Abertura dos Jogos surpreende os brasileiros e o mundo
ZédeJesusBarrêto , da redação em Salvador |
06/08/2016 às 00:10
Luzes e fogos de artifício para coroar o espetáculo
Foto: EFE
“Buscar as nossas semelhanças e celebrar as nossas diferenças”
A festa da diversidade
- Permitam-me a adjetivação profusa: Lindo, ousado, moderno, criativo, diferente, emocionante e positivamente propositivo – foi o espetáculo da cerimônia de abertura da Olimpíada Rio 2016, na noite de sexta, Maracanã.
- Brasileiríssimo. Sim, podemos. Um show de competência perante jornalistas de mais de 200 países, com mais de quatro bilhões de telespectadores mundo afora. Tecnologia e humanidade.
- Qualquer vaia soa ridícula, qualquer protesto de ‘mascarados’ com queima de bandeira e palavras de ordem soa absurdo diante da grandiosidade de uma Olimpíada.
- O desfile das delegações é um espetáculo da diversidade humana. Rica e bela.
- Tocante o Hino Nacional na voz delicada de Paulinho da Viola. E Elza, Zeca Pagodinho, Jorge Ben ...
- O 14 BIS de Santos Dumont voando sobre o Rio, ‘Construção’ de Chico com arranjos de Duprat, Jobim, Niemayer, Marx – o Burle, e a ‘divina’ Gisele Bundchen... de arrepiar.
- E a ideia genial do plantio de uma Floresta dos Atletas Olímpicos com 208 espécies diferentes de árvores, as sementes depositadas em tubos para germinar. Uma mensagem de vida para o planeta.
- Merece um afago nacional o diretor geral do espetáculo Abel Gomes e toda a sua equipe. Orgulho sim, por que não? Um lenitivo para nossas mazelas.
- É a nossa Olimpíada, de todo o povo brasileiro. Histórica. A primeira na América do Sul.
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- O presidente do Comitê Organizador Internacional, Thomas Bach, em sua fala: "Vocês [refugiados] mandam uma mensagem de esperança às pessoas espalhadas pelo mundo. Tiveram que escapar de suas casas pois eram diferentes. Estão fazendo uma grande contribuição à sociedade. No mundo olímpico, nós não só toleramos a adversidade, mas damos as boas-vindas a algo que enriquece a nossa diversidade".
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- O presidente em exercício do país, Michel Temer, presente. Meio oculto. Poupado. Meio que envergonhado. Mas, obedecendo o ritual, pronunciou as palavras de abertura oficial dos Jogos Olímpicos, sob pesadas vaias e alguns aplausos.
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- Fechando... Wilson das Neves, Caetano Veloso, Gilberto Gil (pálido, rosto inchado), Anita e baterias das escolas de samba do Rio, apoteose com a velha batucada, signo brasilis.
- O corredor Vanderlei Cordeiro de Lima acendeu a pira. Gustavo Kuerten e Hortência lhe entregaram a tocha.
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- Que o Esporte seja um condutor da Paz, da união entre os povos do mundo. Esporte como meio de transformação. Para o bem.
Assim seja.