundo em 1995, artilheiro no Milan e no PSG. 
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