Bahia ficou tanto tempo treinando mas a evolução foi pequena
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
16/08/2016 às 22:53
Bahia 1x1 Atlético GO
Foto: ECB
Pela 19ª rodada, a derradeira da primeira fase, metade da competição, o Bahia não passou de um empate (1 x 1) contra o bravo Atlético (GO), deixando frustrada sua torcida, que compareceu em pequeno número na noite dessa terça-feira, na Fonte Nova.
Com o resultado, a equipe baiana continua boiando no meio da tabela de classificação e não consegue mostrar um futebol que faça o torcedor acreditar numa arrancada para a possível classificação entre os quatro primeiros da competição, e a consequente volta à Série A. A equipe fez um gol logo na saída de bola mas voltou a mostrar deficiências no ataque e pouca objetividade no jogo coletivo. Ainda não encaixou um jeito de atuar eficiente para vencer numa Segundona... onde o bicho pega, o jogo é brigado.
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Bola rolando
Um gol aos 36 segundos, boa parte da torcida nem tinha se acomodado. Bola enfiada por Hernane para Allano nas costas da zaga, um toque por baixo do goleiro Cleber e a bola foi entrando devagarinho, com Hernane conferindo em cima da linha: 1 x 0.
Passado o susto, o tricolor com a iniciativa, aos poucos o time de Goiás foi equilibrando, com uma marcação dura no meio campo, buscando o empate a todo custo. Lances de área, de lado a lado, mas nenhum lance do gol até os 39’, quando o camisa 10 Jorginho empatou (1 x 1) aproveitando-se de um cruzamento da esquerda, após jogadinha de falta, ensaiada; a zaga dormiu, ele se antecipou e desviou do goleiro Muriel. Jogo igual, empate justo nos primeiros 45’.
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Os treinadores, certamente satisfeitos, não mexeram em suas equipes para a segunda etapa. Com um minuto de segundo tempo, Hernane deixou Allano de cara; ele tentou de canhota mas o goleiro Cleber fechou o ângulo e salvou. O jogo continuou pegado, faltoso, como é comum na segundona. Haja correria. Aos 13, saiu o zagueiro Tiago, entrou Lucas Fonseca. Aos 20’, saiu Edigar Junio para entrada de Luizinho.
Além da briga pela e com a bola, nenhum realce. O tricolor articulando melhor pelos lados, o Atlético fechado, batendo, dando chutões, tentando de longe e explorando a velocidade em lances esporádicos, apostando no empate. Aos 41’, Moisés cruzou da esquerda no capricho, Hernane subiu livre na pequena área e testou por cima, perdendo chance clara de gol. E foi só.
Um bom resultado para o time goiano, em quarto lugar e um resultado amargo para o torcedor do tricolor que vê sua equipe em 10º lugar, com 25 pontos, a oito do grupo da frente, na metade da competição.
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Os melhores do tricolor foram os laterais Eduardo e Moisés, além do avante Allano. Hernane e Cajá decepcionaram.
O Atlético é um time pegador, forte fisicamente e que joga pra pirão, estilo Série B.
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O próximo confronto do Bahia, já pelo chamado returno (os jogos de volta) da competição, 20ª rodada é contra o Avai, dia 20, sábado à noite, na Ressacada / Santa Catarina.
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A diretoria do tricolor baiano anunciou oficialmente a contratação do avante Victor Rangel que jogava no América (MG). É alto (1m83) e vem para fazer sombra a Hernane, o titular camisa 9.
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O Capo Havelange
Morreu nessa terça-feira, 16 de agosto, com falência múltipla dos órgãos, aos 100 anos de idade, o conhecido, hábil e polêmico dirigente esportivo brasileiro João Havelange. Foi nadador olímpico, presidente da CBF, três vezes campeão do mundo de futebol, e presidente da FIFA de 1974 a 1998. Fez história e sucessores.
Fez da FIFA uma entidade conhecida e respeitada no planeta, ampliou a Copa do Mundo congregando equipes de todos os continentes e transformou o futebol num grande e lucrativo negócio internacional/ indústria do entretenimento. Autoritário, esperto, fez fortuna no mundo da bola, jogando e mexendo-se bem no vale tudo dos grandes interesses do mercado e da politica internacional. Para muitos, uma lenda. Para outros, um mafioso.
Deus o tenha.