Esporte

HAJA CORAÇÃO! Bahia vence Ceará de virada 3x1, por ZÉDEJESUSBARRÊTO

Uma boa partida do tricolor
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 29/10/2016 às 18:56
Régis, o nome do jogo
Foto: ECB
De virada, fazendo um segundo tempo de empolgar o torcedor, o Bahia venceu a sua sexta partida seguida na Fonte Nova ( 3 x 1 ) e continua no páreo, lutando a cada rodada pela classificação entre os quatro primeiros que vão subir em 2016 para a Série A. O torcedor compareceu de verdade, mais de 27 mil pagantes, e vibrou com a equipe no final, como nos bons tempos.

Com os resultados da 33ª rodada, o tricolor baiano chegou ao quinto lugar, com 53 pontos ganhos, a um ponto apenas do Náutico que está em quarto. Também com 53 está o Londrina, abaixo do Bahia apenas no critério de gols marcados. O Ceará, com a derrota na Fonte Nova, afastou-se mais do G-4 e, pelo que tudo indica, Bahia, Náutico e Londrina vão disputar uma ou duas vagas até a última rodada, na cola um do outro. 

Clássico nordestino

Bahia x Ceará é clássico do Nordeste, a rivalidade é histórica e o jogo deste fim de tarde de sábado era decisivo para as ambições de ambas as equipes. Daí, a disputa renhida, brigada mas um jogo jogado com lealdade. A Fonte Nova em festa, o ex-treinador Evaristo de Macêdo, campeão brasileiro pelo tricolor baiano em 1988, foi homenageado antes - recebendo uma réplica do troféu de campeão e afagos de seus ex-atletas - e depois do jogo foi ovacionado pelo torcedor das arquibancadas, agradecido e feliz com o ‘pé quente’ do mestre, inesquecível. 

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Bola rolando

Só o triunfo interessava a ambos. O Bahia com marcação adiantada como costuma fazer nos jogos da Fonte Nova. O time cearense fechado, apostando na velocidade dos contragolpes, uma estratégia. A primeira boa chance aconteceu aos 5’, numa cabeçada de Cajá rente ao poste, após bom cruzamento de Moisés, da esquerda. Aos 7’, Hernane tentou de fora, nas mãos do goleiro Éverson. Aos 9’, após uma blitze, Natã cabeceou na trave, o goleiro batido. Só dava Bahia, mas aos 12’, o Ceará chegou com perigo, obrigando Muriel a trabalhar bem. Uma partida dura e pegada, dos dois lados. Após a pressão inicial tricolor, o ‘vovô’ saiu do sufoco e equilibrou mais as ações.

Aos 22’ Juninho cobrou falta larga, pelo alto, Jackson alcançou de cabeça mas jogou fora. Aos 25’, o hábil meia Felipe fez ótima jogada de ponta, pela esquerda, aplicando um elástico no lateral Eduardo e bateu rasteiro para Lelê completar livre (cadê Jackson?) na pequena área abrindo o placar: 1 x 0 Ceará. Aos 33’, depois de duas lambanças do goleiro e da zaga cearense, Natã chegou na sobra, livre na frente da pequena área, mas pegou mal na bola e perdeu o gol do empate. Aos 37’, numa boa trama, Edigar Júnio finalizou de cara mas o goleiro Éverson abafou e salvou. O tricolor em cima, buscando o empate e o Vovô na moita, pegando forte, guerreando muito, esperando o erro do adversário, safando-se. 

O Bahia foi melhor, atacou mais, teve mais a bola e a iniciativa do jogo, mas o Ceará fez o gol em bela jogada individual, única chance, lutou muito, marcou bem, jogou sério e mostrou-se um time tinhoso, uma equipe bem treinada. No mais, muita vontade, disputa acirrada pela bola e evidentes limitações técnicas.

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O tricolor voltou dos vestiários com Vitor Rangel em lugar de Natã. O Ceará voltou orientado a trocar mais passes, segurar mais a bola, mascar a partida, ganhar tempo e não deixar o adversário jogar. E o tricolor a alçar bolas, cobrar escanteios... sem proveito. Só aos 12’ o Bahia teve boa chance de empatar, mas o goleirão Éverson arrojou-se nos pés de Vitor Rangel e evitou o gol. Aos 15’, Vitor Rangel tentou de fora, nas mãos do goleiro. Aos 16’, a manjada substituição: Regis em lugar de Cajá, exausto e opaco. Aos 17’, Sérgio Soares põe Diego em lugar de Felipe Menezes. 

Aos18’, Regis pegou em cheio, de canhota, um cruzamento que veio da direita, mas o goleiro cearense fez um milagre, espalmando! Na sequência, porém, Regis cruzou da direita e Edigar Júnio cabeceou bem , acertando o canto e empatando a partida, para delírio da galera: 1 x 1. O Vôzão não se intimidou e a partida ficou aberta, franca, mais corrida e boa de ver, lá e cá. Saiu Felipe, cansadão, e entrou Serginho no meio campo cearense. 
Aos 28 minutos, numa tabela de Hernane com Vitor Rangel, Regis entrou livre e desviou do goleiro, virando o jogo em bela trama coletiva: 2 x 1. Aos 30’, em novo belo passe de Hernane, Vitor Rangel entrou de cara mas a zaga cearense salvou o chute fatal. Saiu o veterano Bil e entrou outro centroavante, Rafael Costa, na equipe visitante, aos 33 min. Para aliviar mais o tricolor, Diego dividiu com o valente Vitor Rangel mas bateu para trás, traindo o goleiro e fazendo contra, fechando o caixão: 3 x 1. Aos 38’, saiu Moisés e entrou Tinga na lateral esquerda do tricolor. 

O Bahia não recuou, trocou passes e garantiu o belo e importante triunfo sob aplauso das arquibancadas. Valeu !

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Destaques:

Régis entrou bem no lugar de Cajá e foi fundamental na virada. Hernane lutou muito e deu uns três passes decisivos, de classe. Eduardo, apesar do drible que levou no gol cearense, desdobrou-se pela direita. A zaga firme, Renê Junior não tem a mesma dinâmica de Luis Antonio, Juninho bem, Edigar desencantou e Vitor Rangel mostrou-se um guerreiro. 

No Vôzão, a boa pegada, a disposição tática e o talento individual do meia Felipe, habilidoso. O goleirão Éverson fechou o gol, até abrir a porteira. 

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O próximo jogo do Bahia é contra o Vila Nova, em Goiás, sexta-feira, 21h30. É preciso vencer fora ou ... a vaquinha pode ir pro brejo.