O Rio mostrou a cara do Brasil com sua cultura e aconchego
Tasso Franco , da redação em Salvador |
21/08/2016 às 23:16
Fim dos jogos e um orgulho enorme de ser brasileiro
Foto:
Pipocas Olímpicas
Saideiras
- Festa, alegria, ritmos, mistura, diversidade, congraçamento.
Essas palavras talvez sintetizem o que foi o show de encerramento da Olimpíada Rio/2016, no Maracanã tomado.
- Nem a chuva, a ventania forte que deixou meia cidade apagada, nada diminuiu a intensidade do riso, da dança mesmo que desajeitada, da felicidade estampada no rosto de cada atleta, de cada participante.
- Sons do Brasil. Inteiro. Todos os tambores e cantos. Cores. Coreografias. Bonito.
- Teve Martinho cantando Pixinguinha, crianças entoando o Hino Nacional com atabaques, frevo, batuques, samba, forró, coco, baião, ganhadeiras de Itapoan vestidas de branco, Carmem Miranda, Vila Lobos, Lenine, Santa Marta, Jobim, Mariene sob a chuva, belíssima ... O verde renascente, esperança num novo amanhã.
- E dança contemporânea, caboclagens, africanidades, modernagens, miscelâneas culturais, brasilidades... Quanta riqueza !
- Ah, ‘Asa Branca’, o grande hino do Nordeste na voz do imortal Luiz Gonzaga, obra prima da música brasileira, com dança e coreografia sertaneja, caatingueira. De arrepiar, lágrimas ! O velho Lua, lá no céu, derreteu-se com o ‘xamêgo’.
- E nosso caboclo Isaquias como porta-bandeira do Brasil, tietado? Orgulho.
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Ao Japão
- Pois que venha Tóquio 2020 ! Estamos contentes e orgulhosos do que fizemos. A bola, a tocha olímpica vai para o outro lado do mundo. Que leve o fogo da vida e da paz.
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Derradeiras
- Sim, fizemos uma bela e inesquecível Olimpíada. Brasileira. Diferente, única. Porque cada povo tem seu jeito de fazer. Fizemos do nosso jeito. Com êxito.
- A despeito dos medos, das previsões catastróficas, da violência, dos furtos, das vaias, dos ventos, das chuvas, das águas poluídas, da piscina verde, da câmara que caiu do alto, dos nadadores americanos ‘assaltados’, do exageros e chutes da mídia nacional e internacional, dos malditos e das palavras mal ditas... Nada, nada disso foi capaz de borrar o brilho desse grande evento.
- ‘Não aconteceu nada diferente daquilo do que sempre acontece no Brasil com ou sem Olimpíada’ (J.R.Guzzo)
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- Como esquecer a majestade do jamaicano Usain Bolt, a volúpia nas águas de Phelps, a plasticidade da garota Simone Biles ? Como esquecer Gisele, o show de abertura?
- E o ouro do bravo Robson no ringue, o recorde de Isaquias, a força de Erlon, a participação de Walace e Micalle no Ouro inédito do futebol? Viva a Bahia !
- Arthur Nory surpreendente, Martine Grael & Kahena Kunze nas velas, Álisson & Bruno na praia, os campeões do vôlei de quadra comandados por Bernardinho, a despedida de Serginho, o troco na bola do contestado Neymar, a nossa judoca Rafaela ...
- Sim, um agosto olímpico para ficar na História. Nunca tínhamos conseguido tanto noutros Jogos Olímpicos. Foram ao todo 19 medalhas, sete de ouro, seis de prata e seis de bronze. O Brasil em 13º lugar.
- Sei, podemos fazer mais e melhor com mais planejamento, investimento, patrocínios (público e privados). Com educação, escola, com políticas públicas voltadas para a juventude, apostando no esporte e na cultura como meios de transformação podemos sim chegar um dia a ser uma grande potência olímpica. Como os EUA, a China, a Grã Bretanha, Merecemos. A nossa gente merece.
- Parabéns aos atletas, todos, pelos instantes de beleza, arte, dedicação, exemplo positivo. Ganhar e perder fazem parte do viver. Valeu.
Viva o Rio, Viva o Brasil.