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ZÉDEJESUSBARRETO comenta: Seleção sem brilho empata 0x0 e pega Iraque

O próximo jogo da seleção treinada por Rogério Micalle é contra o Iraque, que empatou – 0 x 0 – com a Dinamarca, na estreia
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 04/08/2016 às 19:11
Neymar pedindo socorro aos céus
Foto: GP
PIPOCAS OLÍMPICAS II

A Olimpíada Rio/2016 só acontece na noite desta sexta-feira, mas os jogos olímpicos já começaram. 
Na tarde de quinta teve Brasil x África do Sul, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, futebol masculino. O Brasil em campo de amarelo e azul, e de verde e amarelo a África do Sul.

Faltou o gol

Muito nervosismo de nossa equipe, pra começo de conversa e a primeira grande chance de gol foi deles, após erros de passe no meio de campo e vacilo de bote na zaga. Quem salvou foi o goleiro Wéverton nos pés do atacante. Os africanos com mais ousadia, volúpia e velocidade, no começo.

Neymar deu o ar da graça aos 28 minutos, cortando da esquerda para o meio e chutando colocado para a espalmada do goleiro africano Khune. Aos 35’, Felipe Anderson mandou de fora, a bola raspou. Aos 39’, Neymar arriscou da meia lua, o goleirão salvou. Nada de gol. 
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Com 15 minutos de segundo tempo a África do Sul teve um atleta expulso, com dois cartões amarelos. Pressão total dos donos da casa a partir daí.

Aos 24’ Gabriel Jesus, livre, acertou a trave, após boa trama coletiva do ataque brasileiro. Três minutos depois, Neymar buscou o ângulo e errou por pouco. Na sequência, Gabigol ficou de cara mas parou no goleirão Khune, o maior destaque da equipe africana fechando até o final.

E o gol não saiu, a despeito do domínio brasileiro, das chances criadas e de ter jogado boa parte da partida com um a mais em campo. Louve-se a bravura dos africanos. Algumas vaias no final. 
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As estrelas - Neymar, Gabigol, Gabriel Jesus, Felipe Anderson... sem brilho. 

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Gramado verdinho mas muito fofo, pesado e cheio de areia no Mané Garrincha, prejudicando bastante o andamento do jogo e o desempenho dos atletas. 

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- O próximo jogo da seleção treinada por Rogério Micalle é contra o Iraque, que empatou – 0 x 0 – com a Dinamarca, na estreia. Se quiser medalha vai ter de jogar bem mais. 
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- De consolo para o torcedor brasileiro, a boa atuação da seleção feminina de futebol, na quarta, vencendo bem a China na estreia por 3 x 0. A baiana Formiga, cinco Olimpiadas nas costas, bateu recorde de jogos com a camisa canarinho, superando Cafu. Torçamos pelas meninas. Ouro pra elas. 
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Fonte de gols

- Na Fonte Nova, com um bom público para uma tarde-noite de quinta, dia de trabalho, a Alemanha - atual campeã mundial de futebol -, empatou com o México, atual campeão olímpico, por 2 x 2. Foi um bom jogo, corrido, bem disputado. Os gols saíram na segunda etapa.

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Outras:

- Afinal, quem vai acender o fogo, a pira, na solenidade de abertura desta sexta, no Maracanã? Pelé, Gustavo Kuerten e Cesar Cielo seriam os mais cotados. Torço por Pelé, o nosso maior atleta do século XX, consagrado no mundo inteiro. 

- Do homem mais rápido do mundo, o recordista jamaicano Usain Bolt:

“Se conquistar o tricampeonato olímpico nos 100 e nos 200 metros, além do revezamento 4 x 100, terei feito algo que ninguém conseguiu. Aí serei realmente grande, do tamanho de Pelé e Muhammad Ali”
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- Fala-se, a boca pequena, que será uma abertura de gambiarras, com muita coisa improvisada em função da falta de dinheiro (sempre querem mais). Que não seja nada vergonhoso. 
- Trezentos milhões de reais seria o rombo previsto do Comitê Olímpico no final dessa Olimpíada, em função do aumento de gastos, da queda na venda de ingressos e do cancelamento de patrocinadores. Vai sobrar para o governo, pra gente pagar? 

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- Muita expectativa. Quantos líderes planetários se farão presentes? O nosso presidente interino será vaiado? Qual a repercussão disso mundo afora? 
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- Muitas críticas de última hora, no Rio, ao travamento do trânsito, (i)mobilidade urbana, a má sinalização nas instalações olímpicas, filas pra tudo, burocracias e falta de segurança para o livre trabalho dos jornalistas. Pois. Quando a ‘bola rolar’ de fato isso tudo vira coisa menor. É o que esperamos.
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- Cena inusitada nas areias de Copacabana: as egípcias do vôlei de praia treinando com véus na cabeça e de calças pretas, o corpo todo coberto. Não por causa do sol, mas pelos costumes islâmicos. Suportarão? 
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