Bolto ainda disputará a Olimpíada de Tóquio? É possível
ZédeJesusBarrêto , da redação em Salvador |
20/08/2016 às 12:20
Técnico recordista em medalhas Bernardinho
Foto: AFP
Pipocas Olímpicas
O raio, a flecha
Bolt! Bolt! Bolt! Mais um ouro no revezamento 4 x 100. Três ouros em três provas disputadas. Tri, tri, tri em todas, nove medalhas de ouro em três jogos olímpicos.
Ouro! Na Rio/2016, tricampeão olímpico nos 100 metros rasos. Ouro, tricampeão olímpico nos 200 metros. Ouro, tricampeão olímpico também nos 4 x 100 com a equipe jamaicana. Dizer mais o quê ? Bolt, Bolt, Bolt ! Um fenômeno, fantástico.
Mito, lenda, na história do atletismo. Usain Bolt, o ‘raio de Xangô’, como cravou a amiga jornalista Olivinha Soares. Ou a ‘flecha certeira de Oxóssi’. O jamaicano parece brasileiro, de tão feliz. Só simpatia e carisma. Só temos a agradecer, ouvindo um reggae jamaicano, elepê de Bob Marley na vitrola.
Kaô Kabiesilé ! Okê Arô !
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Bola germânica
Na boca da noite desta sexta, a Alemanha venceu a Suécia (2 x 1 ) na final feminina de futebol e ficou com a medalha de ouro, campeã com todo o merecimento. Foi um jogo forte, brigado, marcado e corrido o tempo inteiro, em aberto até o apito final. Venceu a equipe mais bem treinada, mais bem dotada e que atacou mais.
A Alemanha é a atual campeã do mundo (masculino), título conquistado em 2014, aqui no Brasil, e agora é também campeã olímpica (feminino) pela primeira vez. O país do futebol é a Alemanha, não? Fruto de muito planejamento, investimento e disciplina. Organização, exemplar.
A final aconteceu no Maracanã, lotado, e a maior parte do público torceu sem vergonha pelas suecas, de uniforme amarelo.
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Pois, os meninos de Micalle que se cuidem, ponham a alma nas chuteiras.
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O sábado, 20, penúltimo dia dos Jogos Olímpicos Rio/2016, promete.
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Canoeiros
Nas águas, os baianos Isaquias Queiroz e Erlon Silva em busca de medalha na canoagem. Mil metros, os dois remando. Pode dar ouro, seria o máximo, mas qualquer que seja a medalha consagra Isaquias como o primeiro brasileiro a conseguir três medalhas numa só olimpíada. Já tem uma prata e um bronze, em duas provas individuais. Não é pouco. Nosso caboclo tem apenas 22 anos e braço pra remar bastante ainda. Torcendo.
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Sem reprise
À tarde, no Maracanã vestido de verde-amarelo, a equipe brasileira de futebol treinada pelo baiano Micalle disputa o ouro com a Alemanha, atual campeã mundial, no jogo mais importante da carreira de Neymar com a camisa da seleção. Em casa.
Dois grandes desafios e significados para os brasileiros: vencer pela primeira vez uma Olimpíada, conquistar a primeira medalha de ouro no futebol; e derrotar a Alemanha, aquela dos 7 x 1 na Copa (Neymar não jogou, machucado). Sem ‘vinganças’, é outro jogo. Mas sem replay, pelamôdedeus! Mas vai ser uma partida de arrepiar.
Os alemães são fortes fisicamente, mentalmente, coletivamente. É uma equipe disciplinada e com estratégias táticas bem objetivas. Nossa equipe começou apática a competição mas encaixou, fez três bons jogos, muitos gols e nossa defensiva está incólume. São dois estilos, duas escolas de futebol e um título mundial olímpico está em disputa.
Olho na tevê e refresco de maracujá geladinho.
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Nem bronze
Torci muito pela baiana Formiga e pela alagoana Marta, mas nossas meninas do futebol, a despeito de terem feito um bom começo de competição, não paparam nada. Pena.
No começo da tarde desta sexta, Itaquerão(SP) com mais de 45 mil pessoas, a seleção treinada por Vadão perdeu o bronze para o Canadá (2 x 1). Faltaram pernas e cabeça. Jogando ‘pra pirão’ e sobrando fisicamente, as taludas canadenses fizeram 2x 0 em contragolpes de velocidade e garantiram um bi olímpico – conquistaram bronze também em Londres.
Nossas moças pareciam exaustas em campo, depois de dois jogos seguidos realizados no calor das 13horas/Rio, com prorrogações (120 minutos e trocados, cada jogo) e mais cobrança de pênaltis. E, no ‘bafor’ da competição ainda tiveram de fazer uma viagem penosa para jogar no abafamento de Manaus. Pareciam esgotadas, arrebentadas. Corriam mas erravam passes, perdiam as divididas. Cruel.
Quando a CBF e os clubes brasileiros vão levar a sério e investir no futebol feminino?
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Lustrosas
Falemos de ouro, pois nem tudo nos entristece:
- Medalha reluzente na vela, nas águas da Guanabara, com a dupla feminina Kahena Kunza e Martine Grael – essa de uma família de velejadores que já acumula oito medalhas olímpicas. Foi a única na Rio/2016.
- No vôlei de praia masculino a parceria Álison & Bruno ‘salvou a pátria’, papando nossa solitária medalha de ouro na areia.
- E louvemos a apoteótica chegada a Salvador, com recepção no aeroporto, desfile em carro dos Bombeiros e festança em Boa Vista de São Caetano, do nosso boxeador campeão Robson Conceição, primeiro medalhista de ouro do Brasil em cima do ringue.
PS: De enojar apenas a correria e o oportunismo dos políticos, lascando-se em busca de proveitos a aparecer do lado do campeão. Como se eles tivessem dado alguma contribuição para o feito do atleta. Ora, nem o conheciam de fato. Abutres. Vão cair do palanque, praguejo.
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Volei
Pode rolar ainda medalha para o vôlei masculino/quadra; quem sabe um ouro? O Brasil derrotou a Rússia por 3x0 sets. Brasil x Itália na disputa do ouro.